Morir en Cajamarca

Foto: Cajamarca Reporteros
Foto: Cajamarca Reporteros

Por Nelson Manrique Gálvez* – Diario La República

El asesinato de Fidel Flores Vásquez, cajamarquino, de 62 años de edad, mecánico, casado y padre de siete jóvenes, por la policía ha provocado la indignación de todo el país.

No es para menos. Las imágenes grabadas por Cajamarca Reporteros muestran un empleo absolutamente desproporcionado de la fuerza por los policías durante un desalojo, con una víctima abaleada a 4 metros de distancia por una descarga de escopeta en el pecho y en la cara que le alojó 60 perdigones en el cuerpo provocándole finalmente la muerte. Según un jefe policial eran perdigones de goma, pero no es eso lo que muestran las imágenes de las perforaciones provocadas por los perdigones en una calamina situada detrás de donde estaba don Fidel.

Es verdad que la violencia provino de ambas partes. De Fidel Flores y sus familiares que lanzaron trozos de ladrillos y bombas incendiarias para impedir que la policía pudiera subir al techo de su vivienda. De los mercenarios contratados por la organizadora del desalojo, que devolvían los mismos proyectiles contra los habitantes de la vivienda, y finalmente de la policía, que no se limitó disparar contra Fidel Flores si no se ensañó cobardemente contra él y sus familiares. Contra su hijo, que intentaba asistirlo y fue pateado inmisericordemente en el suelo por efectivos policiales que se turnaban para golpearlo. Contra su esposa, a la que dos policías patearon y arrojaron al suelo, halándola de los cabellos. Contra el mismo Fidel Flores, que mientras agonizaba fue apaleado en el suelo por un par de valientes policías que de esa manera reafirmaron que el honor es su divisa. Contra el vecino que salió pacíficamente en defensa de los agredidos en la calle y al que, ya rendido y tirado en el suelo, un policía pateaba en el pecho con el taco, disimuladamente, como quien no quiere la cosa. Ya sabemos: autoridad que no abusa se desprestigia… (mais…)

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Chile: Piden dar con asesinos de comunero mapuche de Requem Pillan

Multitudinaria despedida. Foto: Camilo Tapia
Multitudinaria despedida. Foto: Camilo Tapia

Servindi

El Observatorio Ciudadano, organización que promueve la defensa de los derechos humanos en Chile, demandó a las autoridades realizar una “investigación imparcial” sobre lo ocurrido con Víctor Manuel Mendoza Collío, comunero mapuche que fue asesinado a solo metros de su casa, el pasado 29 de octubre.

Mendoza Collío, de 27 años, vivía en la comunidad mapuche Requem Pillan, ubicada al interior de la localidad de Pidima, comuna de Ercilla, IX región. El comunero falleció producto de un disparo a quemarropa de escopeta en la clavícula.

A través de un comunicado, el Observatorio pidió se ubique a el o los responsables del terrible asesinato y se apliquen las sanciones que correspondan.

Según el organismo de ese modo se iría poniendo fin a la impunidad frente a hechos de violencia resultante en la muerte de integrantes de comunidades mapuche que reivindican sus derecho. Mendoza era werken de su comunidad que se encontraba en un proceso de recuperación de tierras ancestrales. (mais…)

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CPT quer mais compromisso do governo com os povos que lutam pela terra

Enemesio-620x350Por Daniele Silveira
Do Brasil de Fato

No dia 30 de outubro, o presidente da nacional da Comissão Pastoral da Ter­ra (CPT), Dom Enemésio Lazzaris, enviou carta à presidenta reeleita Dilma Rousse­ff, em que destaca, entre outros pontos, os conflitos e a violência no campo.

Com fortes críticas ao modelo do agro­negócio, sustentado pelo governo petista na última década, Lazzaris diz no docu­mento que a retomada da reforma agrá­ria “é uma medida mais que urgente que o novo governo deve tomar.”

“Uma política de maior apoio aos cam­poneses potencializará uma produção alimentar qualitativamente diferente, saudável e harmônica com os bens da terra”, diz trecho da carta.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o presidente nacional da CPT exigiu, além da reforma agrária, que governo de Dil­ma Rousseff assuma um comprometi­mento mais sério com a população que luta pela terra.

“A nossa pauta da terra e da reforma agrária não teve espaço em nenhum mo­mento, seja nos comícios ou nos debates. Não se ouviu falar dessas questões. Espe­remos que estes temas sejam incluídos agora nos próximos quatro anos”, disse. (mais…)

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Brava gente assentada: o assentamento Celso Furtado

Por Rosa Freire d’Aguiar*
Da Carta Maior

Claudelei estava na aula de fotografia, em Cascavel, interior do Paraná. O professor começou a mostrar trabalhos de grandes fotógrafos mundiais. De repente, aparece o retrato de uma garotinha de olhos claros, cabelo desgrenhado, bochechas sujas. Claudelei comenta: “Conheço essa menina, é a Joceli, minha vizinha.” Humm… Claudelei, filho de camponeses, nascido no Paraguai, conhece a menina clicada por Sebastião Salgado e que virou capa de seu livro “Terra”?

