Socializando a homenagem de Vincent Carelli e a Apresentação de dom Tomás, na luta!

Ruben Siqueira me enviou cópia de mensagem de Vincent Carelli, com o comentário “a Apresentação de Dom Tomás serviria quase completamente para uma reportagem que se fizesse sobre povos indígenas hoje… ô tristeza!”.  E eu não resisti!  Publico pois, abaixo, a mensagem e o link para o belo trabalho, mas tomo a liberdade de postar em seguida as duas páginas do texto de Dom Tomás, de 1980! Espero que Carelli compreenda: essa Apresentação não pode deixar de ser socializada sempre e sempre, nestes tempos que vivemos. (Tania Pacheco)

Por Vincent Carelli 

Nesta semana que passou, duas pessoas preciosas nos deixaram: Dom Tomás Balduino, bispo de Goiás Velho, e o jornalista Mylton Severiano da Silva. Os dois foram meus parceiros na minha primeira publicação de jovem militante, “Mão Branca contra o povo cinza”, que republico aqui nesta singela homenagem. [ver AQUI]

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Apresentação

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Uma ponte para o abismo entre o Brasil e seus indígenas

Ângela Pappiani, criadora do projeto, ao lado de Vinicius e seu pai, Paulo Supetaprã Xavante, dentro da escola construída na aldeia. As histórias foram escolhidas em conjunto com os indígenas, que traduziram e também fizeram as ilustrações dos livros (Helio Nobre / Divulgação)
Ângela Pappiani, criadora do projeto, ao lado de Vinicius e seu pai, Paulo Supetaprã Xavante, dentro da escola construída na aldeia. As histórias foram escolhidas em conjunto com os indígenas, que traduziram e também fizeram as ilustrações dos livros (Helio Nobre / Divulgação)

Livros e CDs de histórias dos povos Karajá e Xavante são lançados em SP e no RJ. “Era hora do Brasil enxergar essa literatura”, diz coordenadora.

Por Felipe Milanez, Carta Capital

Serão lançados nesta segunda-feira 19, em São Paulo, e na quarta-feira 21, no Rio de Janeiro, os dois livros que compõem o projeto Histórias da Tradição. Os livros são Ynyxiwè, que trouxe o sol e outras histórias do povo Karajá (80 páginas) e Aihö’ubuni wasu’u – o Lobo Guará e outras histórias do povo Xavante (96 páginas). Ambos possuem encarte de pôster colorido e CD.

Realizado em parceria com lideranças dos povos Xavante e Karajás, o projeto, coordenado pela jornalista Ângela Pappiani, diretora da produtora Ikore, apresenta mitos contados, em formas literárias, pelos indígenas. São belíssimas histórias que enriquecem a literatura nacional. Histórias dos contatos interétnicos, das resistências, e outras do perspectivismo indígena, nos quais animais interagem como humanos – como a história Xavante do urubu-rei que organiza um salvamento de um índio xavante. (mais…)

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PRR4 pede agilidade na demarcação de terras indígenas em municípios gaúchos

Arpin sul - KaingangPara Procuradoria Regional da República da 4ª Região, medida diminuirá acirramento de ânimos no norte do Rio Grande do Sul

A Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4) encaminhou pareceres ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) sobre dois processos de demarcação no norte do Rio Grande do Sul: as terras indígenas Passo Grande do Rio Forquilha, localizada nos municípios de Cacique Doble e Sananduva, e Votouro-Kandoia, que se estende pelos municípios de Faxinalzinho e Benjamin Constant do Sul. Em ambos, a Procuradoria defende medidas, em caráter liminar, para que os processos demarcatórios sejam agilizados, sem remoção imediata dos agricultores. Na visão do MPF, tais medidas acalmariam os ânimos dos Kaingangs na região.

Os pareceres do MPF se referem a duas ações civis públicas. Em ambas, o pedido de agilização do processo demarcatório foi negado pelo juízo de primeira instância, que recomendou cautela e parcimônia, sem atropelo de fases procedimentais, além de solução que atenda, pelo menos em parte, a todos os envolvidos. A decisão também considerou que o deferimento das liminares provocaria eclosão de grave conflito social. (mais…)

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Religiosos criticam decisão que não considera umbanda e candomblé religiões

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

Líderes de diversas religiões repudiaram hoje (19) a decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras, por considerar que a umbanda e o candomblé “não contêm os traços necessários de uma religião”, como um texto-base, a exemplo da Bíblia, uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. As críticas foram feitas durante o lançamento da campanha promovida pela Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio para a Copa do Mundo de 2014.

