ES – Seminário “Neoextrativismo na América Latina: estratégias de resistência e de produção de alternativas”, de 07 a 09/11

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Programação

Sexta-feira (07/11)

12:00 – Almoço

13:00 – Boas vindas e abertura: Cristiana Losekann (Organon/UFES) / Brasil

13:30 – Painel 1: Neoextrativismo latino americano: estratégias de desenvolvimento x alternativas ao desenvolvimento

Debatedores:
Gabriela Scotto – Núcleo de Estudos Socioambientais (NESA/UFF) / Brasil
Luiz Paulo Guimarães – Movimento Nacional pela Soberania Popular frente à mineração e Comitê em Defesa dos Territórios frente à mineração/ Brasil (mais…)

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Além da falta de terra, os Guarany Kaiowá enfrentam também escassez de água

Expedição Guarani Kaiowa - Aldeia de Pyelito Kue (Mato Grosso do Sul) percursodacultura / Flickr
Expedição Guarani Kaiowa – Aldeia de Pyelito Kue (Mato Grosso do Sul) percursodacultura / Flickr

Representante da Aty Guasu no CONSEA denuncia as violações sofridas por seu povo

Por Beth Begonha, Rádio Nacional da Amazônia

No momento em que o CONSEA realiza mais uma Mesa de Controvérsias sobre terras e territórios em Brasília (DF), os Guarany Kaiowá passam por novos problemas. Agora, além da falta de terra, o que gera escassez de alimentos, enfrentam também a falta d’água, principalmente em suas aldeias urbanas.

Nesta quarta-feira (05), o programa Amazônia Brasileira recebe Sílvio Ortiz, representante da Aty Guasu – Campanha Guarani no Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA). Ele tem seguidamente denunciado as violações sofridas por seu povo. A maioria vive em pequenas áreas onde são constantemente ameaçados por pistoleiros e em situação de miséria. Nas aldeias urbanas, vivem como favelados e trabalham para os grandes produtores de cana da região, recebendo pagamento inferior aos demais empregados não índios, e tendo dificuldade de manter seu sustento. Com o crescimento populacional nessas áreas a falta d’água tornou-se mais uma ameaça à saúde dos Guarany Kaiowá. (mais…)

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INPE disponibiliza software livre para estimativas de emissões por desmatamento

emissao co2 inpepor Redação Ecodebate*

O INPE-EM (Emission Model) é um sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apresenta estimativas anuais de emissões de gases do efeito estufa (GEE) por mudanças de cobertura da terra no Brasil de modo espacialmente explícito.

A versão atual do INPE-EM disponibiliza estimativas anuais de emissões para a Amazônia Brasileira com base nos dados do sistema PRODES, também do INPE.

Desde 2012 são apresentadas estimativas de 1ª Ordem (que supõe de modo simplificado que 100% das emissões ocorram no momento da mudança de uso/cobertura)e de 2ª Ordem(que buscam representar o processo gradativo de liberação e absorção do carbono como ocorre de fato). Diversas melhorias foram introduzidas este ano. Além das estimativas anuais de CO2, o sistema passou a apresentar estimativas de emissões de CH4, N2O, CO e NOx para toda a região, e também em mapas de emissão. As tabelas e mapas estão disponíveis para downloadem formato excel e shapefile. (mais…)

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MPP inicia curso de formação com lideranças

campanha formaçao pescadoresA formação busca qualificar   a atuação do movimento de pescadores em todo Brasil

CPP Nacional

Começou ontem, em Olinda/PE, a primeira etapa do curso de formação do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP). Com o objetivo de fortalecer o movimento, a formação acontecerá até sábado e trará debates sobre a organização do MPP e trabalhará a qualificação de suas lideranças. A iniciativa é vista como uma estratégia fundamental para potencializar a luta por mais vida e dignidade nas comunidades tradicionais pesqueiras.