Verdade — esclarece uma colega da turma depois de consultar a internet: era Joceli. Claudelei Lima, 35 anos, é um ex-sem-terra, hoje morador do Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu. Conta essa história com indisfarçável gostinho de vitória. Seu sonho era ser jornalista, apesar da escolaridade prejudicada pelos anos passados em acampamentos. Está chegando lá: cursa o segundo ano de jornalismo em uma “faculdade burguesa”. Gasta nove horas por dia para assistir aula: quatro na faculdade, mais cinco de ida e volta, no ônibus. É o único assentado da turma. Quer fazer rádio. Já está fazendo. É o locutor-programador da Rádio Liberdade FM 91,3, emissora comunitária — e pirata —  do assentamento.

Acabo de chegar do Assentamento Celso Furtado. Foi Claudelei que organizou meu encontro com os alunos dos três colégios que funcionam no ACF: o Chico Mendes, o Olga Benário e o Construindo Novos Caminhos. De manhã, o auditório em Quedas do Iguaçu está lotado. Claudelei me anuncia gesticulando um sonoro bom-dia, resmunga se a garotada não responde com idêntico entusiasmo. Um comunicador nato, esse futuro jornalista e desde sempre militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Depois das duas horas em que transmiti um pouco da vida e obra do economista que deu nome ao Assentamento, Claudelei pega o microfone e lembra àqueles jovens que eles são “fruto da reforma agrária”. É isso: os cerca de 9 mil (dados do Incra) assentamentos dos antigos sem-terra são o melhor semblante da reforma agrária no Brasil, tantas vezes protelada por governos, boicotada pelo agronegócio e parte da sociedade que insiste em demonizar seu maior protagonista, o MST. (mais…)

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Comunicado ao Governo Brasileiro, emitido por lideranças do povo Munduruku

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Nota: Imagens do Comunicado original podem ser conferidas em postagem feita no dia 3 de novembro, quando o documento foi assinado. Ver Comunicado do Movimento Munduruku Ipereg Agu e da Associação Pahyhyp ao governo brasileiro: não irão à reunião do dia 05/11 e dizem o porquê. (TP)

Comissão Pastoral da Terra

Povo Munduruku envia Comunicado ao governo federal cobrando a demarcação da terra indígena Sawré Muybu, e criticando a falta de vontade dos representantes do governo de irem até às aldeias para conversarem sobre o projeto das hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá. Confira o documento:

Nós, povo Munduruku, aprendemos com nossos ancestrais que devemos ser fortes como a grande onça pintada e nossa palavra deve ser como o rio, que corre sempre na mesma direção. O que nós falamos vale mais que qualquer papel assinado. Assim vivemos há muitos séculos nesta terra.

O governo brasileiro age como a sucuri gigante, que vai apertando devagar, querendo que a gente não tenha mais força e morra sem ar. Vai prometendo, vai mentindo, vai enganando. (mais…)

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Contra empreendimento em tekoha, indígenas Guarani retomam área tradicional e são ameaçados

Tekoha Guarani Y’Hovy

Os Guarani do Tekoha Y’Hovy, município de Guaíra, oeste do Paraná, retomaram na madrugada desta terça-feira, 4, área do território tradicional onde a iniciativa privada pretende construir um condomínio fechado. Desde então, passaram a sofrer ameaças e intimidações.

O local é reivindicado pelos Guarani e faz parte do Y’Hovy. Nele fazem coleta e reproduzem o modo próprio de vida. Conforme relatos dos indígenas, mais de 50 caminhonetes chegaram ao local, durante o dia e a noite desta terça, para intimidar a comunidade. Tiros de rojão foram disparados na direção dos indígenas.

A mobilização Guarani teve início depois que a área, com mata preservada, foi cercada pelo proprietário do imóvel rural, impedindo a livre circulação da comunidade, e árvores foram derrubadas com a ajuda de máquinas para o início das obras do condomínio.

Na segunda-feira, dia 3, os Guarani encaminharam uma carta ao Ministério Público Federal (MPF) descrevendo a situação e pedindo providências antes que a área indígena, parte integrante do território tradicional, seja completamente destruída. (mais…)

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Especulação imobiliária: Donos de imóveis ociosos pagarão IPTU mais caro em São Paulo

Foto aérea de São Paulo. Foto: Prefeitura de São Paulo.
Foto aérea de São Paulo. Foto: Prefeitura de São Paulo.

Proprietários de terrenos e imóveis ociosos na cidade de São Paulo pagarão Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) mais caro. A medida, que objetiva o fim da especulação imobiliária na capital e a garantia da função social das edificações, pode, inclusive, levar à desapropriação em cinco anos

Ecodebate

Na capital paulista, o problema dos imóveis ociosos está concentrado na região central. A maioria das construções notificadas pela Prefeitura na sexta-feira (31) está localizada, principalmente, no centro e na Vila Pirituba, zona oeste. Nesse primeiro lote, a administração municipal registrou 78 edificações consideradas abandonadas.

