Cúpula dos Povos: várias vozes, um objetivo

Nos últimos dias 11 e 12 de maio, vozes de todo o planeta se reuniram no encontro do Grupo de Articulação Internacionalizado da Cúpula dos Povos. Em meio aos mais variados sotaques e opiniões, um objetivo se fez claro: a luta por justiça socioambiental.

Neste vídeo produzido pela nossa TV Cúpula, representantes de organizações do Canadá, Senegal, Filipinas, México, Estados Unidos e de muitos outros países expressam suas visões sobre a “economia verde“, mercado de carbono e sobre outras questões-chave da Rio+20.

“”A economia verde é bem simples: coloca preço sobre a água, sobre as plantas, sobre o ar, sobre os animais. Basicamente, nós dizemos que essas coisas não têm preço”, disse Cindy Wiesner, da Global Justice Alliance.

Assista ao vídeo “Várias vozes, um objetivo”, da TV Cúpula:

 

http://cupuladospovos.org.br/2012/05/cupula-dos-povos-varias-vozes-um-objetivo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+CupulaDosPovosNaRio20+%28C%C3%BApula+dos+Povos+na+Rio%2B20%29

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Economia verde: quem vai pagar essa conta?

Um dos questionamentos mais fortes que se fará presente durante a Cúpula dos Povos na Rio+20 é a questão da“economia verde“. Na opinião das organizações que compõem A Cúpula, a economia verde mascara a real ação dos países que mais contribuem para a poluição ambiental no mundo.

Além de todos os problemas ambientais e também sociais gerados pela exploração indiscriminada do meio ambiente, há também o fato de que, independentemente do que esses países façam para tentar minimizar os problemas, nada será suficiente para solucioná-los inteiramente.

E aí, quem paga a conta?

Os prejuízos recaem sobre os países que poluem menos – bem como sobre os povos sem voz –, como é o caso dos indígenas, dos pequenos agricultores etc., que muitas vezes são obrigados a assistir à apropriação de seus territórios pelos mais influentes.

Esses e outros são questionamentos que o organizador da Conferência Mundial dos Povos Sobre Mudanças Climáticas, Pablo Sólon, pretende discutir ao longo do evento. Para ele, não há como esperar mais 20 anos para que as atitudes necessárias sejam tomadas. Também há a expectativa de que países emergentes como Brasil, Índia e África do Sul se conscientizem desde cedo sobre a importância de se desenvolver de modo sustentável e responsável.

Assista à entrevista com Pablo Sólon em vídeo produzido pela Via Campesina para a TV Cúpula. (mais…)

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Cacique Almir Suruí, liderança do povo Paiter Suruí, sofre ameaças de madeireiros em Rondônia

Indígenas do povo Paiter Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia – entre eles a liderança Almir Suruí – estão sendo ameaçadas de morte por madeireiros e fazendeiros que, juntamente com outros índios aliciados, estão retirando madeira ilegal da área. De acordo com Ivaneide Cardozo, esposa de Almir, os madeireiros estão mandando recados através de outros indígenas e o povo está acuado, com medo de sair das casas. “Estamos em desespero aqui. Já denunciamos, mas até agora a Funai não se manifestou!”, diz Ivaneide. Alguns indígenas atraídos pelos madeireiros chegaram a receber armas de fogo.

Segundo ela, uma das lideranças saiu de casa e o pneu do seu carro furou na estrada. Assim que ele encostou seu carro, um dos madeireiros parou logo atrás e começou a bater no carro, ameaçando o indígena com uma arma de fogo. “Ele só não atirou, porque logo passou um carro que também parou e ele não pôde fazer nada!”, ressalta.

O exército já chegou a ir para a área, mas de acordo com Neidinha, eles não têm poder de polícia para atuar em terra indígena. “Quem pode agir é a Polícia Federal, a pedido da Funai de Brasília, que até agora não fez nada! Estamos apavorados, pedindo socorro, antes que aconteça algo pior por aqui!”, afirma Ivaneide. Os indígenas escreveram uma carta pedindo apoio às instituições para ajam em favor dos indígenas urgentemente. (mais…)

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Seminário ArteHoje, Semana do Audiovisual – Seda e Semana de Artes em Ouro Preto

De 19 a 27 de maioOuro Preto é o cenário de três eventos que promoverão ações integradas culturais e artísticas tendo como foco principal o conceito “Território Rede”.

seminário ArteHoje, a Semana do Audiovisual – Seda e a Semana de Artes vão movimentar a cidade com uma vasta programação que contará com mesas-redondas, oficinas, palestras, exposições, debates, laboratório de imersão, exibição de filmes e documentários, intervenções artísticas, espetáculos, apresentações musicais e muito mais.