“Formação é sempre importante, ela promove a qualidade da nossa ação, principalmente na discussão política. Ela significa o nosso fortalecimento. O movimento sempre vai precisar de formação, a gente tem a necessidade de fortalecer nosso discurso”, comenta a pescadora artesanal e liderança de Ilha de Maré, Bahia, Marizelha Lopes (Nega). (mais…)

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Nota de Repúdio do Coletivo Negrada

novembro negro

O Coletivo Negrada por meio desta Nota, condena veemente as afirmações de caráter racista proferidas pelo professor da UFES Manoel Luiz Malaguti, que numa aula para a turma do 2º período do Curso de Ciências Sociais, afirmou numa discussão sobre Cotas que “detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro”, além de desferir seu ódio com falas, expressamente racistas como: “Não posso utilizar uma linguagem técnica e textos mais elaborados, pois vocês (negros/cotistas) não tem capacidade de compreensão e interpretação, visto que a maioria não tem uma boa base de leitura para entender a matéria sem que eu use uma linguagem mais simplificada”; “os negros não são capazes de manter o nível da formação universitária”; “o nível da educação está tão baixo que o professor não precisa se qualificar mais para dar aula, já que a maioria dos cotistas são negros, pobres, sem cultura e sem leitura, são analfabetos funcionais”.

O crime de racismo está configurado quando este professor com seus atos e declarações, constrange e ofende moralmente “todos os estudantes negros e cotistas desta universidade”, negando e impedindo que estes estudantes exerçam o direito de estar neste espaço de educação superior.

Reiterando que o criminoso em questão é um formador de opinião e que usou do exercício da sua função para infringir a lei. Atitudes como essa, nos alertam cada vez mais a necessidade de uma intervenção emergencial, por meio de resolução, da Universidade Federal do Espirito Santos e das Secretarias de Educação, a fim de implementar de fato a Lei nº 10.639/03 que obriga o ensino da verdadeira história do povo negro e africano nas escolas. (mais…)

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Estados Unidos também são bolivarianos? EUA realizaram 146 consultas públicas nesse dia 4

usa bolivarianoMuda Mais

O debate sobre a participação popular está em pauta no Brasil, especialmente após a derrubada, na Câmara dos Deputados, do decreto presidencial [nº 8.243] que instaura a Política Nacional de Participação Social. A direita e os parlamentares conservadores atacam  a democracia participativa, falando que o decreto instauraria o bolivarianismo no Brasil (?), na tentativa de desqualificar os movimentos sociais e a participação social que vêm sendo implementada no Brasil . Como já mostramos aqui, a direita parece não entender que, na democracia, quanto mais participação do povo, melhor.

É assim também nos Estados Unidos, que realiza[ra]m nesta terça-feira, 4, eleições para o Parlamento e e diversas consultas públicas, plebiscitos e referendos. Em pauta, a reforma da política sobre o uso de drogas, além de procedimentos legais de aborto. O país atingirá o número recorde de 146 consultas públicas em 42 estados norteamericanos.

Longe de se tornar uma ditadura bolivariana, os Estados Unidos  fazem uso dos conselhos populares para decisões em 24 estados da nação. É assim também nas outras grandes democracias consolidadas ao redor do mundo, como é o caso dos plebiscitos na Suécia, ou dos referendos canadenses. (mais…)

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Famílias da Terra Indígena Maró fazem acampamento contra derrubada de árvores

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Terra de Direitos

Cerca de 30 famílias das etnias Borari e Arapium da Terra Indígena (TI) Maró, município de Santarém (PA), estão acampadas há cerca de cinco dias em área que está sendo desmatada por madeireiros. A ocupação retoma uma parte da TI que havia sido apropriada pela fazenda Curitiba. A ação é organizada em resposta ao corte de 15 árvores na TI, todas de alto valor comercial, como maçaranduba, jatobá, ipê, amarelão, itauba, uxi e pequiá. Os indígenas trancaram a estrada que corta o território tradicional e serve de via de transporte ilegal de toras.

