Manejo do Mundo é vencedor do Prêmio Jabuti 2011

O livro Manejo do Mundo – Conhecimentos e Práticas dos Povos Indígenas do Rio Negro venceu o Jabuti na categoria Cîências Humanas da 53ªedição do prêmio, considerado um dos mais importantes da literatura no Brasil. A informação foi divulgada pelo twitter da Câmara Brasileira de Livro (CBL oficial).

Editado pelo ISA e pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn)e publicado em 2010, Manejo do Mundo- Conhecimentos e Práticas dos Povos Indígenas do Rio Negro é o primeiro volume da coleção Conhecimentos Indígenas, Pesquisa Intercultural, que tem o apoio do Instituto Arapyau. Reúne vinte e dois textos sobre conhecimentos indígenas e pesquisas interculturais a respeito do tema, no Alto Rio Negro, que relatam vivências cotidianas e rituais das comunidades ao longo do ciclo anual: seja no manejo apropriado dos peixes, dos animais da terra, aves, insetos, das atividades da agricultura, pesca, caça e coleta, e das doenças de cada tempo. (mais…)

Ler Mais

‘O capitalismo tem uma capacidade fabulosa de ressurreição e regeneração’. Entrevista com Zygmunt Bauman

Sociólogo polonês diz que sistema avança graças a ‘destruição criativa’

BAUMAN: "REGENERAÇÃOcomum aos parasitas do mundo animal"

Fernando Duarte

Considerado um dos pensadores que mais produz obras que refletem os tempos contemporâneos, Zygmunt Bauman não menospreza o “adversário”.

Em entrevista ao GLOBO, por e-mail, o professor emérito da Universidade de Leeds, no Reino Unido, vê nos’ sinais de exaustão do capitalismo não o fim, mas um novo começo para um sistema que elogia pelo que classifica como “uma capacidade fabulosa de ressurreição e regeneração, ainda que algo bastante comum aos parasitas do mundo animal”.

Apesar das críticas contundentes, os rumores sobre a morte do capitalismo são exagerados, afirma. Para o sociólogo polonês, de 86 anos, o capitalismo avança incessantemente graças a uma espécie de “destruição criativa”. Confira a entrevista. (mais…)

Ler Mais

Ministra da Igualdade Racial integra comitiva da presidenta em visita à África

Agenda na África inclui participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas

O roteiro no continente africano inclui reuniões em África do Sul, Moçambique e Angola, além de participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), países que despontam na comunidade internacional por avanços sociais e pelo crescimento econômico

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, embarcou ontem (16) para a África, integrando a comitiva liderada pela presidenta Dilma Rousseff. No continente africano, a missão brasileira terá reuniões bilaterais com presidentes de África do Sul, Moçambique e Angola. A agenda prevê também participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), países que despontam na comunidade internacional por avanços sociais e pelo crescimento econômico.

A comitiva desembarcou por volta das 11h na capital sul-africana, Pretória (7h pelo horário de Brasília), onde participa da 5ª Cúpula do Ibas. Os líderes dos três países querem a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Eles pretendem um assento permanente do conselho e são críticos das ações militares para encerrar impasses – posição oposta à dos Estados Unidos e da União Europeia. (mais…)

Ler Mais

É hoje, às 13h: “Entidades convocam ‘tuitaço’ em dia de julgamento sobre Belo Monte”

Gilberto Costa, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os movimentos sociais contrários à construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), prometem para hoje (17), às 13h, uma mobilização pela internet reivindicando a imediata suspensão das obras da usina. Pelo Twitter, os usuários da rede social deverão incluir a hashtag #BeloMonte para se manifestar sobre a construção.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) julga às 14 horas, em Brasília, 12 ações civis públicas do Ministério Público Federal (MPF) contra a obra. Segundo o Movimento Xingu Vivo para Sempre, ainda há 11 ações aguardando julgamento na Justiça Federal.

O MPF questiona, entre outras coisas, o Decreto Legislativo 788/2005, do Congresso Nacional, que autorizou o governo a buscar o aproveitamento hidrelétrico na área de Belo Monte sem promover audiência pública com as comunidades afetadas pela obra (indígenas e ribeirinhos).

