Vídeo de estupro coletivo de deficiente reacende debate sobre violência sexual na África do Sul

A garota de 17 anos foi atacada por sete homens no bairro de Soweto, em Johanesburgo. A polícia encontrou a garota na quarta-feira (18/04) na casa de um homem de 37 anos, detido em flagrante por sequestro e suspeita de estupro. Crime chocou o país.

O estupro grupal de uma deficiente mental de 17 anos, registrado por uma câmera de celular, parece ter sido a gota d’água para um país conhecido por reunir as piores estatísticas sobre violência sexual no mundo. De acordo com ONGs que combatem a violência de gênero, uma mulher é violentada a cada 27 segundos na África do Sul. Uma em cada três sul-africanas será violentada pelo menos uma vez na vida. Um em cada três sul-africanos irá estuprar uma mulher.

A garota, que apresenta a idade mental de uma criança de cinco anos, foi estuprada por sete homens há três semanas, no bairro de Soweto, em Johanesburgo. Porém, a agressão só foi descoberta após um vídeo com imagens da violência cair na internet. E se tornar um viral. Nas imagens, os suspeitos — com idades entre 14 e 20 anos — se alternam para estuprar a vítima, enquanto ela chora e pede para que parem. No final, o grupo oferece dois rands (pouco menos de 50 centavos de real) para que ela fique quieta. (mais…)

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Terras indígenas x PEC 215

Editorial de Sul21

A questão indígena é, na verdade, a questão da terra indígena. Os índios só se constituem e se mantêm como índios se eles estão ligados à terra e aos seus frutos. Sem terra, os índios não têm como conservar sua cultura, costumes, crenças e modos de vida. Sem terra,  os índios se desgarram de seu grupo e de sua cultura e passam a perambular pelo mundo. Tornam-se, pouco a pouco, garimpeiros, trabalhadores rurais, moradores das periferias das cidades, sobrevivendo de biscates e pequenos serviços, quase sempre explorados e quase sempre desprezados pela “sociedade branca”.

O extermínio das populações indígenas nas Américas e no Brasil é secular. Iniciou-se com os “descobrimentos” e se mantém até os dias atuais. Matou-se e matam-se índios de todas as maneiras possíveis: a tiros, por meio de doenças disseminadas involuntariamente e também de forma consciente e proposital com a introdução de roupas e objetos contaminados por vírus em suas comunidades, mas, sobretudo, por meio do roubo de suas terras. Um índio sem terra não sobrevive como índio; torna-se um outro ser.

Sabedores deste fato e ávidos pela posse das terras indígenas, os “brancos europeus” recém chegados às Américas e ao Brasil no século XVI inventaram todas as artimanhas imagináveis para justificar a matança e o roubo de terras que promoviam. Para diminuir a culpa que pudessem sentir, passaram a afirmar que os indígenas não tinham alma e que, por este motivo, não eram totalmente humanos! Passaram, assim, a matá-los sem remorso e sem medo de serem condenados por Deus. (mais…)

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Índio Pataxó é baleado em área de conflito por terras na Bahia

Ainda não foram identificados suspeitos do ataque, mas as lideranças indígenas afirmam que fazendeiros da região estão contratando pistoleiros para tentar expulsar os índios

Um índio da aldeia Pataxó Hã-hã-hãe, tribo que ocupa fazendas da região sul da Bahia desde o início do ano, foi baleado na perna, na tarde desta sexta-feira, em um dos terrenos invadidos pelos indígenas na região, no município de Pau Brasil.

O tiro causou uma fratura na perna do índio, que foi atendido no Hospital de Base de Itabuna. Ainda não foram identificados suspeitos do ataque, mas as lideranças indígenas afirmam que fazendeiros da região estão contratando pistoleiros para tentar expulsar os índios das áreas ocupadas.

Desde o início do ano, os pataxós invadiram 68 fazendas da região, 14 apenas na última semana. As propriedades estão instaladas dentro de uma área de 54,1 mil hectares, que abrange os municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan, demarcados como Território Indígena Catarina Paraguaçu em 1936.

Apesar da regulamentação, a partir da década de 1940 as terras passaram a ser arrendadas pelo governo federal a fazendeiros que, mais tarde, receberam títulos de posse dos terrenos do governo baiano. Em 1982, a Fundação Nacional do Índio (Funai) propôs uma ação cível ordinária ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação de 400 títulos emitidos pelo governo baiano. (mais…)

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“Cherán, más que nunca”

El 18 de abril de 2012, tres días después de la celebración del primer año de resistencia y autonomía, la comunidad p’urhépecha de Cherán ha sufrido un severo golpe: el asesinato de dos de sus comuneros. Hoy, más que nunca, estamos con Cherán. Este es un mensaje para la comunidad y para el mundo.

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“Desmantelamiento de los grupos paramilitares y reconocimiento a la autodefensa de Cherán”, exigen intelectuales y organizaciones del mundo

Intelectuales y organizaciones de México y del mundo exigen “el fin del acoso a la comunidad y el desmantelamiento de los grupos paramilitares”

México DF. Intelectuales, organizaciones, colectivos y centros de derechos humanos nacionales e internacionales, así como cientos de personas de la sociedad civil, exigen al gobierno federal y estatal castigo a los culpables de los asesinatos, secuestros, desapariciones y extorsiones cometidos en Cherán, Michoacán, “como consecuencia de la legítima defensa de su territorio y recursos naturales”.

