Campo Alegre de Lourdes resiste à mineração no Submédio São Francisco

Por Luís Osete

Na Miniplenária que discutiu estratégias de resistência e enfrentamento à mineração, a história de luta em Campo Alegre de Lourdes, município baiano localizado no Submédio São Francisco, sinalizou alguns bons caminhos. Há sete anos vivenciando a atuação da empresa mineradora Galvani, a população está num processo contínuo de organização em defesa dos  recursos naturais do município.

Desde a criação do Fórum das Entidades de Campo Alegre de Lourdes, em 2009, já foram realizadas duas Audiências Públicas, dezenas de reuniões de sensibilização, intercâmbios na comunidade de Angico dos Dias, para socializar os problemas enfrentados pelas pessoas atingidas diretamente com a exploração minerária, discussão da Política Municipal de Meio Ambiente em todas as escolas públicas da sede do município, 1ª Romaria do Morro do Tuiuiú e outras experiências que resultaram na lei de criação do Conselho de Defesa do Meio Ambiente.

“A partir do enfrentamento à mineração, a gente conseguiu discutir a Política Municipal de Meio Ambiente de Campo Alegre de Lourdes, que até o final do ano vai definir as regras do licenciamento ambiental, a criação de um orçamento específico, as áreas especialmente protegidas, as punições para quem destrói o Meio Ambiente e os critérios de educação ambiental”, afirma Marina Rocha, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A cada mês uma das entidades do Fórum (Paróquia, CPT, Sindicato de Trabalhadores Rurais, SASOP, Câmara Legislativa Municipal, dentre outras) faz um trabalho de acompanhamento da comunidade de Angico dos Dias fortalecendo as estratégias de resistência e enfrentamento. No próximo domingo, 3 de junho, acontece a 2ª Romaria do Morro do Tuiuiú.

http://www.saofranciscovivo.com.br/node/1002

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.