Comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada enfrenta nova reintegração de posse

Depoimento da Cacique Damiana
Imagem capturada de vídeo de Oriel Benites, de setembro de 2013

Por Ruy Sposati, em Cimi

A comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada do momento, o tekoha Apyka’i, no município de Dourados (MS), poderá enfrentar mais uma reintegração de posse.

Uma nova manobra judicial garantiu que uma decisão – já cumprida – da Justiça Federal de 2009, em favor do Cássio Guilherme Bonilha Tecchio, proprietário da Fazenda Serrana, fosse, mais uma vez, utilizada contra os indígenas.

Agora, os Kaiowá tem 30 dias para sair do local, onde estão acampados desde setembro de 2012.  O prazo para o despejo passa a contar a partir desta segunda-feira, 27. A liderança da comunidade, Damiana, reafirma que os indígenas não sairão da terra. (mais…)

Ler Mais

Conjuntura nacional, seus reflexos e consequências para a população negra e o Movimento Negro no Brasil

Isto é África, mas a foto bem que poderia ser aqui, essa é uma cena cotidiana nas periferias e em todas as regiões brasileira, podendo ser uma criança negra, indígena ou mesmo branca...
Isto é África, mas a foto bem que poderia ser aqui, essa é uma cena cotidiana nas periferias e em todas as regiões brasileira, podendo ser uma criança negra, indígena ou mesmo branca…

Por Reginaldo Bispo*

O extermínio da juventude negra avança, de forma indiscriminada, sem atenção de qualquer setor do estado, da mídia ou da sociedade. Quase nada foi feito, pelo governo, para cumprir o direito constitucional de titulação dos territórios quilombolas e indígenas, bem como em relação a reforma agraria. Em 20 anos de governos do PSDB e do PT, apenas 20 ou 21 territórios quilombolas foram titulados pelo governo federal. A maioria pequenos quilombos urbanos. Todo ano, retorna ao tesouro as verbas destinadas as titulações, o que faz com que elas sejam reduzidas no orçamento seguinte, ano após ano, provocando insegurança na vida dos quilombolas e indígenas, frente aos ataques e a violência do latifúndio e do agro negocio, devido apoio do governo a esses últimos.

O racismo religioso e o crescimento do setor evangélico no Congresso, tem proporcionado situações bizarras, com o surgimento de “traficantes de cristo” que ameaçam, invadem e expulsam candomblecistas e umbandistas de suas casas de culto no Rio de Janeiro; Em Salvador os “baleiros de cristo”, vendedores de bala, agitadores em ônibus, membros das igrejas pentecostais e vendedores de “acarajé de cristo”, ligados a igreja universal.

Enquanto reivindicamos um estado laico, plurirracial e multicultural, eles defendem o oposto, um estado confessional e fundamentalista, opressor contra todos os que não pertencem a sua religião, os que não sejam como eles os “escolhidos por Deus”.  O pior, é que se aliam ao que há de pior e mais reacionário no pais, os seguimentos políticos e econômicos capitalistas, os políticos corruptos, aos partidos de direita, aos latifundiários da UDR-Ruralistas, aos homofôbicos e racistas, contrários aos quilombolas, indígenas, ambientalistas, à reforma agraria, e os pequenos agricultores familiares. (mais…)

Ler Mais

Indígenas protocolam reivindicações no Ministério Público Federal, em RR

Indígenas estão acampados embaixo de cajueiro (Foto: Natacha Portal/ G1)
Indígenas estão acampados embaixo de cajueiro (Foto: Natacha Portal/ G1)

Retirados do prédio da Secretaria, eles estão embaixo de cajueiro. Segundo secretário, índios não o procuraram em nenhum momento.

Por Natacha Portal, do G1 RR

Os indígenas que estão acampados desde o dia 17 de janeiro na Secretaria Estadual do Índio (SEI) protocolaram na tarde desta segunda-feira (27), no Ministério Público Federal (MPF), uma série de reivindicações em nome do Movimento por Política Justa e Solidária (MPJUS), Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiur), Associação dos Povos Indígenas de Roraima (Apir), Associação Estadual Indígena Kuwaikîrî de Boa Vista e Associação dos Povos Indígenas da Terra de São Marcos (APITSM).

Entre as dez reivindicações que fazem parte da pauta dos indígenas, constam que a indicação de nomes para os cargos de secretário titular, secretário-adjunto, diretores e chefes de divisão deve ser feita pelas organizações e associações indígenas e que seja realizada a entrega imediata dos materiais adquiridos pela Secretaria para as comunidades. (mais…)

Ler Mais