“S.O.S Guerreiros e Guerreiras da Amazônia!”

“Estimados parceiros/parceiras, guerreiros/guerreiras,

acabo de chegar de uma viagem da Ilha da Resistência com os pescadores seguindo da ilha da Ressaca, onde a mineradora Belo Sun quer se instalar, a aldeia do Arara do Maya, com passagem de volta pelas ensecadeiras.

A situação é gravíssima, o estado iminente de conflito está  instalado e apesar de toda revolta precisamos de reforço…

Os trabalhos nas ensecadeiras estão a todo vapor; pelos nossos cálculos  em uma semana o rio estará fechado. Contudo como era já de esperar as promessas não foram cumpridas e nem os direitos respeitados.

O fechamento do Rio significa além de tudo o fechamento de um ciclo de lutas que por mais importantes e significativas não conseguiram mudar o rumo desta história e nem assegurar os direitos dos povos violentados por Belo Monte.

Agora mais do que nunca precisamos de todos vocês. Venham para Altamira, unam-se a nós aos pescadores e aos povos que decidiram resistir. Vamos juntos impedir que o nosso XINGU seja fechado e destruído. (mais…)

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“Um caminho heterodoxo para transformar a Educação”

Estudioso português que criou caso clássico de ruptura com padrões escolares propõe: Brasil, país de inovações, só vencerá atraso educacional se superar convenções e mobilizar sua irreverência e criatividade

Por Patrícia Gomes, no Porvir

Depois de já ter revolucionado os moldes tradicionais de ensino na Escola da Ponte, o professor português José Pacheco, hoje um estudioso da realidade brasileira, aposta na mudança de mentalidade dos professores e no apoio dos governos para haver inovação em educação. Segundo o educador, é preciso que as iniciativas isoladas que ele tem visto pelo país sejam registradas, avaliadas e incentivadas para não serem perdidas. Mais que isso: os professores devem se dispor a mudar para adotar uma postura mais descentralizada, aberta à reflexão, ao diálogo e à diversidade.

Pacheco tornou-se mundialmente conhecido por revolucionar uma escola pública portuguesa, a Ponte, utilizando uma metodologia ousada: ele acabou com turmas, salas de aula, disciplinas e passou a ensinar conforme a motivação dos alunos. Lá, são os próprios estudantes que se organizam em grupos heterogêneos para estudar os assuntos que lhes interessam, são autônomos para pesquisar, apresentar os resultados para os colegas e, quando se sentem prontos, avisam que podem ser avaliados. O educador já está aposentado, mas sua proposta pedagógica continua sendo aplicada na Ponte e é replicada em vários países, inclusive no Brasil. (mais…)

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MG – “Canil municipal é verdadeiro corredor da morte de animais”

Animal acolhido no canil da ONG Cão Viver. Foto: Frederico Haikal.

Fernando Zuba – do Hoje em Dia

Belo Horizonte conta com apenas um espaço público para abrigar, provisoriamente, cães e gatos recolhidos pelas ruas da cidade. Porém, o canil municipal não oferece condições adequadas para receber os animais.

O local mistura, sem controle, cachorros doentes e sadios. Por consequência, há um elevado nível de contaminação por leishmaniose, e o abate ocorre de maneira indiscriminada.

Segundo denúncia de um servidor público que pediu anonimato, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Belo Horizonte, no bairro São Bernardo, região Norte de BH, faltam profissionais qualificados para cuidar das diferentes espécies ali recolhidas. “É uma verdadeira carnificina”, denuncia.