Em sua oitava edição, a Semana de Artes é realizada pela Multicultural Produções Artísticas – Empresa Júnior de Artes Cênicas e Música da Universidade Federal de Ouro Preto | Ufop. O mote deste ano é “O Almanaque das Artes: reflexos e refrações artísticas na sociedade” e discutirá sobre a arte na atualidade e a sua função social. O objetivo é incentivar a produção dos artistas, estudantes, formados ou interessados na área de artes. A Semana de Artes da UFOP já se tornou uma produção tradicional dos cursos de Artes Cênicas e Música, inserindo-se no calendário da cidade barroca, como um evento cultural expressivo e tradicional promovido pelos universitários.

Já a Semana do Audiovisual – Seda é um projeto realizado nacionalmente pelo Circuito Fora do Eixo e organizado em Ouro Preto pelo Coletivo Muzinga. Compreende um festival integrado de cinema, com mostras, oficinas teóricas e práticas, conferências, debates, shows e outras atividades responsáveis por promover a intersetorialidade do audiovisual com outros segmentos artísticos. O Coletivo Muzinga atua como fomentador do cenário cultural e artístico, sendo um ponto de contato para artistas e produtores e um vetor de informação, formação e circulação destes artistas e obras no cenário nacional e regional. (mais…)

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Nota das lideranças da Aty Guasu Guarani-Kaiowá

Nós lideranças da grande assembléia Guarani-Kaiowá Aty Guasu vimos por meio desta nota socializar o nosso movimento Guarani-Kaiowá na capital do Brasil e diálogo com as diversas autoridades federais em Brasília-DF. Destacamos que nesta semana ( 16 a 19/05/2012) nós representantes dos povos Guarani- Kaiowá  retornamos a fazer denúncias e demandando justiça conforme os nossos Direitos Constitucionais (CF/88 e 169 OIT).

Com o intuito de entregarmos os documentos escritos pessoalmente às autoridades federais em Brasília-DF, sobretudo para narrarmos as nossas situações míseras e as violências praticadas contra nosso povo Guarani-Kaiowá no Cone Sul de Mato Grosso do Sul estamos em Brasília-DF, desde 16 de maio de 2012. Pretendemos permanecer na capital do Brasil até conversarmos com todas as autoridades federais competentes, (isto é, a presidente da FUNAI, as autoridades vinculadas à Presidência da Republica, ministérios, Câmara e Senado Federal, Supremo Tribunal Federal, 6ª Câmara/PGR/MPF, etc) às quais competem diretamente às soluções definitivas de nossas diversas demandas.

Importa destacar que o nosso movimento e nossa conversa com as autoridades federais em Brasília-DF ocorrem devidos continuidades das situações míseras, perplexa e instável permanente de vida de mais de trinta mil (30.000) Guarani-Kaiowá expulsos dos territórios tradicionais que se encontram em oito (08) Postos Indígenas/aldeias superlotadas, bem como, aproximadamente 6 mil Guarani-Kaiowá despejados das terras antigas que estão assentados nos mais de dez (10) acampamentos em conflito, nas margens das rodovias BR do Cone Sul de MS, onde dia e noite enfrentam as misérias e violências adversas. (mais…)

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A internet e a farra dos comentários intolerantes 3: homofobia

Leonardo Sakamoto

A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República registrou uma média de 3,4 denúncias por dia de violência contra homossexuais no Brasil em 2011. Para relembrar que ainda precisamos caminhar horrores no combate à homofobia e ao machismo para sermos considerados minimamente civilizados, escolhi alguns comentários de leitores em posts meus que tratavam de universalização de direitos. Não são os piores, acreditem. Após cada um deles, uma breve réplica deste humilde blogueiro. Esta é a terceira edição da democrática compilação “A internet e a farra dos comentários intolerantes”.

Aproveitei a comemoração do Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, nesta quinta (17), para publicar as pérolas (algumas tiveram que ser resumidas – eram verdadeiras teses). A data nasceu para relembrar que, há 22 anos, a Organização Mundial da Saúde finalmente retirou a homossexualidade de sua lista de doenças mentais (!). 

Por essas e por outras, nunca é demais lembrar: Todo homem é um inimigo até que tenha sido devidamente educado para o contrário.

“Queria ver você ter um filho homossexual.”

Pode ser. Mas meu planejamento prevê filhos apenas um pouco mais para frente. Depois da Copa, talvez. (mais…)

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Porto no sul da Bahia opõe turismo e exportação

A construção de um megacomplexo portuário em Ilhéus, com investimento estimado em R$ 3,5 bilhões e 1,8 mil hectares de área total, gera a esperança de redenção à cidade que há mais de duas décadas assiste ao desmoronamento da “civilização do cacau” e às tentativas fracassadas de recuperar a glória do passado. Mas o projeto do Porto Sul da Bahia também assusta uma parcela dos empresários e ambientalistas da região, que temem efeitos devastadores para o turismo e sobre um dos pedaços de mata atlântica mais preservados do litoral brasileiro

A reportagem é de Daniel Rittner e publicada pelo jornal Valor, 14-05-2012.

