Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam na manhã de hoje (22) de uma marcha por moradia organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Os manifestantes ocupam todas as faixas da Avenida Giovanni Gronchi, zona sul da capital. A interdição forma um longo congestionamento, no sentido Palácio dos Bandeirantes.
A caminhada começou por volta das 9h, após concentração no estacionamento de um hipermercado, em frente ao Terminal de ônibus João Dias. Os manifestantes vão se juntar a outro grupo de sem-teto, que partiu do Largo do Taboão, no Campo Limpo. O objetivo do protesto é conseguir uma reunião com o governador Geraldo Alckmin para discutir recursos para a habitação.
Segundo Joel de Oliveira, coordenador do MTST, participam da manifestação as oito ocupações pertencentes ao movimento: Capadócia, Vila Nova Palestina, Dona Deda, Pinheirinho, Che Guevara, Chico Mendes, João Cândido e Faixa de Gaza.
Os manifestantes reivindicam aumento no aporte ao projeto estadual de construção de moradias, semelhante ao Minha Casa, Minha Vida; abertura do auxílio aluguel estadual; e reclamam dos serviços prestados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “No município de Embu das Artes, a Sabesp está chegando um dia com água, três sem água. As contas estão vindo um absurdo, tem aumentado exageradamente a conta dos moradores de Embu. Eles [Sabesp] apenas alegam que tem vazamento”, disse Joel.