Integrante da direção executiva da Frente de Luta por Moradia (FLM), Heloísa Soares comemora a decisão da prefeitura. “Isto é o que o movimento pensou desde o início. Sempre defendemos o IPTU progressivo. Achamos [a medida] fundamental”, salientou. Heloísa argumenta que os donos de prédios abandonados no centro querem apenas lucrar com a especulação. Acrescentou que os proprietários abandonam as construções, que poderiam servir de moradia, enquanto esperam o melhor momento para vendê-las.

A frente se organiza para ocupar esses espaços por conta própria, como é o caso de um prédio na Avenida São João, já devolvido ao proprietário, após violenta ação de reintegração de posse. A avenida concentra 30% dos imóveis notificados. (mais…)

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Desembargador oferece representação criminal contra professor acusado de racismo

O magistrado Willian Silva disse que se sentiu ofendido pelas declarações do professor do Departamento de Economia da Ufes

Século Diário

O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), Willian Silva ofereceu representação criminal no Ministério Público Federal (MPF) contra o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Manoel Luiz Malaguti, acusado por alunos de ter adotado um discurso preconceituoso em relação aos negros. O magistrado, que é negro, disse que se sentiu ofendido pelas declarações do professor, que teria feitos os comentários ofensivos durante aula realizada nessa segunda-feira (3).

De acordo com informações do TJES, o desembargador fundamentou a denúncia com base nas notícias veiculadas na imprensa após a ampla repercussão do episódio nas redes sociais. Consta nas reportagens que o professor teria externado posicionamento contrário ao sistema de cotas implantado na Ufes e questionou o “nível de cultura” dos profissionais negros.

Na representação, o desembargador afirma que o sistema de cotas é previsto em lei federal até mesmo no serviço público. Para Willian Silva, não existe problemas em posicionar-se contra as cotas desde que sejam respeitados os alunos contemplados. “Ocorre que, afastando-se das críticas pessoais construtivas que se espera de um professor – e que, nessa condição, deveriam inclusive ser respeitadas -, o representado adotou discurso evidentemente preconceituoso em relação aos alunos negros, destacando a necessidade de utilizar linguagem mais acessível e baixar o nível do ensino para que tais discentes pudessem acompanhar suas aulas”, afirmou. (mais…)

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Protozoário causador de diarreia foi detectado em mais de 60% do esgoto bruto em regiões de SP

giardiaPor Hérika Dias, da Agência USP de Notícias/Ecodebate

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP detectou a presença de Giardia intestinalis, protozoário causador de diarreia em humanos e animais, em 61% das amostras de esgoto bruto coletadas em seis pontos do Estado de São Paulo.

A análise foi feita em locais de grande circulação de pessoas, como os Terminais Rodoviários do Tietê e Barra Funda e o aeroporto de Congonhas, em São Paulo; o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos; o de Viracopos, em Campinas, e o Emissário Rebouças, em Santos, durante o ano de 2012.

A pesquisa também avaliou a presença deGiardia na cidade de Lima, em Peru. Em 60% das amostras foram detectados o parasita, sendo o primeiro estudo em avaliar amostras ambientais para a detecção de cistos de Giardia, por meio de técnicas moleculares no país.

O esgoto é o reflexo da circulação de Giardia no ambiente e na população, segundo o autor do estudo o veterinário Francisco Miroslav Ulloa Stanojlovic. Os principais riscos com a circulação do parasita é a contaminação de mananciais e de água de abastecimento público.

O protozoário Giardia é o parasita causador da giardíase, doença transmitida pela água, alimentos e práticas de higiene inadequadas, como não lavar as mãos após ir ao banheiro. Os sintomas mais comuns são diarreia, cólicas abdominais, flatulência, distensão abdominal, náuseas, eliminação de fezes gordurosas e fétidas e perda de peso. (mais…)

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Organizações debatem democratização do sistema de justiça em oficina

unnamedCerca de trinta entidades e movimentos sociais participaram do evento que terminou ontem

A Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político e a Articulação Justiça e Direitos Humanos (JusDH) promoveu desde esta segunda-feira, 3/11, a “Oficina sobre Política de Justiça: construindo estratégias para democratização do sistema de justiça”. Cerca de trinta entidades, entre elas o Inesc, participaram do evento.

A oficina se inseriu na estratégia de pautar a necessidade da reforma do sistema político entendido como mudança dos processos decisórios, portanto dos espaços de poder, com o objetivo de debater a questão da democratização do sistema de justiça , que pode ser considerado mais amplo que apenas o poder judiciário.

A iniciativa é uma atividade preparatória, que tem o objetivo de fomentar o debate e socializar informações e conhecimentos sobre a conjuntura atual da política de justiça, com o intuito de preparar os participantes para o Seminário Nacional sobre Democratização do Sistema de Justiça, que deverá acontecer no próximo ano.  (mais…)

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