Segundo o Artigo nº 231 da Constituição Federal, a liberação de autorização para hidrelétricas nessas áreas só pode ser feita ouvindo as comunidades indígenas afetadas. A expectativa dentro do MPF é que as ações contra a autorização da hidrelétrica cheguem ao Supremo. (mais…)

Ler Mais

RJ – Equidade e Justiça Social em debate na ENSP/Fiocruz

Equidade em Saúde e Justiça Social: alguns aspectos sob a perspectiva da exclusão social e vulnerabilidade será o tema debatido na próxima sessão científica do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP. Para falar sobre o assunto, a Escola receberá a professora da Universidade de Lancaster – Reino Unido, Jennie Popay, que apresentará uma abordagem dos determinantes sociais em saúde trabalhando as categorias da exclusão social e da vulnerabilidade social. A sessão será realizada no salão internacional da ENSP, a partir das 12 horas, no dia 18 de outubro. O evento, que contará com tradução simultânea, será aberto ao público e não necessita de inscrição prévia.

Jennie Popay estará no Brasil para participar da Conferência Mundial de Determinantes Sociais da Saúde (CMDSS 2011) – que será realizada de 19 a 21 de outubro no Rio de Janeiro – e foi convidada a apresentar na ENSP sua experiência e seus trabalhos no campo dos determinantes sociais em saúde, em particular a abordagem qualitativa de processos de exclusão social e suas consequências na saúde dos indivíduos. A sessão será coordenada pela pesquisadora do Daps/ENSP Silvia Porto.  (mais…)

Ler Mais

Los agrotóxicos matan

Alfredo Acedo (ALAI)

La alfombra a cuadros verde y ocre del Valle del Yaqui oculta con su belleza la tragedia de esta región del noroeste de México, devastada por el uso intensivo de agrotóxicos bajo el modelo de agricultura capitalista que durante más de medio siglo ha contaminado agua, suelos y aire, y ha afectado mortalmente la salud de las personas.

El valle se extiende en una zona de unas 225 mil hectáreas de tierras de riego por gravedad al sur de Sonora donde se cultiva principalmente trigo, maíz, algodón, hortaliza y forrajes. La región junto con Baja California aporta el 65 por ciento de la producción anual de trigo de México.

Nací y viví hasta la pubertad en un pequeño pueblo de agricultores en medio de las tierras de cultivo, al sur de Ciudad Obregón. Varias veces vi llegar a mi padre del trabajo a casa con los síntomas de envenenamiento. Él operaba maquinaria agrícola, incluidos tractores con implementos para aplicar plaguicidas, defoliantes y fertilizantes. Murió de un cáncer cerebral a sus 61 años apenas cumplidos. El glioma maligno extinguió su vida en menos de seis meses ante la mirada impotente de sus seres queridos. (mais…)

Ler Mais

Informações sobre o Seminário Mundial contra Belo Monte, dias 25, 26 e 27/10/2011, Altamira/Pará

Seminário Mundial contra Belo Monte: “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu” – dias 25, 26 e 27 de outubro de 2011 – Altamira/Pará.

Belo Monte vai expulsar de seus lotes e residências mais de 50 mil pessoas; vai secar mais de 100 km do rio Xingu; impactar diretamente 04 comunidades indígenas e afetar mais de 15 mil indígenas; entregar no mínimo 30 bilhões para empreiteiras e amigos do governo; emitir toneladas de gás metano, gás 25 vezes mais impactante ao meio ambiente que o carbônico. Tudo isso para beneficiar mineradoras, indústrias do centro-sul do país e políticos de conduta muito questionável.

Diversas organizações, comunidades ribeirinhas, pescadores, indígenas, estudantes, sindicalistas, trabalhadores das zonas rurais e urbanas já bradaram em alto e bom som: não aceitaremos Belo Monte!

O Seminário Mundial contra Belo Monte é mais um momento de resistência. Sua construção entra na reta final.

