Procura-se: Vale

Na manhã de quarta-feira (18), o Sindiquímica, em articulação com diversas entidades nacionais e internacionais que representam trabalhadores e comunidades atingidas pela Vale, lançaram a campanha mundial Procura-se: Vale.

Hoje a multinacional brasileira está presente em 38 países com diversos impactos danosos espalhados pelo mundo. Diversas organizações denunciam diariamente as atrocidades que a empresa tem praticado.

A Vale tem acumulado uma lista de denúncias desde desalojamentos de casas e terras, perseguição política, uso de capangas e pistoleiros, além de causar doenças, crimes ambientais e muitas mortes. (mais…)

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Moção de Apoio ao Quilombo Rincão dos Negros de Rio Pardo/RS

“Terra de Deus, terra de irmãos e irmãs na luta solidária em defesa dos seus territórios” (Nm 33,50-56)

Reunidos em Rio Pardo, RS, nos dias 15 e 16 de abril de 2012, em reunião doConselho da Comissão Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul, nós, agentes da CPT das dioceses, padres, agricultores, quilombolas, seminaristas, reafirmamos o que em comunhão com a CPT Nacional foi reassumido na XXIV Assembléia Nacional nos dias 28 a 30 de março: nossa missão evangélica deve estar a serviço dos povos da terra e das águas.

“Corra a justiça como um rio pela terra”

Diante disto, manifestamos apoio ao Quilombo Rincão dos Negros localizado no Distrito do Arroio das Pedras – Interior de Rio Pardo/RS. O Governo Federal por intermédio do INCRA já reconheceu a área de direito das famílias quilombolas e está realizando a demarcação da terra que beneficiará 30 famílias de Remanescentes de Escravos devolvendo 500 hectares que lhes é de direito. Por outro lado, denunciamos a criminalização e o preconceito que persiste sobre os membros da comunidade quilombola efetivado por fazendeiros locais, mídia e alguns políticos que colocam os pequenos agricultores contra as famílias Quilombolas. (mais…)

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Hitler entrega medalha a Krupp e tevê alemã menciona TKCSA no documentário “Mercado ou Moral”

Duas informações enviadas por Rodolfo Lobato. A primeira, em alemão, é o filminho abaixo, de menos de um minuto, que mostra Hitler entrando medalha aos Krupp, pela colaboração ao nazismo na Segunda Guerra Mundial. Outros filmes sobre o assunto podem ser encontrados na lista  “ThyssenKrupp e o nazismo“, do canal da APACSA – Articulação da População Atingida pela Companhia Siderúrgica do Atlântico/Thyssenkrupp-CSA. Além disso, para quem entende o idioma, uma das principais emissoras de tevê estatais da Alemanha, a ADR, passou esta semana um documentário de cerca de 40 minutos com o título “Mercado ou Moral”, que foi assistido por mais de um milhão de pessoas. Um dos casos analisados foi exatamente o da TKCSA, com paisagens do Rio e depoimentos de moradores da região que está sendo atingida pelo empreendimento. Para ver, clique AQUI. TP.

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“Anuncie na USP. Pague uma vez e aproveite para sempre”, por Leonardo Sakamoto

A Justiça determinou que a Universidade de São Paulo devolva R$ 1 milhão doados pela família do banqueiro Pedro Conde à Faculdade de Direito do Largo São Francisco. A família pediu de volta o dinheiro após protestos terem impedido que o auditório da faculdade, reformado com esses recursos, fosse batizado com o nome do falecido banqueiro. A informação é de Fábio Takahashi, na Folha de S. Paulo de hoje (para assinantes).

O acordo havia sido firmado em 2009, quando o atual reitor, João Grandino Rodas, era diretor da Sanfran. Mas a pressão dos alunos levou a faculdade a voltar atrás. A Justiça diz que os doadores não sabiam que era necessário o aval da congregação (conselho) para ter a “homenagem” aceita. Os parentes do falecido banqueiro também pedem indenização por danos morais, uma vez que o caso ganhou repercussão na época, abrindo o debate sobre a relação público e privado e sobre o financiamento da instituição. A USP afirma que havia se comprometido a apresentar a proposta de batismo e não dado certeza de que isso ocorreria e diz que vai recorrer.

Muito já foi dito e discutido sobre a questão. Mas não poderia deixar isso passar batido.

A USP é pública, não está à venda – pelo menos, ainda não, apesar de uma miríade de fundações privadas funcionarem como sanguessugas, aproveitando-se do conhecimento produzido com recursos públicos e entregando migalhas em contrapartida. Doações são vias de mão única, caso contrário configura-se uma relação comercial, de compra e venda de espaço publicitário. Se faculdades particulares vendem seus espaços de aula, a decisão é delas. No caso da USP, é de todos nós. (mais…)

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Carta aberta ao Secretário-Geral da Conferência da ONU sobre a Rio+20, ao Secretário-Geral das ONU e aos Estados-membros

Carta aberta ao Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, ao Secretário-Geral das Nações Unidas e aos Estados-membros das Nações Unidas

Nós – as organizações da sociedade civil e movimentos sociais que responderam ao apelo da Assembléia Geral da ONU para participar dos processos relacionados à Rio +20 – sentimos que é nosso dever chamar a atenção das autoridades competentes e cidadãos do mundo a uma situação que ameaça gravemente os direitos de todas as pessoas e compromete a relevância das Nações Unidas.

Surpreendentemente, estamos testemunhando uma tentativa de certos países de enfraquecer, limitar ou mesmo eliminar quase todas as referências a compromissos relacionados aos direitos humanos e a princípios de equidade do texto “O Futuro que Queremos”, cuja versão final será o resultado da conferência Rio +20.

