Moradores pedem a regularização fundiária das ocupações e o fim dos despejos na Grande BH
por Thaís Mota – Minas Livre
Após um amplo protesto em Belo Horizonte, representantes de sete ocupações urbanas da Grande BH foram recebidos na manhã desta quinta-feira (3) por promotores e também pelo juiz da 1ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal, Magid Nauef Láuar. A primeira etapa da reunião teve início às 10 horas e a segunda parte começou às 15 horas, ambas na Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), ocupada por centenas de moradores desde a última quarta-feira.
Além da ocupação na Urbel, moradores das ocupações invadiram também a sede da Advocacia Geral do Estado (AGE) e montaram acampamento na avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Eles exigem uma reunião com o prefeito Marcio Lacerda e com o governador de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho.
As famílias das comunidades Dandara, Eliana Silva, Nelson Mandela, Rosa Leão, Esperança , Vitória, Zilah Spósito/Helena Greco, Cafezal, Jardim Getsêmani, em Belo Horizonte; Guarani Kaiowá, em Contagem; e Tomás Balduíno, Ribeirão das Neves reivindicam a regularização fundiária das ocupações com a instalação de redes de energia, água e esgoto. Eles pedem ainda o fim dos despejos forçados em BH e a instituição de uma política habitacional que garanta moradia a toda a população e a conclusão das obras de construção do Hospital do Barreiro.
Em nota divulgada à imprensa na última quarta-feira, a PBH informou entrou com um pedido de reintegração dos prédios públicos ocupados na capital mineira e afirmou que já obteve liminar favorável à retirada dos moradores das ocupações urbanas e que aguarda apenas “o apoio da Polícia Militar para cumprir essas decisões judiciais”. A decisão da Justiça sobre a ocupação da Urbel e da AGE deve ser divulgada após a reunião que acontece nesta tarde com os movimentos.