Outros outubros sempre virão, porém, antes deste terminar, todos à Altamira, todos ao Xingu! Em defesa da floresta, dos rios e da vida! (mais…)

Ler Mais

Día Mundial de la Soberanía Alimentaria: “El agronegocio ha fracasado – Lo/as campesino/as podemos alimentar al mundo”

Roma – Con motivo de la 37º Sesión del Comité de Seguridad Alimentaria Mundial de la ONU (CSA), en el que estará presente una delegación de campesino/as miembros de La Vía Campesina junto con otros actores de la sociedad civil, para seguir la reunión y participar en los debates, La Vía Campesina reitera su demanda de soluciones basadas en los principios de soberanía alimentaria. En el orden del día figuran temas importantes como la tenencia de la tierra, la volatilidad de precios, las cuestiones de género y la nutrición, así como las inversiones en agricultura.

El acaparamiento de tierras es uno de los ejemplos más patentes y escandalosos de cómo el sistema industrial que domina el ámbito de los alimentos está empujando a la pobreza a un número creciente de campesino/as y consumidores. En el mundo se producen suficientes alimentos para alimentar a la población pero estos no llegan a la gente a causa de obstáculos como la monopolización del acceso a la tierra, el dominio de los recursos productivos y la creciente concentración del control sobre la cadena alimentaria. Necesitamos que los gobiernos adopten medidas eficaces y contundentes para prohibir esas prácticas y que emprendan políticas en apoyo de los agricultores sostenibles.

Como explica Ibrahim Coulibaly, un campesino de Mali: “Asegurar que quienes producen los alimentos tengan acceso a la tierra, a los recursos y a los mercados, debería ser la prioridad fundamental cuando se debaten las soluciones a la crisis alimentaria. Son lo/as campesino/as lo/as que más están invirtiendo, no las grandes empresas. Las iniciativas industriales y dirigidas a la obtención de beneficios no harán sino debilitar la posición de lo/as campesino/as y lo/as consumidores”. (mais…)

Ler Mais

O papel do racismo na construção do capitalismo

por Cuca Falcão*

O fim da escravidão não significou a fim do racismo, que persiste até hoje

Em termos históricos, o racismo acompanha a sociedade moderna e seu processo de evolução está umbilicalmente ligado às origens do capitalismo.

Os escravos africanos eram item fundamental na pauta de exportação das metrópoles européias, não só como mão de obra compulsória, mas principalmente como item do comércio global da época. Desta forma o escravismo colonial foi indispensável para a economia mercantilista gerando uma acumulação primitiva que financiou a ascensão do capitalismo como modo de produção dominante.

Na fase inicial da colonização européia nas Américas, o índio foi um elemento importante de sua formação, mas logo o negro o substituiu nos grandes empreendimentos coloniais e passou a ser a ser a principal base de seu desenvolvimento.  Por isso, a escravização do nativo brasileiro é gradativamente desestimulada pela metrópole e substituída pela escravidão negra. (mais…)

Ler Mais

“Carta Aberta da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras para Sua Excelência Sra. Dilma Rousseff, Presidenta da República”

Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma Rousseff

A luta das mulheres negras brasileiras tem sido ininterrupta ao longo destes cinco séculos de existência de nosso país. Somos nós as maiores vítimas da profunda desigualdade racial que vigora na sociedade brasileira. É sobre nós que recai todo o peso da herança colonial, onde o sistema patriarcal apoia-se solidamente com a herança do sistema escravista.

A interseccionalidade do racismo, sexismo, das desigualdades econômicas e regionais produz em nossas vidas um quadro de destituição, injustiça e exclusão, aprofundados pela expansão mundial do neoliberalismo e suas formas de ataque à capacidade dos estados democráticos em nos oferecer as condições mínimas de bem estar.

Todo e qualquer avanço ocorrido em nossas vidas deve-se à luta, sem tréguas que conquistamos. É neste cenário de busca do empoderamento de nós, mulheres negras, que surge a AMNB em 2001. Entendendo que todas as denúncias já haviam sido feitas, e que era momento de fazer com que o Brasil passasse a reparar a imensa dívida contraída com a população negra, especialmente com as mulheres negras, que a AMNB participa, de forma protagônica, da construção e da realização da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância em 2001, em Durban, na África do Sul. (mais…)

Ler Mais