Os peixes “preservados” em livro e em extinção no rio Madeira

Imagem capturada da página da Santo Antonio Energia, 'vendendo' o projeto
Imagem capturada da página da Santo Antonio Energia, ‘vendendo’ o projeto

Por Lou-Ann Kleppa e Luis Fernando Novoa Garzon, em Rio Madeira Já

Está rodando na TV aberta uma campanha da Santo Antônio Energia. A primeira peça publicitária foi exibida em meados de novembro. Uma moça anuncia um livro chamado “Peixes do Madeira”, patrocinado pela Santo Antônio Energia, em que são catalogados todos os peixes encontrados no rio Madeira antes da construção da hidrelétrica. A moça diz que o livro foi lançado “há pouco”.

Fomos ao site da Santo Antônio Energia e conferimos que os 3 volumes foram publicados em 2013. Pois é: 2014 está quase acabando e o livro foi lançado “há pouco”. O deslocamento não é só temporal, mas também é ético: uma usina hidrelétrica financia um estudo para inventariar todos os peixes que havia no rio antes de exterminá-los. Entendemos o livro como uma tentativa de empalhar um exemplar de cada espécie nova, rara, desconhecida e de uso comercial antes da implantação da barragem.

Catalogar a diversidade biológica – sabendo que a vida de todos os animais catalogados está ameaçada por quem paga o estudo – é fazer ciência?
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Contradição brasileira: práticas positivas e violações de direitos marcam vida de presidiárias

dia das Mães na Creche da Penitenciária Feminina de Piraquara
Evento em comemoração ao dia das Mães na Creche da Penitenciária Feminina de Piraquara, no Paraná, em maio deste ano. Antonio Costa / Fotos Públicas

Projetos de profissionalização e estreitamento dos laços entre mães e filhos convivem com reprodução de desigualdades de gênero dentro dos presídios do país

Por Adriana Machado, Jornal Extra Classe/Opera Mundi

As mulheres que cumprem pena nos presídios brasileiros, em sua maioria, são jovens, negras, com idades entre 18 e 29 anos, têm de dois a cinco filhos, baixa escolaridade (muitas sequer completaram o ensino fundamental) e estão presas por envolvimento com o tráfico de drogas. Apesar das experiências pontuais de capacitação, assistência às presas e humanização das relações nos presídios, o sistema penitenciário é particularmente perverso com suas populações femininas, pois multiplica o preconceito, a marginalização e a violação de direitos das mulheres e estende a discriminação aos seus filhos e familiares.

Segundo as professoras Bruna Angotti, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e Ana Gabriela Mendes Braga, da Unesp, aproximadamente 40% das apenadas no país ainda não foram julgadas. “Elas aguardam presas, apesar de existirem inúmeras medidas legais para evitar a prisão provisória”, diz Bruna. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Penitenciárias, em junho de 2013 havia no país 36.135 mulheres encarceradas. E, ainda, segundo a Comissão Projeto Mulheres do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), existem atualmente no Brasil 80 presídios, sendo 288 unidades mistas que custodiam homens e mulheres, com a devida separação física. (mais…)

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Por sequía piden declarar en emergencia el agro en Cotabambas

Mara Cotabamba

– Niños salen a la plaa y recorren calles llorando y pidiendo lluvia al cielo.

Por Wilman Caichihua Robles*, em Servindi

La sequía en Cotabambas, Apurimac, afecta no sólo a los padres y madres de familia, es aún más a los niños y niñas  que tratan de explicarse del porqué de la ausencia de las lluvias. Incluso en varios pueblos ya han realizado la costumbre de la “Misericordia” que consiste en que los niños  salen a la plaza y recorren las calles pidiendo lluvia al cielo dando fuertes gritos y la vez llorando.

Entre setiembre a noviembre en gran parte de los pueblos de Cotabambas tanto en las zonas altas y bajas los agricultores acostumbraban sembrar sus chacras, pero esto se ha retrasado por la ausencia de lluvias y el intenso calor que está azotando esta provincia alto andina.

El “Maway Tarpuy” o primera siembra de papa, haba, arvejas y maíz que nuestros hermanos del campo sembraron  aprovechando las primeras lluvias se están secando, puesto que la mayoría de pueblos de dicha provincia sobre todo el distrito de Mara no cuentan con el líquido elemento.

“Finalizando el mes de noviembre ya deberíamos estar en tiempo del aporque de la papa y el maíz, pero la gran mayoría todavía no hemos podido sembrar, ahora aunque haya lluvia y sembremos, prácticamente no habrá buena producción”, manifiestan los pobladores. (mais…)

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Petroperú ignora tragedia de indígenas afectados por derrame en Cuninico

Imagen de la tragedia ambiental captada el 19 de noviembre que desmiente versión estatal
Imagen de la tragedia ambiental captada el 19 de noviembre que desmiente versión estatal

– ¡Indignante! Luego del derrame de petróleo ocurrido en junio empresa estatal anuncia su retiro de la zona por acabar con “remediación”.

