Ver TV questiona o pouco espaço de negros e indígenas na televisão

TV Brasil

A ausência ou representação estereotipada pelas mídias de ambos grupos não parece ser novidade, apesar de ser um assunto pouco discutido. A imagem do negro retratada na mídia ainda se apoia em três “Ls”: lúgubre, lúdico e luxurioso, segundo o professor da Universidade Federal da Bahia, Fernando Conceição.  Lúgubre, segundo Conceição, refere-se às imagens da abordagem policial retratadas pela mídia; “lúdico”, ao estereótipo do negro alegre, retratado nas festas nacionais, como o carnaval;  luxurioso relaciona-se à estereotipia do(a) negro(a) sensual.

Já coletivos indígenas de produção audiovisual, organizadores de apoio à produção indígena, professores e estudantes universitários lançaram, recentemente, um manifesto com o intuito de por fim à invisibilidade da cultura indígena. Uma das reivindicações desse manifesto, chamado Carta de Diamantina, foi a criação de janelas de visibilidade para a produção audiovisual indígena, como é o caso do extinto programa A’Uwe da TV Cultura.

Para debater a presença do negro, o Ver TV convidou Dennis Oliveira, professor de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; Joyce Ribeiro, jornalista e âncora de jornal do SBT; e a editora e apresentadora do programa televisivo Negros em Foco, a jornalista Rejane Romano.

Também estiveram presentes para questionar a presença indígena a antropóloga e jornalista Tatiane Klein; a pedagoga Dora Pankararu, líder do povo Pankararu em São Paulo; e a jornalista e cineasta Laine Milan, que dirigiu a série A’Uwe, apresentada pelo ator Marcos Palmeira, que era exibida pela TV Cultura e pela TV Brasil.

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