Fila do abate

Na avaliação de uma das fundadoras da ONG Cão Viver, Denise Menin, a situação do CCZ é, no mínimo, questionável. Ela não duvida de que no local haja maus-tratos e o sacrifício de animais em boas condições de saúde. “O exame que comprova a leishmaniose tem que ser feito pelo menos duas vezes e, de preferência, em laboratórios diferentes. Mas tenho informações de que essas medidas não são adotadas. Sem a contraprova, cães que não têm a doença diagnosticada são eutanasiados”. (mais…)

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“Em Minha Terra” (Country of my Skull), de John Boorman

“Em minha terra”, de John Boorman, retrata a reconstrução de um país estraçalhado pela violência do apartheid a partir da ação de uma Comissão da Verdade e Reconciliação que viaja pela África do Sul para colocar frente a frente assassinos torturadores e sua vítimas. Será do confronto do relato de uns (que vai do total desespero a uma dignidade impactante)  e da confissão e pedido de perdão de outros que a anistia poderá ser concedida, baseada no sentimento do “Ubuntu”. “Sou o que sou em nome de/em consequência do que somos” pode ser uma tradução intuitiva que mostra o lado humano e belo do “Ubuntu” defendido por Mandela e que, de fato, iniciou um processo de mudanças no país. Mas confesso minha dificuldade para assimilar essa humanidade e essa beleza quando penso em séculos de genocídio e, na história mais recente, numa ditadura que só agora tem sua Comissão da Verdade iniciando os trabalhos. No mais, o romance entre o jornalista negro americano Samuel L. Jackson e a afrikâner Juliette Binoche não compromete, mas a melhor razão para assistir ao filme enviado por José Carlos para nós decididamente não é esta. (Tania Pacheco).

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Nascentes ganham vida nova em Conselheiro Pena

Foto: Leonardo Morais

CONSELHEIRO PENA – Há seis meses a produtora rural Patrícia Lopes Carreiro cercou a nascente de sua propriedade e plantou árvores para recuperar a área. A natureza reagiu, abriu a torneira e, hoje, ao invés dos 97 litros de água por hora, a nascente libera mais de 120. Essa vazão é pouca diante da prevista para três anos, mas o suficiente para alimentar o gado, três residências e um lago.

Beber a água direto da fonte é outro benefício conquistado após a adesão do Rancho W3, em Conselheiro Pena, ao programa Olhos D’Água, do Instituto Terra. Um total de 324 nascentes de afluentes do rio Doce, que antes corriam o risco de secar, hoje estão protegidas ou em processo de recuperação, por meio do programa que oferece a pequenos produtores materiais para cercamento, mudas e acompanhamento técnico por três anos.
Melhoria
“Antes o gado pisoteava, compactava a terra e não deixava a água da nascente aflorar. Sem contar a contaminação com todo tipo de dejetos, inclusive os fecais. Houve melhoria na quantidade e na qualidade da água e hoje podemos bebê-la com segurança. Não dependemos mais só da água da chuva”, disse Patrícia. (mais…)

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AM – “A difícil demarcação da terra dos índios mura”

Família de indígenas mura, de Autazes: dificuldade na demarcação. Foto: Bruno Kelly

Por Elaíze Farias

Autazes é um município do Amazonas que tem uma peculiaridade: um bairro indígena em plena zona urbana. Pantaleão, como é chamado, não era para ser um bairro. Mas uma terra indígena reconhecida, demarcada, regularizada e homologada. Antes de Autazes surgir, Pantaleão já existia. Ali vivem e viviam os índios muras e seus ancestrais.

Conheço outra terra indígena no Amazonas localizada próxima da zona urbana, Umariaçu, em Tabatinga, que está em situação bem melhor do que Pantaleão, diga-se, pois há muito tempo (depois de muita luta, com direito a massacre de índios tukano) foi homologada pelo governo federal.

Se fôssemos resgatar a história de Pantaleão e Umariaçu, teríamos que lembrar o histórico de ocupação, de massacre, de saques e roubo dos territórios indígenas pelos invasores. Mas vou me limitar à situação recente dos índios mura de Autazes. (mais…)

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Darcy Ribeiro – Documentário “O Povo Brasileiro”: Capítulo 06 – “Brasil Sertanejo”

Tania Pacheco – Combate ao Racismo Ambiental

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. A frase de Euclides da Cunha poderia bem ser a abertura deste capítulo 6, que no entanto é também muito bem iniciado por Guimarães Rosa. Rosa que permeará, junto com Roger Bastide, Josué de Castro e falas ao vivo de Paulo Vanzolini, Antônio Risério, Hermano Vianna e Ariano Suassuna, esta belíssima visão do Nordeste. Ou dos Nordestes: da cana, do gado, dos cangaceiros se opondo à violência dos coronéis, do sebastianismo, da riqueza das culturas, da terra rachada, dos animais mortos, da alegria do povo.

