Um ano após morte de Oziel em desocupação desastrosa, culpados não foram apontados

ozielMayara Sá, com Coletivo Terra Vermelha

Nesta sexta-feira (30) vai completar um ano que o índio terena Oziel Gabriel morreu em uma desastrosa tentativa de desocupação da terra indígena Buriti por parte da Polícia Federal e Polícia Militar, em Sidrolândia – a 70 quilômetros de Campo Grande.

Apesar do tempo e da comoção que a história causou no mundo inteiro, até agora ninguém foi apontado como autor da bala que tirou a vida do guerreiro, como os indígenas costumam se chamar. Por outro lado, o processo demarcatório das terras indígenas não avançou no período e os índios continuam vivendo sem que suas terras fossem devolvidas.

Diante disso, e esperando que a data de alguma forma sensibilize as pessoas para a questão, os indígenas terenas farão uma mobilização em Campo Grande.

O Coletivo Terra Vermelha já está organizando o ato na praça Ary Coelho. Uma delegação de indígenas de cerca de 100 indígenas virão a Capital para realizar uma passeata pelo centro, passando em frente ao Fórum ou Ministério Público Federal, e no final da tarde haverá apresentações artísticas na praça Ary Coelho.

Os indígenas pedem ainda que movimentos sociais, sindicatos, ONGs, centrais sindicais e outras organizações que apoiam a causa indígena no Mato Grosso do Sul somem esforços e se construa um ato unificado no dia 30 de maio para marcar fortemente a data emblemática exigindo a punição dos responsáveis e o avanço da demarcação das terras indígenas em nosso estado e no Brasil.

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