Minority Report – Paranormais ajudam a polícia carioca a prever crimes, por Leonardo Sakamoto

Precog utilizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para poder punir crimes antes que eles aconteçam
Precog utilizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para poder punir crimes antes que eles aconteçam

Blog do Sakamoto

A polícia do Rio de Janeiro prendeu, neste sábado (12), ao menos 17 pessoas, além de apreender dois jovens, por supostas conexões com manifestações marcadas para acontecer na final da Copa, neste domingo, informou a BBC Brasil. Outras prisões temporárias – com duração máxima de cinco dias – ainda podem ocorrer.

Daí você me pergunta: mas que crime eles cometeram para irem presos? Resposta: nenhum.

Mas o governo do Estado do Rio de Janeiro tem outra resposta: nenhum ainda.

Sim, a principal razão da prisão foi o risco de causar problemas no jogo entre a Alemanha e a Argentina. Risco na opinião da polícia, é claro.

Mas se alguém é preso antes de cometer um crime essa pessoa pode ser acusada por este crime uma vez que o motivo que levou à sua prisão nunca ocorreu e muito provavelmente não ocorra? Pouco importa. Em nome de manter as aparências para o mundo, a lógica foi assassinada há tempos.

Fiquei quebrando a cabeça para entender como a inteligência (sic) da polícia carioca tem tanta certeza que os ativistas vão cometer crimes para terem seus direitos fundamentais enterrados. (mais…)

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Nota de Repúdio às prisões Arbitrárias

luta não é  crime PB
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio

Na véspera da final da Copa do Mundo, o principal debate não é sobre quem será o possível campeão, mas sim sobre se temos ou não democracia em nosso país. A Justiça expediu 26 mandados de prisão contra professores, jornalistas, radialistas, midiativistas e outros cidadãos, além de mandados de apreensão de dois adolescentes, por conta da participação destes em manifestações e da articulação de novos protestos para os próximos dias. O ato repete prisões que ocorreram também na abertura da Copa.

Tal atitude nos afasta cada vez mais de um Estado Democrático onde o direito à liberdade de expressão e manifestação deve ser garantido amplamente. Por conta disso, as entidades e militantes abaixo assinados repudiam a ação policial e fazem questão de frisar algumas questões relevantes: 1- O advogado criminalista Lucas Sada, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, cuida do caso da radialista Joseane de Freitas, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), presa neste sábado (12/07) sob a alegação de formação de quadrilha armada, assim como todos os outros presos. O advogado relatou que Joseane apenas participou de duas manifestações, a mais recente realizada em Copacabana por ocasião da abertura da Copa do Mundo. Ela e os outros presos no Rio serão encaminhados ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Este fato reforça características típicas de Estado de exceção que estamos enfrentando nos últimos dias. 2- A Polícia permitiu acesso exclusivo para os jornalistas a serviço da mídia corporativa empresarial, impedindo jornalistas e comunicadores independentes de fazerem a cobertura da ação. Esse fato revela uma atitude antidemocrática e fere a liberdade de expressão e de imprensa, caracterizando uma violação aos direitos humanos. (mais…)

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Prisão de ativistas na véspera da final da Copa

lutar é direito -lutar não é crimeOrganizações de direitos humanos denunciaram no início da tarde deste sábado (12), a prisão de dezenas de ativistas no Rio de Janeiro. De acordo com a ONG Justiça Global, as prisões têm “propósito único de neutralizar, reprimir e amedrontar aqueles e aquelas que tem feito da presença na rua uma das suas formas de expressão e luta por justiça social”. A operação repressiva acontece na véspera da final da Copa do Mundo que será no estádio do Maracanã, no domingo (13/7). Em torno de 60 sessenta mandados de prisão temporária foram expedidos e já está em 20 o número de presos na ação de repressão do Estado contra a população.

Rede Democrática

NOTA CONJUNTA DA ONG JUSTIÇA GLOBAL E DA ANISTIA INTERNACIONAL SOBRE PRISÕES DOS ATIVISTAS

Estado realiza prisões para reprimir população no Rio, na véspera da final da Copa

“Na manhã de hoje, 12 de julho de 2014, em torno de 60 sessenta mandados de prisão temporária, impondo cinco dias de detenção, estão sendo cumpridos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro contra manifestantes e participantes dos protestos do último ano. Os mandados foram expedidos desde quinta-feira e cumpridos neste sábado, dia anterior a final da Copa do Mundo, para quando há um grande ato de rua marcado.

