Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental
Segundo a Rede de Gestão Ambiental do Maranhão, há informações de que o Exército ou a Força Nacional teriam invadido a Terra Indígena Krikati, no final desta tarde. Em nota, a REGEAMA diz esperar não haja qualquer tipo de violência, uma vez que nas suas ações dos últimos dias os indígenas estão cobrando simplesmente políticas públicas. E afirma que “O diálogo tem que ser estabelecido e as POLÍTICAS TÊM QUE SER IMPLEMENTADAS! Chega de tanta corrupção na saúde e educação no Maranhão!”.
A Rede anexa à Nota cópia de solicitação (abaixo) que a Coordenação e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (Copiama) encaminhou hoje a diversas autoridades federais e estaduais, de uma reunião urgente para discutir carta de 6 de janeiro, protocolada pela Funai no dia 7, na qual fazem diversas exigências ao governo federal.
Após muitas denúncias e tentativas de diálogos, inclusive através de Ação Civil Pública de 2011, os Krikati, Guajajara e Krenyê decidiram partir para a ação e, no domingo, 5 de janeiros, bloquearam trecho da rodovia MA-280, entre as cidades de Montes Altos e Sítio Novo, no sudoeste do Maranhão, a 65 km de Imperatriz. Na segunda-feira, dia 6, derrubaram duas torres de alta tensão que cortam a Terra Indígena sem que a Eletrobrás tenha cumprido qualquer acordo compensatório.
Na carta de 6 de janeiro, a Copiama reivindica, entre outras coisas, a regularização fundiária e desintrusão da Terra Indígena Krikati; a compensação da Eletronorte pelas torres de alta tensão instaladas na área; e a troca da coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Maranhão. Para a reunião de amanhã, entretanto, as questões priorizadas são referentes a saúde e educação.
Abaixo, cópia da solicitação de reunião urgente e fotos que, como a que abre este texto, demonstram claramente porque a Copiama prioriza essas duas questões.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Auridenes Matos.