Isto inclui referências ao direito a alimentação e nutrição adequada, o direito a água potável e limpa e ao saneamento básico, o direito ao desenvolvimento e outros. O direito a um ambiente limpo e saudável, que é essencial para a concretização dos direitos humanos fundamentais, continua fragilizado no texto. Mesmo princípios previamente acordado na Rio-92 estão sendo limitados – o Princípio do Poluidor Pagador, o Princípio da Precaução, o Princípio das Responsabilidades Comuns porém Diferenciadas. (mais…)

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TO – Entidades repudiam utilização do nome Zumbi em operação policial

O Movimento Negro e demais entidades do estado do Tocantins repudiam, através de nota distribuída à imprensa na tarde desta sexta, 20, a utilização do nome do herói negro Zumbi, pela Polícia Civil do Tocantins em operação deflagrada nesta sexta-feira, 20, cujo objetivo é intensificar o combate ao uso e ao tráfico de substâncias entorpecentes na Capital.

De acordo com as entidades – veja relação no final da matéria – o ato em si revela o despreparo das instituições do estado brasileiro para lidar com as questões étnico-raciais. “Na maioria das vezes é atribuída à população negra os atos de delitos que ocorrem no país, isso talvez seja explicado porque 70% dos pobres são negros e negras”, diz a nota.

O protesto afirma que ao denominar de “Operação Zumbi” uma ação que visa o combate ao uso e ao tráfico de substâncias entorpecentes na Capital, a Policia Civil do Estado do Tocantins passa uma mensagem subliminar de que os infratores da lei, ou traficantes de drogas “supostamente estariam entre a população negra de Palmas, além de ofender a memória de um herói nacional”. (mais…)

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Dilma reitera que não negocia anistia a desmatador para votar Código Florestal

Presidenta afirma que não abre mão do texto da reforma do Código aprovado pelo Senado

Marta Salomon – O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Em reunião nesta sexta-feira no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff recusou-se a negociar a anistia a desmatadores, como defende o relator da reforma do Código Florestal na Câmara, Paulo Piau (PMDB-MG), apurou o Estado. O deputado previu na quinta uma “batalha campal” na votação que definirá as regras de proteção ambiental nas propriedades privadas do País, na qual pretende derrotar o governo, na terça-feira.

Apesar do risco de derrota, a presidente reiterou o apoio ao texto da reforma do Código Florestal aprovado pelo Senado em dezembro. Esse texto exige a recuperação de parte da vegetação nativa às margens de rios. Também prevê condições especiais para pequenas propriedades da agricultura familiar.

A previsão é de que o texto do Senado permita recuperar cerca de 330 mil quilômetros de Áreas de Preservação Permanente (APPs) desmatadas no País, uma parte do passivo ambiental acumulado nos últimos anos, em que as regras previstas pelo Código Florestal em vigor foram ignoradas pelos proprietários de terra. Esse texto ainda enfrenta resistência de ambientalistas, além de forte oposição de ruralistas. (mais…)

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Conversa Afiada: “Todos nós somos argentinos”, por Mauro Santayana

O Brasil e a Argentina, sendo os dois maiores países da América do Sul,  têm sido alvos preferenciais do domínio euro-americano em nosso continente. A Argentina, sob Cristina Kirchner,  depois de anos desastrados de ditadura militar, e do governo caricato e neoliberal de Menen, se confronta com Madri, ao retomar o controle de suas jazidas de petróleo que estava com a Repsol. Quando um governo entrega, de forma aviltante, os  bens nacionais ao estrangeiro, como também ocorreu no Brasil,  procede como quem oferece seu corpo no mercado da prostituição. Assim, as medidas de Cristina buscam reparar a abjeção de Menem.

Será um equívoco discutir o conflito de Buenos Aires com Madri dentro dos estreitos limites das relações  econômicas. A economia de qualquer país é um meio para assegurar sua soberania e dignidade – não  um fim em si mesma.

As elites espanholas, depois da morte de Franco, foram seduzidas pela idéia de que poderiam recuperar sua presença na América Latina, perdida na guerra contra os Estados Unidos e durante a ditadura de quase 40 anos. Já durante o governo de Adolfo Suárez, imaginaram que poderiam, pouco a pouco, readquirir a confiança dos latino-americanos, ofendidos pela intervenção descarada dos Estados Unidos no continente. De certa forma, procediam com inteligência estratégica: a nossa América necessitava de aliados, mesmo frágeis, como era a Península Ibérica, na reconstrução de sua soberania, mutilada pelos governos militares alinhados a Washington.

Mas faltou aos governantes e homens de negócios espanhóis a habilidade diplomática, que se dissimula na modéstia, e lhes sobrou arrogância. Essa arrogância cresceu quando a Espanha foi admitida na União Européia, e passou a receber fartos recursos dos países ricos do Norte, a fim de acertar o passo continental. A sua estratégia foi a de, com parte dos recursos disponíveis, “comprar” empresas e constituir outras em nossos países. Isso os levou a imaginar que poderiam ditar a nossa política externa, como serviçais que foram, e continuam a ser, dos Estados Unidos. A idéia era a de que, em espanhol, os ditados de Washington seriam mais bem ouvidos. (mais…)

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Gritos dos/as Excluídos/as 2012: materiais já estão prontos para mobilização

Tema de 2012: “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo. È um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos(as).

O Grito dos(as) Excluídos(as), como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:

  • denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
  • tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
  • propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.

O Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças. (mais…)

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