O futuro do complexo, que tem a pretensão de transformar-se em ponto final da prometida Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e em estrutura de escoamento para a produção do interior da Bahia, está chegando a um momento decisivo. Seis audiências públicas para discutir seus impactos ambientais com a população local deverão ocorrer entre os dias 28 de maio e 2 de junho. À frente do pedido de licenciamento, o governo estadual percebeu os riscos de um veto do Ibama ao local originalmente escolhido para abrigar o porto e tenta agora viabilizá-lo em um ponto a cerca de dez quilômetros do centro de Ilhéus, com expectativa de dar o pontapé inicial nas obras até o fim deste ano.

O porto planejado é do tipo “offshore”, ou seja, tem cais avançado no mar e ligado à costa por uma ponte de acesso com mais de três quilômetros. Ele está dividido em duas áreas: um terminal de uso privativo da Bahia Mineração (Bamin), idealizado para escoar o minério de ferro a ser extraído de uma jazida em Caetité, e um porto público, que é candidato a inaugurar o novo sistema de concessões desenhado pela União. No total, a previsão do governo baiano é que as duas áreas possam movimentar cerca de 100 milhões de toneladas por ano, equivalente à demanda hoje de Itaqui, no Maranhão, tornando-o um dos três maiores complexos portuários do Brasil, em movimentação de carga bruta. (mais…)

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Me rendo ou luto contra o preconceito?

Esq / dir: Eduarda Tuxá (Direito), Renira Tuxá (Biologia), Bruna Tuxá (Administração), Lívia (Odontologia), Mayane Tuxá (Enfermagem), Maryane Tuxá (Odontologia)

do blog Tatu Tatu Xamaraka

Esta é a dúvida que persegue os indígenas universitários diariamente, seja nas salas de aula, nos corredores da instituição ou pelas ruas, quando são alvos da discriminação e do “preconceito de olhos azuis”.

Ontem, na Universidade Estadual de Feira de Santana deu-se início ao 2º Seminário de Afro-Brasileiros e Indígenas (8 a 10 de maio, Módulo 7, Auditório 5), um evento de grande importância para ambos os povos em questão. O pequeno auditório esteve lotado durante todo o dia, sendo palco de um momento único, onde estudantes indígenas, negros e simpatizantes puderam discutir questões sociais, políticas afirmativas e bolsas auxílios, se abrindo de coração para expressar o seu sentimento quanto estudante “diferente”, relatando os preconceitos vividos dentro da comunidade acadêmica, mostrando a decepção de encontrar neste ambiente, que no mínimo deveria ter uma maior compreensão quanto às singularidades e à diversidade cultural, o mesmo preconceito enraizado que se encontra nas ruas. (mais…)

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Índios fazem manifestação em julgamento

Os indígenas acamparam em frente ao fórum da Justiça Federal para acompanhar o julgamento

Cyneida Correia

Mais de 100 representantes de comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol acamparam em frente ao Fórum da Justiça Federal e fizeram manifestação durante todo o julgamento dos acusados da morte do líder indígena Aldo da Silva Mota, assassinado em janeiro de 2003, aos 52 anos. Eles levaram cartazes e faixas e fizeram danças e cantos durante o julgamento que já havia sido adiado seis vezes anteriormente.

Segundo a Justiça Federal, as sessões foram adiadas em razão da renúncia de advogados da defesa, a pedido da Defensoria Pública da União e da Fundação Nacional do Índio (Funai) e por questões administrativas.

Por volta das 19h de ontem, haviam sido ouvidas cinco testemunhas dentre as 18 que foram indicadas pela defesa e pela acusação. A previsão é que a sessão seja encerrada somente hoje. (mais…)

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MPF vai recorrer da pena de racismo aplicada a estudante

Punição por ofensa a nordestinos no Twitter – pena de prisão convertida em serviço comunitário – foi considerada branda

Ocimara Balmant – O Estado de S.Paulo

O Ministério Público Federal (MPF) vai recorrer da decisão judicial que condenou a ex-estudante de Direito Mayara Petruso a 1 ano, 5 meses e 15 dias de reclusão por veicular mensagem de preconceito e discriminação contra nordestinos no Twitter.

Para o MPF, a pena é insuficiente para punir a jovem que postou a seguinte frase em sua página: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”

A ofensa foi publicada no dia 31 de outubro de 2010, no domingo de votação do segundo turno da eleição presidencial, logo após a vitória eleitoral de Dilma Rousseff sobre José Serra. O Nordeste foi a região em que a petista abriu maior vantagem em relação ao tucano.

Serviço comunitário. A pena foi definida pela juíza federal Mônica Camargo, da 9.ª Vara Federal Criminal em São Paulo. A punição, porém, foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa e indenização de R$ 500 à ONG Safernet, que atua na prevenção de crimes cibernéticos. (mais…)

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