Servindi

Una tragedia sin nombre vive el pueblo Kukama luego del derrame de petróleo ocurrido en junio en Cuninico. A pesar que la población nativa tiene una relación especial con el agua ahora no puede consumirla. Tampoco puede alimentarse ni vender los peces de la zona y los impactos a la salud ya se empiezan a manifestar sin que reciban adecuada atención.

La empresa Petroperú anunció que la empresa Lamor había concluido su trabajo de limpieza y remediación en la zona pero una visita de inspección realizada por autoridades comunales el 19 de noviembre confirmó lo contrario.

Un reporte informativo elaborado por Juan Carlos Ruiz Molleda y Carmen Arévalo Salas recoge las imágenes de la desgracia ambiental y los testimonios de pobladores afectados.

En resumen, el pueblo kukama ha perdido su fuente principal de alimentación y subsistencia. Ciudades como Iquitos y Yurimaguas que se abastecían de pescados de la zona ya no lo hacen por temor a consumirlo contaminado. (mais…)

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Pelo fim da revista vexatória!, com Denise Fraga

Toda semana, milhares de mães, filhas, irmãs e esposas de pessoas presas são obrigadas a se despir completamente, agachar três vezes sobre um espelho, contrair os músculos e abrir com as mãos o ânus e a vagina para que funcionários do Estado possam realizar um dos procedimentos mais humilhantes de que se tem notícia nos presídios brasileiros: a revista vexatória.

A revista vexatória é considerada “mau trato” pela ONU (Organização das Nações Unidas) e, dependendo das circunstâncias, configura tortura. Embora seja expressamente proibida em muitos países e o Estado argentino tenha sido condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) em 1996 por esse mesmo motivo, o Brasil continua realizando a revista vexatória.

Para pôr fim a esta brutalidade, a Rede Justiça Criminallançou uma campanha nacional pela aprovação do Projeto de Lei do Senado 480/2013. Depois de ouvir dramatizações que reproduzem o ambiente destas revistas e ver vídeos gravados por personalidades em apoio ao PL, é possível encaminhar uma mensagem padrão ao presidente do Congresso, Renan Calheiros, pedindo que o projeto seja enviado urgentemente para votação.

Assine a petição AQUI.

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Com ajuda do MPF, Bispos querem proibir revista vexatória no país

prisão - preso PB contra luz

No início de novembro, a pastoral pediu ao Ministério Público que ajuíze uma ação civil pública contra o estado por causa da manutenção desse procedimento

Por Alessandra Mello, no Estado de Minas

A Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) quer acabar com a revista vexatória no Brasil. Essa é uma das principais bandeiras da Pastoral Carcerária em todo o país. Em Minas Gerais, no início desse mês, a pastoral pediu ao Ministério Público que ajuíze uma ação civil pública contra o estado por causa da manutenção desse procedimento considerado humilhante e agressivo, principalmente contra as mulheres. Um dos documentos que integram o pedido de providência jurídica é uma carta assinada pelos 27 bispos da CNBB Leste, que engloba Minas e o Espírito Santo. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Nívia Mônica da Silva, alega que o Ministério Público já esgotou todas as possibilidades de acordo com o governo para solucionar essa questão e que está estudando qual medida vai tomar contra o estado.

A promotora, uma apaixonada pela causa dos direitos da população carcerária, disse considerar inaceitável a revista nos moldes que é feita hoje. Ela defende que enquanto não sejam implantados métodos mecânicos para esse procedimento a revista deva ser feita no preso e não na visita. Segundo ela, alguns estados já adotam esse procedimento chamado “revista inversa”. “Já assisti a uma revista e é muito humilhante. Mulheres que nem se conhecem ficam nuas na mesma salinha durante o procedimento de revista, que muitas vezes consiste em exame de cavidades corporais. É constrangedor até para quem faz o procedimento”. Segundo ela, essa é uma luta nacional do Ministério Público e de todas as entidades que militam na defesa dos direitos humanos.  (mais…)

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Na Estação Pinacoteca, a luta contra a desigualdade

"Assine o apelo pela paz", por Scliar, de 1952. Acervo da Pinacoteca de SP
“Assine o apelo pela paz”, por Scliar, de 1952. Acervo da Pinacoteca de SP

Duas centenas de obras do acervo da Pinacoteca mostram a arte dos gravuristas brasileiros contra o país desigual

Por Rosane Pavam, em Carta Capital

No pior dos tempos, o melhor dos tempos. Sem lâminas, prensas ou locais de exposição, os brasileiros da primeira metade do século XX armaram-se principalmente de profundo humanismo para concretizar a gravura. Terminada a Primeira Guerra Mundial e orquestrada a revolução comunista, esses artistas decidiram que era hora de entalhar o homem em meio às mudanças sociais, flagrados na sua solidão e no rigor do trabalho. Oswaldo Goeldi começou a grande história. Filho de cientista suíço, nascido no Rio de Janeiro, transferido com a família para Belém e aluno de artes plásticas em Genebra, ele atuava como ilustrador de revistas, nos anos 1920, quando decidiu usar a gravura para disciplinar as divagações de seu desenho. Sua obra ganhou a alma da noite, aqui e ali salpicada de cor. Formado no expressionismo, Goeldi utilizaria o difícil entalhe e a impressão em papel para mostrar, como definiu o poeta Carlos Drummond de Andrade, “a irrealidade no real”. (mais…)

