Assine a petição e saiba por que isto é importante.

Leia, abaixo, carta de socorro da comunidade Guarani-Kaiowá. Os índios da etnia Guarani-Kaiowá estão correndo sério risco de GENOCÍDIO, com total omissão da mídia local e nacional e permissão do governo. Se você tem consciência de que este sangue não pode ser derramado, assine esta petição. Exija conosco cobertura da mídia sobre o caso e ação urgente do governo DILMA e do governador ANDRÉ PUCCINELLI, para que impeçam tais matanças e junto com elas a extinção desse povo. CARTA:
“Nós (50 homens, 50 mulheres, 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, vimos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de despacho/ordem de nossa expulsão/despejo expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, em 29/09/2012.
Recebemos esta informação de que nós comunidades, logo seremos atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal de Navirai-MS. Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay.
Assim, entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio/extermínio histórico de povo indígena/nativo/autóctone do MS/Brasil, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça Brasileira.
A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas?? Para qual Justiça do Brasil?? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados 50 metros de rio Hovy onde já ocorreram 4 mortos, sendo 2 morreram por meio de suicídio, 2 morte em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas. Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um (01) ano, estamos sem assistência nenhuma, isolada, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia-a-dia para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay.
De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs e avós, bisavôs e bisavós, ali estão o cemitérios de todos nossos antepassados. Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser morto e enterrado junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais.
Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal, Assim, é para decretar a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e para enterrar-nos todos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem morto e sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo de modo acelerado. Sabemos que seremos expulsas daqui da margem do rio pela justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo/indígena histórico, decidimos meramente em ser morto coletivamente aqui. Não temos outra opção, esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.”
Via Miguel Maron
Via Marina Soucasaux Mendes
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Compartilhada por Lúcia Carneiro.
A dignidade da pessoa humana está na vida com um mínimo de qualidade, não há justificativas, mesmo que essas estejam em leis, que possa subjugá-la ao ponto de se desejar a própria morte. Para o Brasil poder ser um Estado Democrático de Direito deverá sê-lo, primeiramente, de fato. A terra para o indígena tem um valor de “mãe”, daí a dificuldade de compreender o drama vivenciado por aqueles que a perde. Medidas eficazes e justas precisam ser tomadas para o retorno à terra que historicamente pertence às comunidades indignas como o caso recente dos índios Xavante em Mato Grosso que lutavam pelo retorno há mais de 20 anos, às suas terras. Naviraí é minha cidade Natal, ali nasci em 1966, ainda criança via as injustiças feitas com as tribos indígenas daquela região nas invasões pelos fazendeiros, meus pais eram lavradores. Cadê a Defensoria Pública e Promotores de Justiça da Comarca de Naviraí? Pessoas que por força de lei tem o dever de agir em defesa, também, das minorias indígenas.
Por favor, peço repeito aos 1ºs moradores desta terra e verdadeiros brasileiros, dignos hasbitantes e moradores desta terra, por favor deizem os ìndios vivos e e que eles possam viver como humanos dignos!
O Estado Brasileiro atual, apesar de se dizer defensor das minorias e libertador dos oprimidos, não respeita nem os verdadeiros donos da terra e continua o genocídio iniciado pelos primeiros invasores.
Com toda indgnação possível, assinamos a petição.
Claudio Mascarenhas
GERMEN
Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental
Companheiros de Racismo Ambiental,
Irmãos Indígenas Miguel Maron e Marina Soucasaux Mendes e todo o Povo Indígena da etnia Guarani-Kaiowá estão correndo sério risco de GENOCÍDIO:
Em primeiro lugar, nossa solidariedade; a angústia de vocês é também nossa angústia!
Porquê o “desenvolvimento” impulsionado pelos governos não respeita o que tem de mais puro e genuíno: a vida! Decisões e sentenças judiciais desconsideram a essência do ser humanos, a essência dos animais, a essência do equilíbrio e da ordem natural.
Não compactuamos com essa forma de agir da justiça Justiça Federal de Navirai-MS e dos governos, principalmente do Governo de Mato Groso do Sul e Brasileiro que fecha os olhos a situações tão sérias.
Nenhum crescimento a título de desenvolvimento vale a vida de tantas pessoas que secularmente vem sendo dizimadas.
Nosso pedido aos irmãos Indígenas Guarani-Kaiowá: RESISTAM! LUTEM! Não aceitem a impossição da morte por quem deveria nos proteger o estado e seus administradores. Nosso grito aqui do Extremo Sul da Bahia é para que rejeitem qualquer forma de injustiça praticado contra nossos irmãos.
Nossa esperança e paz a todos vocês que lutam, que consigam a vitória, que consigam fazer ver o direito à seu território que vem sendo profanado.
Com o coração apertado, nossos sinceros abraços!
Cordialmente,
João Luiz Monti
Presidente da FUNPAJ – Fundação Padre José Koopmans
73-3292-0754
73-8129-9168