Trechos de filmes diversos – de Vidas Secas a Deus e o Diabo na Terra do Sol – entremeiam imagens raras, fotos, filmagens em diferentes estados, cantos como os de Luiz Gonzaga e sua sanfona, os inevitáveis e coloridos forrós. E, pairando em meio a tudo isso, as gentes de um Brasil que na verdade é forte, por mais que tentem domá-lo, vendê-lo, destruí-lo. Vale ver! (mais…)

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Joaquim Barbosa – “Relator do mensalão afirma que votou em Lula e Dilma”

O ministro Joaquim Barbosa em seu gabinete no STF, em Brasília. Lula Marques/Folhapress

Mônica Bergamo, colunista da Folha

O “dia mais chocante” da vida de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 57, segundo ele mesmo, foi 7 de maio de 2003, quando entrou no Palácio do Planalto para ser indicado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ocasião era especial: ele seria o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal.

“Eu já cheguei na presença de José Dirceu [então ministro da Casa Civil], José Genoíno [então presidente do PT], aquela turma toda, para o anúncio oficial. Sempre tive vida reservada. Vi aquele mar de câmeras, flashes…”, relembrava ele em seu gabinete na terça-feira, 2.

No dia seguinte à entrevista com a Folha, e nove anos depois da data memorável de sua nomeação, Joaquim Barbosa condenou Dirceu e Genoíno por corrupção. Para conversar com o jornal, impôs uma condição: não falar sobre o processo, ainda em andamento no STF. (mais…)

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Ator da Globo se retrata por chamar Gilmar Mendes, ministro do STF, de “corrupto”

Interpelado judicialmente pelo ministro, José de Abreu se retratou “cabalmente” e diz que lamentar ter empregado o termo

O ator José de Abreu, que vive o Nilo de “Avenida Brasil” (TV Globo), se retratou por ter chamado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de “corrupto” em uma mensagem no Twitter. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Interpelado judicialmente pelo ministro, Abreu se retratou “cabalmente” e diz que lamentar ter empregado o termo, que tem “conotação mais forte”, contra Mendes.

Na resposta, Abreu diz ainda que “se equivocou” ao chamar Mendes de corrupto porque “não tinha, como não tem, provas para fazer tal afirmação”. Ele diz que o comentário foi feito depois de ler matérias que sugeriam que o interpelante (Mendes) tem como hábito “a referida prática delitiva”. (mais…)

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Na UFMT, Cinema&Filosofia colaboram para ‘mostrar a cara’ do Brasil

“Brasil, mostra sua cara” destaca algumas facetas de nosso país. Documentário e ficção exploram as “caras” do Brasil: sua identidade, seus conflitos, sua fé e seu lugar no mundo global. Esse módulo exibe filmes que marcaram o ressurgimento do cinema nacional. Discute trajetórias de vidas sob o cenário de incertezas sociais e econômicas que caracterizou o retorno da democracia no início dos anos 1990; a questão indígena, ainda não resolvida; a multiplicidade religiosa e a esperança possível quando se vê o processo de globalização do lado de cá.

Cinema&Filosofia é um projeto de extensão que pretende provocar debates de questões estéticas, filosóficas, existenciais, política e éticas e favorecer o conhecimento da filosofia e do cinema enquanto veículo de pensamento e expressão.

O Cinema aqui não é ilustração para a filosofia. Nem a filosofia é explicação para o Cinema. O que se intenta é gerar um enlace semântico profundo que permita fruir destas diferentes linguagens,  como provocações do pensamento racional, das emoções e da senciência*. (mais…)

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