Intitulada “Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo”, a campanha foi promovida em um evento inter-religioso nesta segunda-feira, no Estádio Jornalista Mário Filho, Maracanã. O babalorixá Carlos Ivanir dos Santos afirmou que o candomblé vive tempos difíceis e agradeceu o apoio de representantes de outras denominações religiosas que criticaram a decisão: “O que leva ao ódio é a ignorância. É a ignorância que cria o que estamos vendo na Nigéria [referindo-se ao grupo fundamentalista que sequestrou meninas por acreditar que mulheres não devem estudar], onde um grupo quer impor a sua verdade sobre outros”.

De acordo com Santos, “A questão da intolerância religiosa tem sido um fator importante para o ódio. Quando um juiz de um Estado laico desrespeita a Constituição, colocando uma opinião preconceituosa, se fomenta o ódio contra as religiões de matriz africana”, criticou, classificando a argumentação do juiz como elitista e racista. Na decisão, Eugênio Rosa de Araújo afirmou que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença – são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião” (mais…)

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III ENA: Dossiê mostra que perímetros irrigados violam direitos de comunidades rurais

Foto: Francisco Valdean
Foto: Francisco Valdean

Pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentada no último dia 17, durante o III Encontro Nacional de Agroecologia (III Ena)  mostra que as expectativas para o futuro não são nada animadoras

Por  Camila Nóbrega*, Comunicação do III Ena

A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê vultosos recursos – R$ 6,9 bilhões – para a expansão dos perímetros irrigados no semiárido. A princípio, a notícia foi muito comemorada, já que significa dobrar a área existente hoje. Atualmente, são 193.137 hectares irrigados no semiárido e, com os novos projetos, novos 200 mil hectares estão previstos. Uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) mostra, porém, que as expectativas para o futuro não são nada animadoras. Em outras regiões brasileiras, as extensas áreas irrigadas artificialmente são responsáveis por violações de direitos humanos e expansão do agronegócio. As consequências mais graves são a expulsão dos pequenos agricultores e contaminação por agrotóxicos.

Exames médicos feitos em 545 trabalhadores de regiões próximas a cinco perímetros – dois no Rio Grande do Norte e três no Ceará -, realizados ao longo de um ano e meio, apontam que 30,3% apresentavam intoxicação aguda. Mais: a prevalência de câncer é 38% maior entre os agricultores que moram em perímetros irrigados, em decorrência da chegada de grandes empresas do agronegócio, com uso intensivo de agrotóxicos. (mais…)

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RR – Índio é baleado por garimpeiro na TI Raposa Serra do Sol

bastadeviolenciaAlmicar Júnior, Folha de Boa Vista

Um índio de 40 anos foi baleado, no domingo passado, na comunidade do Mutum, na terra indígena Raposa Serra do Sol, no município de Uiramutã, a 300 quilômetros da Capital, pela BR-174, Norte do Estado. Ele tentava impedir a garimpagem ilegal de ouro e diamante, quando foi alvejado por um garimpeiro, que sacou um revólver e atirou à queima roupa.

O agressor, segundo o coordenador da Frente de Proteção Yanomami, João Catalano, ainda está na região, armado, ameaçando os indígenas. Ele reclama da ausência da Polícia na região e critica a omissão do Estado que, segundo ele, não proporciona segurança aos povos indígenas.

“Ele foi baleado no domingo e só agora ficamos sabendo. Nem HGR, nem a Polícia nos informou. A PM e a Civil do Uiramutã se recusam a prender o autor do disparo. Não é a primeira vez que isso acontece. Mas deve-se observar que a segurança é um direito de todos, de índios e não índios”, comentou. (mais…)

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Participantes do III ENA protestam contra a Monsanto em Petrolina

Foto: Daniel Leon
Foto: Daniel Leon

Atos denunciam que os agrotóxicos e transgênicos inviabilizam a agroecologia

por Alan Tygel, na página do III ENA

Cerca de 100 participantes do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) protestaram nesta manhã (19) em frente à unidade de pesquisa da Monsanto, em Petrolina. No local, são feitos experimentos com milho e sorgo geneticamente modificados. Foram colocadas diversas cruzes na porta da empresa simbolizando as mortes provocadas pelos transgênicos e agrotóxicos da empresa.

