Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem de Advogados do Brasil Seção Rio de Janeiro (OAB/RJ), Marcelo Chalréo, disse que ainda hoje (13) ingressará na Justiça com pedido de soltura para a advogada Eloysa Samy Santiago, uma das detidas ontem (12) pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em atos de vandalismo em protestos.
A operação resultou na prisão de 17 adultos e apreensão de dois adolescentes. A comissão pedirá também a soltura dos dois menores de idade. Mais duas pessoas foram presas em flagrante por porte de droga e arma. Não havia mandado de prisão para elas. Nove ativistas estão foragidos. Os detidos doram levados para a Cidade da Polícia, na zona norte.
“Nós nos preocupamos com os dois menores apreendidos e com a advogada. Para os dois menores, nós encaminhamos alguns procedimentos específicos e também para essa advogada”, disse. Segundo Chalréo, profissionais do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (IDDH), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), da organização não governamental Justiça Global também estão trabalhando na defesa dos manifestantes presos.
Em relação à Operação Firewall, que resultou na detenção dos ativistas, a Policia Civil do Rio de Janeiro informou, em nota divulgada hoje (13), está exercendo o papel “de investigar de forma independente, sem qualquer vinculação politica ou partidária”.
De acordo com a polícia, o inquérito da Delegacia de Repressão a Crimes da Informática (DRCI), que investiga atos violentos em manifestações, reúne “provas consistentes” contra as 26 pessoas que tiveram mandados de prisão temporária expedidos pelo juiz titular da 27ª Vara Criminal da capital, Luis Flavio Itabaiana, além dos dois menores de idade com mandados de busca e apreensão concedidos pelo Juizado da Infância.
“As ações realizadas neste sábado foram apenas uma etapa visível da investigação, que ainda não terminou”, diz a nota. As investigações foram iniciadas em setembro do ano passado. Desde então, o inquérito corre em segredo de Justiça, segundo a polícia. “É importante ressaltar que a Polícia Civil submeteu ao Judiciário o conjunto probatório, que foi suficiente para o convencimento do promotor de Justiça e do juiz para a decretação das ordens de prisão”, esclareceu o órgão.
Edição: Carolina Pimentel