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A América Não Foi Descoberta! (A Invasão Européia do Novo Mundo segundo Todorov)*

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Por Eduardo Carli de Moraes, em A Casa de Vidro

Uma das primeiras coisas que colocamos sob suspeita quando começamos a estudar mais a fundo a “Descoberta da América” é a própria denominação do evento histórico, esta curiosa expressão que batiza a ocorrência colossal – “descoberta”. Será este o termo mais adequado? Será que dizer “descobrir” não serve para mascarar e esconder todos os horrores colossais da guerra de conquista que empreenderam as potências européias contra o Novo Mundo? Não é este um eufemismo criado pelo invasor, destinado a ser engolido sem reclamo pelos cordeirinhos submissos dos colonizados?

Será que dizer que nos “descobriram” não intenta fazer com que nos esqueçamos de toda a pilhagem, todo o roubo de recursos naturais, que ocorreu por aqui (todo o ouro surrupiado de Vila Rica/Ouro Preto, toda a prata saqueada de Potosí…)? Não querem esconder debaixo de tapetes sírios todo o sangue índigena que correu sob a espada e as armas estrangeiras? Aonde, dentro da palavra “descoberta”, estão todas as vidas escravizadas, subjugadas, maltratatas, coisificadas e massacradas pelos (tsk tsk tsk…) “descobridores”? Para ficar só no exemplo do México: ora, 24 milhões de índios mexicanos assassinados merecem algo melhor do que o edulcorado conto-de-fadas da “Descoberta (idílica e doce) do Eldorado”! (mais…)

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Repúdio ao assassinato do companheiro Cleomar, dirigente da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia

Manifestação em Pedras de Maria da Cruz
Manifestação em Pedras de Maria da Cruz

Durante todo o dia 24 de Novembro (segunda-feira) estiveram reunidas na cidade de Pedras de Maria da Cruz, Norte de Minas Gerais, quase 500 pessoas convocadas pela Liga dos Camponeses Pobres para uma manifestação e ato em repúdio ao assassinato do dirigente camponês Cleomar Rodrigues de Almeida, ocorrido no dia 22 de outubro passado.

Mesmo com as chuvas e a exigência da preparação das roças depois de longa estiagem, estiveram presentes camponeses de várias cidades do Norte de Minas, chegaram em caravanas de ônibus, vans, carros particulares, carroças, cavalos, bicicletas e alguns a pé de Januária, Itacarambi, Manga, Jaíba, Verdelândia, Juvenília, Carinhanha, Varzelândia, São João da Ponte, Lontra, Janaúba, Porteirinha e Montes Claros. Muito importante também foi a presença dos companheiros que enfrentaram várias horas e até dias de viagem vindos de Rondônia, Pará, Sul do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para prestar sua solidariedade à luta, aos companheiros e à família do companheiro Cleomar.  (mais…)

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Aty Guasu convida para Grande Assembleia pelos direitos indígenas e respeito à Constituição

aty guasu convida

A manifestação e protesto permanente de Aty Guasu Guarani e Kaiowá (grande assembleia) começou no dia 25/11/2014, no tekoha Kurusu Amba, onde foi lançada a Luta e Resistência Permanente do Grande Povo Guarani e Kaiowa pela Efetivação de Direitos. Centenas de lideranças e comunidades estão participando da resistência e manifestação em defesa das vidas, em prol da efetivação de direitos Indígenas e Humanos.

Entre os dias 01 e 08 de dezembro de 2014 será amplificada a manifestação e protesto contra a alteração de artigos 231 e 232 da CF/88, tendo em vista que, na Câmara dos deputados federais em Brasília-DF, recomeçam a colocar na pauta a PEC 215, etc.

As lideranças e Conselho Aty Guasu e comunidades Guarani e Kaiowá de tekoha Kurusu Amba já convocaram 30.000 mil indígenas Guarani, Kaiowa, Terena, Kadweu, Kinikinawa, e agora passam a convidar a todos e todas sociedades nacionais e internacionais, não-indígenas vinculadas aos movimentos sociais, estudantil, organizações civis, todos os defensores de direitos Indígenas e Humanos para apoiar e participar da Aty Guasu que ocorrerá entre os dia 02 e 08 de dezembro de 2014.

Venha participar de nossas manifestações permanente pela efetivações de direitos nacionais e internacionais. Aguardamos apoio direito e indireto, sobretudo a presença de todos os apoiadores da causa indígenas. Ao mesmo tempo convidamos também a imprensa nacional e internacional. Aguardamos também a presença das autoridades federais, e estaduais, como procuradores do MPF, do CNJ, coordenadores e presidente da FUNAI, Coordenador da SESAI, Secretaria do Direitos Humanos, entre outras autoridades do Brasil.

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