Vereador Agnaldo Timóteo defende torturador Brilhante Ustra e a ditadura

O vereador Agnaldo Timóteo, que elogiou o regime militar na Câmara de SP. Foto: divulgação

Integrante da Comissão da Verdade de São Paulo, Agnaldo Timóteo rasgou elogios ao regime militar

Anna Virgínia

O vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) afirmou ser “insuportável” o trabalho da comissão da verdade paulistana e saiu em defesa do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo como torturador do regime militar (1964-1985).

Na tarde desta quinta (16), em discurso na Câmara Municipal, durante um encontro da comissão, ele afirmou que o país só é o que é por causa dos militares. “Deveríamos colocar a bunda para a lua e agradecer a eles”, disse depois da declaração.

Segundo Timóteo, que já endossou o regime militar em outras ocasiões, o “brilhante torneiro mecânico Lula” e a “contestadora menina Dilma” surgiram desse contexto.

O vereador era membro da comissão (“o único discordante”), mas foi desligado hoje, após o rompante. (mais…)

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USP fecha cerco contra negros; Uerj e Unicamp defendem inclusão

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental:

Estudos realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Universidade de Campinas (Unicamp) mostraram que o desempenho médio dos alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior ao resultado alcançado pelos demais estudantes. Mesmo com pesquisas favoráveis à inclusão, e após a aprovação do projeto de cotas pelo Senado, a Universidade de São Paulo (USP) mantém barreiras contra o acesso de negros e pobres à universidade.

Tradicionalmente a USP descarta a adoção de qualquer tipo de cota, sempre indicando valorizar exclusivamente o mérito. A USP entende que o sistema de bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), voltado a alunos de escola pública, independentemente da cor da pele, já atende às demandas por inclusão. O Inclusp foi adotado a partir de 2007 e dá bônus na nota do vestibular a esses alunos, independentemente da cor da pele.

O Núcleo de Consciência Negra da USP luta há anos para mudar esta realidade. Em resposta, a reitoria tem ameaçado fechar o espaço onde o Núcleo de Consciência Negra desenvolve cursinhos populares para o vestibular. A inciativa envolve professores voluntários que sonham em ver a reserva de vagas com cota racial uma realidade na maior universidade do país. (mais…)

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Esperançosas mudanças na concepção brasileira sobre a ditadura militar

As homenagens aos militares que comandaram a ditadura está na maioria das cidades brasileiras, como em Ribeirão Preto, cidade de porte médio no interior paulista, onde permanece a praça em lembrança a Garrastazu Médice

Três necessários fatos novos fazem população rediscutir a ditadura militar no Brasil. Hoje, finalmente, se fala mais em ditadura, mas a versão deles ainda prevalece

Vitor Gianotti

Pelo Núcleo Piratininga, dou cursos pelo Brasil afora. Uma das minhas tristezas, até uns dois anos atrás, era ver a maioria dos abaixo dos 60 não saber que no Brasil houve uma Ditadura Militar que amordaçou o país e prendeu, torturou, assassinou e exilou milhares de pessoas. Este fato tem suas explicações. A Ditadura que dominou o Brasil de 64 a 84 conseguiu enganar muitos com o seu breve “milagre econômico” e uma enorme máquina de propaganda, capitaneada primeiramente pelo IPES e depois pela Rede Globo.

Meu grande espanto era descobrir que esta memória estava esquecida. E que os ditadores eram homenageados. Em todos os Estados por onde andava, me deparava com avenidas, praças, escolas, estádios e pontes com o nome dos ditadores que comandaram o assassinato, a tortura e a morte de milhares de opositores do regime. (mais…)

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RJ – II Seminário de Justiça Ambiental, Igualdade Racial e Educação: 23/08/2012

O II Seminário de Justiça Ambiental e Igualdade Racial é um evento promovido pelo Mestrado em Letras e Ciências Humanas e pelo Mestrado em Ensino das Ciências na Educação Básica, ambos da Escola de Ciências, Educação, Letras, Artes e Humanidades (ECELAH) da UNIGRANRIO. É uma atividade que faz parte das ações do grupo de pesquisa Relações Raciais e Desigualdades Sociais.

O objetivo do evento é  incentivar o diálogo e difundir conhecimentos sobre as desigualdades ambientais e raciais, especialmente aquelas que impactam a vida dos habitantes da Baixada Fluminense. Procura mobilizar membros dos movimentos sociais, alunos e professores da educação básica, docentes e discentes de universidades e representantes do poder público, a fim de refletir conjuntamente sobre os desafios, ações e políticas para a promoção da igualdade ambiental e racial, observando suas interseções no contexto local e global.

Serão promovidas duas mesas redondas (manhã e noite) e oficinas variadas durante a tarde. Haverá também uma apresentação do coral A Voz da Luta (Sindipetro) e exposição de vídeos e fotografias. (mais…)

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CE – MPF entrega requerimento para prorrogação dos vistos de estudantes africanos

A Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no Ceará, Nilce Cunha Rodrigues, entregou um requerimento ao Conselho Nacional de Imigração (CNIg) que pede a prorrogação dos vistos dos estudantes de Guiné-Bissau matriculados em faculdades cearenses. A solicitação foi feita em reunião realizada em Brasília na quarta-feira (15).

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) já havia decidido que os estudantes africanos não deveriam ser deportados. De acordo com a procuradoria, são 286 estudantes bissau-guineenses matriculados nas faculdades cearenses, sendo que 198 estão em situação irregular.

Entenda o caso

Após o golpe de estado em Guiné-Bissau realizado em abril, os alunos vinham enfrentando dificuldades para receber recursos de suas famílias. A condição fez com que a maioria não tivesse dinheiro para efetuar os pagamentos pedidos pelas instituições de ensino particulares, restringindo aos estudantes o acesso a serviços e documentos emitidos pela faculdade, inclusive os necessários à regularização de sua situação como estrangeiros no País. (mais…)

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MG – Professora que obrigou alunos a ajoelhar dentro de sala é alvo de sindicância

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental:

Segundo a Secretaria de Estado de Educação, somente após a conclusão do procedimento aberto para apurar o caso será possível determinar se a mulher será punida. Um aluno da 5ª série filmou o castigo

A Secretaria de Estado da Educação tem até esta sexta-feira para concluir a sindicância aberta para apurar o castigo humilhante ao qual dois alunos da 5ª série foram submetidos em uma sala de aula da Escola José Ferreira Maia em Timóteo, no Vale do Rio Doce. A educadora Inês Maria Mendes foi flagrada em vídeo, gravado por um aluno, obrigando dois alunos a se ajoelharem em frente ao quadro negro. O motivo da punição foi o fato dos jovens terem esquecido um exercício em casa.

Na gravação, feita pelo celular de um aluno da classe, é possível escutar a mulher ameaçando uma terceira estudante, que teria faltado à aula por não ter feito a lição de casa. “O castigo dela vai ser pior, ela vai ver”, diz a professora. Em tom agressivo, Inês ordena que os alunos saiam do castigo e voltem para seus respectivos lugares e continua as ameaças contra os alunos. “Os dois podem voltar para o lugar depressa. Ela vai ter o castigo dela também, ela pode ficar tranquila. Não existe isso de esquecer as coisas em casa”, completa a educadora. (mais…)

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