En una carta –firmada por intelectuales como Noam Chomsky, Luis Villoro, Pablo González Casanova, Raúl Zibechi, Javier Sicilia, Adolfo Gilly, John Holloway y James Petras, entre otros– se demanda “el fin del acoso a la comunidad y el desmantelamiento de los grupos paramilitares que actúan con el crimen organizado y con  talamontes de diversas comunidades, que desde hace cuatro años extorsionan, secuestran, desparecen y asesinan a los comuneros de la región”.

El documento reclama también el reconocimiento y respeto al gobierno autónomo de la comunidad purhépecha de Cherán, conformado por el Concejo Mayor, y respeto a la ronda tradicional. (mais…)

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Povos do São Francisco se preparam para a Marcha das Águas

Povos ribeirinhos, igrejas, escolas, comunidades tradicionais, movimentos sociais e organizações não governamentais de diversos municípios do Vale do São Francisco estão se preparando para participar da Marcha das Águas, que acontecerá no dia 3 de junho em Itacuruba – PE. O evento é uma forma de chamar a atenção da sociedade para a defesa das águas contra a ameaça de construção de Usinas Nucleares na Bacia do São Francisco e a geração de energia nuclear no Brasil e no planeta.

A iniciativa surgiu a partir da preocupação de diversos atores sociais com a questão ambiental e com a vida das pessoas, as principais impactadas com um projeto desta natureza. Na perspectiva de mobilizar a população para a Marcha, reuniões, encontros, formações com educadores/as têm sido realizados em municípios do interior de Pernambuco, bem como articulações com organizações de outros estados do Nordeste.

No mês de junho estará acontecendo a Rio+20, e a Marcha das Águas é o primeiro evento popular dentro de um grande calendário de ações por justiça sócio-ambiental proposto pela Cúpula dos Povos, que será realizada em paralelo à Conferência Oficial. (mais…)

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‘Para ensinar ciência, levo os alunos à beira do rio’, diz professora indígena

Francisca Arara, professora indígena do Acre (Foto: Divulgação/Comissão Pró-Índio do Acre)

Na tribo Arara Shawãdawa, no Acre, crianças têm aula de segunda a quinta. As sextas-feiras são reservadas para o aprendizado na aldeia com os pais.

Ana Carolina Moreno, do G1, em São Paulo

As 78 crianças e adolescentes da aldeia dos Arara Shawãdawa, do Acre, encerraram nesta quinta-feira (19) mais uma semana de aulas na Escola Indígena Arara, que fica na terra da tribo, a mais de 500 quilômetros da capital Rio Branco. “A escola funciona das 7h às 11h30 quatro dias por semana, de segunda a quinta. Na sexta-feira a gente deixa os alunos liberados para fazer atividades com os pais e mães, como caçar, pescar e trabalhar no roçado”, explicou Francisca Oliveira de Lima Costa, professora por vocação e atualmente coordenadora da Organização de Professores Indígenas do Acre.

A carga horária é apenas uma das diferenças entre a educação indígena e a escola formal. Segundo Francisca, o planejamento da escola é decidido coletivamente pela comunidade Arara, e inclui tanto o conteúdo do currículo definido pelo governo quanto os ensinamentos sobre a história e a cultura regionais. “A educação diferenciada é diferenciada porque trabalha vários contextos, dependendo da escola e da vida do povo”, afirmou ela ao G1.

Para isso, além de gramática, dicionários, livros didáticos e DVDs, a Escola Indígena Arara também conta com cartilhas indígenas e um recurso que nem toda escola no Brasil tem à disposição: a natureza. “Não precisa ficar só no espaço da escola. Para ensinar ciência, levo os alunos ao rio. Você tem o rio, a floresta, os animais, pode estudar as coisas reais, não só do livro. Se quer trabalhar arte, leva a criança para tirar o cipó para fazer a tecelagem, tem a arte-ofício, o reaproveitamento de madeira, tem muito trabalho que você pode fazer.” (mais…)

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Ayres Britto, buscando acalmar os ânimos: “É impossível manipular resultado”, afirma presidente do STF

Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF. Ministro Ayres Britto, novo presidente do STF, tenta apaziguar os ânimos na mais alta Corte do País

Britto também negou um eventual racismo no STF. “O baú de guardar mágoas tem o fundo aberto”. 

Wilson Lima, iG Brasília

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Brito, classificou como “logicamente impossível” qualquer tentativa de manipulação de resultados em sessões da Corte. Em entrevista ao jornal O Globo desta sexta-feira, o vice-presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou que o ex-presidente do Supremo Cézar Peluso “inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento”.

Segundo Ayres Britto, não existe possibilidade de qualquer atitude do gênero. Porque, regimentalmente, essa possibilidade iria de encontro aos votos dos demais ministros. “É impossível você manipular o resultado. Porque se um presidente proferir um resultado em desconforme ao conteúdo da decisão ele está desconsiderando o voto de cada um dos ministros. O voto é soberano”, disse. (mais…)

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