Aumentam preconceitos contra crenças de origem africana no Brasil

Foto: (Picture-alliance)

A intolerância religiosa é marcante no Brasil e afeta principalmente pessoas ligadas às crenças de origem africana, revela uma pesquisa da Relatoria Nacional de Educação. E esta situação começa desde cedo nas escolas

Camila Campos* – Belo Horizonte

O número de casos de intolerância em escolas públicas, sobretudo em relação a seguidores de religiões de matriz africana, está a aumentar, diz a investigadora e relatora nacional da educação Denise Carreira. “São religiões que constituem espaços de resistência do povo negro no Brasil. Historicamente, essas religiões foram muito perseguidas, foram demonizadas, sobretudo por religiões de matriz cristã”, lembra. (mais…)

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Número de crianças flagradas em trabalho ilegal cresce 16,5% em Minas

Fábio (*), de 14 anos, vende DVDs em esquina no Bairro Lagoinha com autorização da mãe, mas acha ruim. ''Quero parar com isso aqui''

Em BH, pelo menos mil meninos e meninas estão nas ruas para ajudar os pais

Paola Carvalho, Mateus Parreiras, Sandra Kiefer e Luiz Ribeiro – Estado de Minas

Quando Tatiana (*), de 10 anos, pedia dinheiro na rua a mando da mãe, havia uma coisa de que ela precisava mais do que moedas e notas. Portadora de anemia falciforme, doença congênita que pode provocar catarata e perda da visão, a pequena deveria ter se submetido o quanto antes a tratamento. Mas como o problema na vista fazia com que ela conseguisse mais dinheiro em cruzamentos de Belo Horizonte, a mãe pouco fez pela saúde da criança. A menina só recebeu cuidados adequados e passou por duas cirurgias depois que a Justiça decidiu tirá-la da família e mandá-la a um abrigo. Ela ainda não enxerga perfeitamente e precisa da ajuda de colegas para brincar com peças de quebra-cabeças. “As meninas pegam para eu enxergar de pertinho”, diz. (mais…)

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Sexualidade precoce: realidade e ficção

Dois episódios me chamaram a atenção nos últimos dias. Reúno-os aqui porque acho que, de alguma forma, são faces de uma mesma moeda. O primeiro, divulgado fartamente pela mídia, diz respeito à decisão do STJ considerando – em caso que envolvia uma menina  de 12 anos – que nem sempre o ato sexual com menores de 14 anos pode ser considerado estupro. O segundo, que, por sua aparente ingenuidade, não mereceu nenhuma observação nos veículos de comunicação, refere-se a um episódio da nova novela da Globo, “Avenida Brasil”,  em que se promove, de brincadeirinha,  o “casamento” de duas crianças, uma delas de sete anos de idade.

Junto esses dois fatos, um lamentavelmente real e outro fruto da “criatividade” do novelista, porque os dois põem a nu um dos problemas mais sérios da sociedade contemporânea: a forma como está sendo encarada a infância. (mais…)

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En Famatina, Argentina: “Aquí no van a entrar las mineras”

Fuente de vida, el cerro Famatina pretende ser volado en mil partes por una minera canadiense para extraer oro, pero los pobladores, para quienes el cerro vale más que el oro, resisten y se organizan.

Eliana Costa
Buenos Aires, Argentina. Hay muchos proyectos de explotación minera en Latinoamérica que son llevados adelante con métodos contaminantes y sin medir las consecuencias de la devastación que sufre la naturaleza. Pero así como hay muchas mineras, hay mucha resistencia y organizaciones conscientes que defienden la vida, el agua y la tierra.

Un ejemplo son los habitantes de Famatina, en La Rioja, Argentina. Ahí los pobladores, en su gran mayoría agricultores, defienden su principal fuente de agua, que es el cerro nevado de Famatina, donde surge el agua para toda la población y para poblaciones vecinas. Fuente de vida, el Famatina pretende ser volado en mil partes por un proyecto minero proveniente de Canadá para extraerle el oro. Para tal efecto, la minera pretende utilizar métodos como la separación del mineral por medio de cianuro mezclado con miles de litros de agua potable – la misma que los pobladores necesitan para vivir y para trabajar la tierra, que es su principal actividad económica. (mais…)

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Nigéria: Desalojo y militarización en Ogoni

Desalojo y militarización en Ogoni from Media for Justice Project on Vimeo.

El gobierno nigeriano dice que quiere implementar un proyecto de agricultura mecanizada en la tierra de los Ogonis, pero curiosamente enviaron topógrafos militares para comenzar el proceso de expropiación. Ese pequeño documental demuestra los procesos y opiniones de los Ogonis mientras confrontan un gobierno poco transparente y hasta represór al defender su territorio y forma de vida.

Media for Justica Project // Tradução: Pedro Flores
http://desinformemonos.org/2012/04/desalojo-y-militarizacion-en-ogoni/

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1ª Mobilização da Classe Trabalhadora Indígena da CUT-MS será no dia 12 de abril

Aplicação da Convenção da OIT sobre direitos trabalhistas dos indígenas é uma das reivindicações

Por Leonardo Severo

Na próxima quinta-feira, 12 de abril, acontecerá em Campo Grande a 1ª Mobilização da Classe Trabalhadora Indígena da CUT-Mato Grosso do Sul, que levará às ruas a luta por dignidade e melhores condições de vida e trabalho.

“Reivindicamos a aplicação da Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em especial o artigo 20, que dispõe sobre os direitos trabalhistas dos indígenas, além do respeito à Constituição Federal, ao Estatuto do Índio e à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que são os parâmetros fundamentais para efetivar o trabalho decente”, declarou o coordenador do Coletivo de Trabalhadores Indígenas do MS, José Carlos Pacheco.

De acordo com José Carlos, a orientação do Coletivo é para que as Convenções Coletivas de Trabalho incorporem cláusulas específicas para os trabalhadores indígenas, a fim de que sejam resguardados seus costumes e tradições. (mais…)

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Cultura ameaçada: Comunidade indígena sul-americana sofre com a ameaça de destruição de seu habitat

No norte do Equador e no sul da Colômbia, cercados por uma imponente vegetação, vivem os Awá, uma comunidade indígena de 70 mil habitantes que está à beira de um colapso por causa do interesse que sua rica floresta desperta.

Sem outra ferramenta a não ser o instinto de sobrevivência e o afã de defender a natureza que muitos consideram sagrada, os awás combatem as mineradoras, os males endêmicos, como as doenças da floresta, a enorme falta de recursos e ainda os desastres naturais.

‘O intermediário convence os Awá a venderem cinco árvores, por exemplo, e depois derrubam mais duas, que no momento de carregarem as cinco compradas aproveitam para roubar. Os compradores dizem aos indígenas que a madeira não é de boa qualidade e se aproveitam para atuar sem controle’, relatou o dirigente Awá Daniel Padre. (mais…)

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