Ministra da Igualdade Racial integra comitiva da presidenta em visita à África

Agenda na África inclui participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas

O roteiro no continente africano inclui reuniões em África do Sul, Moçambique e Angola, além de participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), países que despontam na comunidade internacional por avanços sociais e pelo crescimento econômico

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, embarcou ontem (16) para a África, integrando a comitiva liderada pela presidenta Dilma Rousseff. No continente africano, a missão brasileira terá reuniões bilaterais com presidentes de África do Sul, Moçambique e Angola. A agenda prevê também participação na 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), países que despontam na comunidade internacional por avanços sociais e pelo crescimento econômico.

A comitiva desembarcou por volta das 11h na capital sul-africana, Pretória (7h pelo horário de Brasília), onde participa da 5ª Cúpula do Ibas. Os líderes dos três países querem a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Eles pretendem um assento permanente do conselho e são críticos das ações militares para encerrar impasses – posição oposta à dos Estados Unidos e da União Europeia.

Nas reuniões entre os líderes, Dilma, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, deverão conversar sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os impactos da crise econômica internacional e os desafios dos países em desenvolvimento, entre outros temas. Haverá ainda reuniões técnicas setoriais nas áreas de defesa, energia e ciência e tecnologia.

A cúpula acontece a poucos dias da reunião do G20, prevista para o início de novembro, considerada determinante para a manutenção da estabilidade econômica em boa parte do planeta.

Para Índia, Brasil e África do Sul, a prioridade deve ser a chamada cooperação Sul-Sul, com o objetivo de gerar contribuições efetivas no combate à desigualdade e à exclusão social. O Fundo Ibas para o Alívio da Fome e da Pobreza, criado em 2004, é o principal instrumento para a execução das metas.
Além da ministra Luiza Bairros, nas visitas à África a presidenta estará acompanha pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Mesma língua
A passagem de Dilma Rousseff por Moçambique e Angola – que assim como o Brasil, foram colonizados por Portugal – pretende reforçar metas de desenvolvimento e parcerias econômicas, comerciais e sociais entre o trio. A presidenta passa de 18 a 20 em Maputo (Moçambique) e Luanda (Angola), retornando a Brasília no final da tarde de quinta-feira (20).

Especialistas apontam Moçambique como o país com previsão de maior crescimento econômico entre os africanos nos próximos anos. Brasileiros e moçambicanos têm vários projetos comuns. O principal deles é o Complexo de Miatize, de exploração de minas de carvão, desenvolvido pela Vale, num investimento de US$ 6 bilhões, segundo informações da Agência Brasil.

Em Moçambique, a cooperação brasileira mantém investimentos em saúde, educação, agricultura e formação profissional. O comércio entre os dois países aumentou de US$ 25 milhões, em 2010, para US$ 60 milhões, nos primeiros meses deste ano.

Angola
De 2002 a 2008, o comércio bilateral cresceu mais de 20 vezes, atingindo US$ 4,21 bilhões. Em 2010, chegou a US$ 1,441 bilhão. Os maiores investimentos brasileiros em Angola se concentram nas áreas de construção civil, energia e exploração mineral. Os angolanos são os principais beneficiários das linhas de crédito brasileiras do Fundo de Garantia de Exportações à Exportação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

A presidenta encerra a visita a Luanda com uma homenagem ao monumento a Agostinho Neto (1975-1979), primeiro presidente de Angola. Por 27 anos (de 1975 a 2002), Angola viveu sob intensa guerra civil, que provocou mais de 500 mil mortos e que ainda hoje provoca inúmeros problemas, como as minas terrestres que mutilam e matam principalmente crianças.

Com informações da Agência Brasil.

http://revistaafricas.com.br/archives/33181

 

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