O corte foi feito em área pleiteada por Celso José Hoffman, que conseguiu Autorizações para Exploração Florestal (AUTEF 2974/2014) via Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). Pelo menos 50% do Projeto de Manejo do madeireiro está dentro da TI, o que é juridicamente ilegal, por ser violação ao direitos garantidos na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O processo de demarcação da Terra Indígena ainda está em andamento e o mapa do território foi publicado em 2011 no Diário Oficial, sendo, portanto, disponível a todos os órgãos ambientais. (mais…)

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O fora Dilma e a unidade de esquerda

“A mera chantagem de unificar a esquerda na defesa do governo Dilma para barrar a direita não vai funcionar. O que pode funcionar, no entanto, é uma aliança contingente em defesa do governo Dilma, diante de um futuro movimento não-caricato de impeachment. Mas pra que isso aconteça, é preciso primeiro que o governismo reconheça que os movimentos e coletivos não-alinhados têm suas formas singulares de expressão, e não se submetem necessariamente aos consensos, discursos e pautas (“reforma política”) do próprio governo”. O comentário é de Bruno Cava Rodrigues, publicado no Facebook: 

IHU On-Line

Depois de uma eleição feita na base de campanhas de “desconstrução”, ódio e deboche, as caricaturas da direita saíram às ruas no sábado, chegando a 1,5 mil pessoas em São Paulo, com alguns cartazes pedindo a volta da ditadura. Com a família Bolsonaro e um Lobão histriônico, representa uma direita raivosa cuja única razão de existência é antagonizar com a esquerda do país. Fica a critério de cada um avaliar se elegê-los como inimigo preferencial é dar palanque para maluco e acaba retroalimentando o processo, já que pessoas como ConstantinosReinaldos e Felicianos simplesmente adoram ser “perseguidos” pela esquerda. Ou se é antagonismo fundamental.

Mas a operação também funciona do outro lado. Vem de longe a estratégia das redes e mídias governistas alertarem para o perigo golpista como tônica. O termo “PIG” surgiu assim. Durante as jornadas de 2013, essas mesmas mídias chamaram incansavelmente os manifestantes de coxinhas e manipulados, e nos protestos da Copa foram tachados de pessimildos e tucanos. A tendência é que qualquer crítica seja desqualificada como fazendo o jogo da direita, e qualquer mobilização fora da pauta da reforma política desejada pelo PT tachada de irresponsável. A pequena direita estridente é instrumental para reforçar a ideia que é preciso cerrar fileiras com o governo, mesmo que não haja “guinada à esquerda” à vista.

Assim como Bolsonaro se cacifa quando é antagonizado como inimigo principal, o governo pode se declarar esquerda sem passar pelo constrangimento de explicar que intervenções militares já estão ocorrendo em favelas cariocas, ou que pretende integrar as forças de segurança com as polícias para o monitoramento de movimentos e ativistas, ou então a febre barrageira contra direitos indígenas e meio ambiente. Existe um estranho mecanismo nessa mútua identificação de contrários, que faz com que um precise viver falando do outro. Como disse Nietzsche: “Quem vive de combater um inimigo luta para que ele não morra”. (mais…)

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Sul dos EUA elege primeiro senador negro desde o fim da Guerra da Secessão

Eleição de Tim Scott marca um significativo contraste em relação ao senador Strom Thurmond, que representou a Carolina do Sul durante décadas e foi um radical opositor da igualdade racial que lutou durante anos pela segregação

Da Agência Lusa/Agência Brasil

Os norte-americanos da Carolina do Sul elegeram o primeiro senador negro do Sul do país desde o fim da Guerra de Secessão, segundo projeções das televisões norte-americanas. Ele é o primeiro senador negro depois do período chamado de Reconstrução, que terminou em 1877, com a retirada das tropas federais do Sul dos Estados Unidos.

Tim Scott, um republicano de 49 anos, obteve a vitória histórica no estado onde teve início, em 1861, a Guerra da Secessão. Scott já exercia, contudo, desde janeiro de 2013, o cargo de senador, em substituição a seu antecessor que havia renunciado.

A eleição de Scott marca um significativo contraste em relação ao senador Strom Thurmond, que representou a Carolina do Sul durante décadas, e foi um radical opositor da igualdade racial que lutou durante anos pela segregação.

Há seis anos, o senador Barack Obama tornou-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos ao derrotar o rival republicano John McCain nas urnas. Filho de um queniano e de uma americana, Obama substituiu George W. Bush, que estava havia oito anos no governo. Aluno de Harvard, Obama foi o primeiro negro a presidir a revista universitária Harvard Law Review.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Ruben Siqueira.

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