Detidos e detidas, incluindo duas mães, estão sendo encaminhados para a “Cidade da Polícia”. Chegando na caçamba de camburões e sendo retirados sob a mira de fuzis.

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1º Encontro Nacional das Mulheres da UNEGRO: 25 a 27 de julho, no ES

Encontro Nacional UnegroMulheres Negras compartilhando o Poder

As mulheres negras são as maiores vítimas da violência doméstica. Segundo os dados apresentados no Mapa da Violência, organizado por Jacobo Waiselfisz em 2010 morreram 48% mais mulheres negras do que brancas vítimas de homicídio. Em Alagoas, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo e Distrito Federal, mais da metade das mortes de jovens foi provocada por homicídio. Sendo que no Espírito Santo esse índice chegou a 57% de jovens mortos por homicídio no estado. No total nacional, morreram em 2005 proporcionalmente 80,7% mais negros que brancos.

Em 2011, esse índice salta para 111,2%. Assim, a brecha já histórica da vitimização juvenil do país, longe de encurtar, continua aumentando, de acordo com esse Mapa elaborado por Jacobo Waiselfisz.  Além do que, é sistêmica uma série de violações motivadas por questões sexuais, culturais e machistas que colocam a mulher negra em condições de inferioridade na sociedade brasileira. Isso, mesmo com o atual avanço das lutas feministas no mundo  ( como a Marcha das Vadias, Marcha Mundial das Mulheres, entre outras) e com uma gama de políticas públicas segmentadas que tentam diminuir o fosso social que mantém inalterado o nosso apartheid. Como exemplo, menos de 9% das negras estão representadas no Congresso Nacional conforme estudo da UNEGRO sobre a representação  parlamentar negra no Brasil com um apontamento nas Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e Distritais no país. É para lutar contra esse apartheid  e contra o quadro de exclusão social e sexual que a UNEGRO (União de Negros Pela Igualdade), fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, na Bahia -, realiza entre os dias 25 a 27 de julho, no Hotel Canto do Sol situado na Av. Dante Micheline, 3957, Jardim Camburi, em Vitória, seu 1º Encontro Nacional das Mulheres da UNEGRO. (mais…)

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Organizado por João Pacheco de Oliveira e Clarice Cohn, “Belo Monte e a Questão Indígena” pode ser baixado aqui

Está disponível para ser baixado Belo Monte e a Questão Indígena, lançamento da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) organizado por João Pacheco de Oliveira e Clarice Cohn. Para acessá-lo, basta clicar AQUI e baixar um pouquinho, que ele está entre a relação de livros publicados. Abaixo, o Sumário da obra. 

Sumário

  • Belo monte e a questão indígena: reflexões críticas sobre um caso emblemático de “desenvolvimentismo” à brasileira, por Bela Feldman-Bianco
  • Introdução: a ABA e a questão de Belo Monte, por João Pacheco de Oliveira
  • A produção de um dossiê sobre um processo em curso, por Clarice Cohn

PARTE 1: UMA VISÃO GERAL

  • Planejamento às avessas: os descompassos da Avaliação de Impactos Sociais no Brasil, por Marcelo Montaño
  • Quanto maior melhor? Projetos de grande escala: uma forma de produção vinculada à expansão de sistemas econômicos, por Gustavo Lins Ribeiro
  • Significados do direito à consulta: povos indígenas versus UHE Belo Monte, por Jane Felipe Beltrão, Assis da Costa Oliveira e Felício Pontes Jr.
  • (Des)cumprimento das condicionantes socioambientais de Belo Monte, por Biviany Rojas
  • Na luta pelos direitos indígenas: a ação do Ministério Público Federal em documentos selecionados, por Jane Felipe Beltrão, Helena Palmquist ePaulo César Beltrão Rabelo
  • O contexto institucional da resistência indígena a megaprojetos amazônicos, por William H. Fisher
  • Pescadores, ribeirinhos e indígenas: mobilizações étnicas na região do rio Xingu: resolução não negociada dos
  • conflitos na usina hidrelétrica de Belo Monte, por Alfredo Wagner Berno de Almeida e Rosa Elizabeth Acevedo Marin
  • Profanação hidrelétrica de Btyre/Xingu: fios condutores e armadilhas (até setembro de 2012), por A. Oswaldo Sevá Filho

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