Caso de racismo durante a Bienal do Livro vira processo

Funcionário do estande de editora, acusado de discriminar alunas de Colégio Estadual de Santa Rosa, será indiciado. Pena pode chegar a três anos de prisão

O funcionário do estande da Editora Abril na Bienal do Livro, Danielton Fabris Silva, de 29 anos, acusado de discriminar alunas do Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Santa Rosa, Niterói, será indiciado por racismo. A delegada titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Adriana Belém, tomou a decisão ontem. E o caso vai ser encaminhado para o Ministério Público em um mês. A pena pode chegar até três anos de prisão.

De acordo com o advogado José Carlos de Araújo, um grupo de alunas teria ido pegar senha para uma sessão de autógrafos. Porém o promotor, segundo ele, teria se negado a dar a senha, chamando as estudantes de “pretas do cabelo duro”, e afirmando que não gostava de mulheres negras.

“A diretora da escola só soube do ocorrido quando estava saindo com os alunos e voltou para reclamar com os responsáveis pelo estande, mas o autor das ofensas não estava mais lá”, disse o advogado.
Segundo a delegada, o funcionário em depoimento negou as ofensas e disse ter chamado as estudantes de “morenas escuras, quase negras”.

Antes de concluir as investigações, a delegada ouviu depoimentos de dez testemunhas e disse que o funcionário caiu em contradição em vários momentos. O caso foi registrado primeiramente na 77ª DP (Icaraí) e depois encaminhado para a 42ª DP (Recreio). A editora não se pronunciou sobre o caso.

http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/policia/caso-de-racismo-que-teria-ocorrido-na-bienal-do-livro-vira-processo

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