Autores falam da importância da literatura indígena, na Bienal do Livro Amazonas

Daniel Munduruku tem mais de 40 livros publicados. (Foto: Júnior Aragão)

O que seria de uma Bienal realizada no Amazonas se os livros e literatura indígena não fossem tratados? Pois no último sábado (5), penúltimo dia da feira, esse foi o assunto do espaço ‘Tacacá Literário’, com o tema ‘Minha Tribo, Minhas Histórias’.

O evento contou com a presença dos autores indígenas Daniel Munduruku e Eliane Potiguara, que mostraram aos presentes algumas obras da literatura indígena voltado para o público infanto-juvenil.

Daniel Munduruku tem mais de 40 livros públicos e conversou com a reportagem do EM TEMPO Online. Segundo ele, esse movimento de autores indígenas escrevendo para o público que não seja índio iniciou na década de 90 no país e vem crescendo nos últimos anos.

“Há uma demanda muito grande por esse tipo de literatura por parte das editoras, até mesmo para suprir a falha de uma falta de temática indígena nas escolas”, disse o autor.

Ainda segundo Daniel, os temas dos livros escritos pelos autores índios são variados, mas muitos contam novas interpretações das lendas indígenas. “Com os livros, nós queremos uma visibilidade maior para a temática indígena e não em nós, os autores”, conta Munduruku.

Já a autora Eliane Potiguara pretende mostrar também a força da mulher indígena. Natural da Paraíba, ela começou na literatura no fim dos anos 1980 como uma forma de mostrar que há também muitos índios na região nordeste.

“Nós temos que nos tornar visíveis. O povo brasileiro precisa ouvir mais as nossas histórias”, desabafou a autora.

http://www.emtempo.com.br/editorias/destaques/12060.html

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