Segundo o agricultor Vilmar Luis Lermen, da cidade de Exu, em Pernambuco, não é possível a convivência entre agroecologia e os agrotóxicos e transgênicos: “Essa mutação genética tem provocado inúmeros distúrbios ambientais nos biomas onde é implantado. Queremos que a socidade possa escolher livremente os alimentos que quer comer e que o meio ambiente seja preservado”, disse Vilmar. (mais…)

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Liderança terena é baleada na perna depois de sofrer terceiro atentado em menos de um ano

 Foto de Observatório Socioambiental no Facebook
Foto de Observatório Socioambiental no Facebook

Renato Santana, de Brasília (DF), Cimi

O indígena Paulino Terena acabou baleado na perna direita depois que homens não-identificados atacaram a tiros, na madrugada desta segunda-feita, 19, a aldeia e a casa onde ele vive com a família. O terena é liderança da retomada Pillad Rebuá, território indígena localizado no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul (MS), região do Pantanal, foco de conflito agrário. Este é o terceiro atentado sofrido pelo indígena em menos de um ano – na foto ao lado, carro incendiado de Paulino depois de emboscada em dezembro do ano passado.

“Foram muitos tiros. Nunca que eu tinha visto tantos assim. Não vieram para assustar, mas para me matar. Estou bem e não vamos desistir de nossas terras”, conta Paulino. No final da manhã o indígena saiu do hospital de Miranda, onde passou por cirurgia para a retirada do projétil alojado na panturrilha. Ele lembra que acordou por volta das 4h30 com o avô gritando que a aldeia estava sob ataque. Tão logo ouviu os tiros, pulou da cama para a porta da casa. (mais…)

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Fortaleza: Inicia-se a ocupação “Acampamento Pelo Direito à Cidade”

Foto: Sandra Helena Freitas e Nigéria
Foto: Sandra Helena Freitas e Nigéria

Por Ivna Girão

A rua em frente à sede do governo municipal está sendo ocupada pela Frente de Luta por Moradia Digna. Moradores de comunidades atingidas pelas remoções da copa e que enfrentam outros problemas juntamente com vários movimentos sociais iniciaram nesta manhã um acampamento em frente a Prefeitura protestando e exigindo o atendimento das reivindicações:

1 – Pelo fim dos despejos força dos que tanto violentam famílias em Fortaleza:

1.1 – Que a Prefeitura não repita o que fez no Alto da Paz ao trocar o diálogo pela violência, e que intervenha em conflitos fundiários priorizando a desapropriação de terrenos com ocupações consolidadas ameaçadas de despejo.

1.2 – Criação de uma Comissão Intersetorial de Mediação para Conflitos Fundiários, da qual participe órgãos governamentais, ministério público, defensoria pública e sociedade civil. (mais…)

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Los ataques no paran: De nuevo niños Wichí baleados en Formosa, Argentina

Foto: Agustín Santillán.
Foto: Agustín Santillán.

Por Stefan Biskamp para ANRed

Una ola de violencia policial está arrollando a las comunidades indígenas Wichí deIngeniero Juárez, Provincia de Formosa. Unas semanas después de que unos niños fueranheridos gravemente, la fuerza estatal atacó ayer otra vez con tiros de bala de plomo a chicos Wichí de esa localidad, lesionando a varios de ellos. Uno, de 14 años, fue llevado a la comisaría y golpeado brutalmente.

Según relatan testigos, a las 10:00hs de la mañana de sábado 17 de mayo, unadecena de policías entró a la comunidad Wichí Barrio Obrero de Ingeniero Juárez en el noroeste de la Provincia de Formosa. “Sin avisar, tiran directo con balas de goma y de plomo”, contó un testigo. “Entran al barrio con palabras ’indio de mierda’ y ’mataco’”. Cuando los miembros de la comunidad corrían desesperadamente, “los policías se reían”. Un niño de 14 años fue detenido por los efectivos: “Lo llevan a la rastra al niñoLeandro. La madre grita, le pegaban y casi la balean también”. (mais…)

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