Vivemos em um mundo controlado por dinheiro, ganância e poder
Por Xiuhtezcatl Roske-Martinez, no Guardiões da Terra
Um mundo onde cada decisão que é feita determina o tipo de mundo que as gerações futuras irão herdar de nós. Um mundo construído fora da mentira de que a Terra é um recurso para a nossa tomada. Um mundo construído fora de uma mentalidade frágil que diz que somos determinados por nossa riqueza, a nossa classe social e a quantidade de poder que temos.
A coisa boa sobre uma mentalidade frágil é que ela pode ser quebrada, reformulada e (trans)formada em uma maneira totalmente nova de pensar que ninguém imaginava possível. Desde a Revolução Industrial, começamos a destruir os nossos recursos naturais e tomar a terra por concessão. Acreditamos que os nossos recursos nunca acabariam.
Os rios foram poluídos com resíduos tóxicos, o ar foi contaminado com produtos químicos industriais, e é aí que as pessoas começaram a ver a evidência da destruição da Terra, e o esgotamento de seus recursos.
Um movimento para proteger nossos rios e o ar entrou em erupção em 1960 e 1970, com manifestações massivas e pessoas nas ruas. Pela primeira vez na história, as pessoas tinham uma consciência sobre os danos que estava sendo feitos ao meio ambiente. E acima disso, eles sabiam que esse movimento iria fazer a diferença.
Fora desse movimento veio o primeiro Dia Internacional da Terra, que foi uma “voz” pela Terra. Mas desde então, o movimento ambientalista acalmou-se. Com todas as “vitórias” nas comunidades locais, tem havido uma falta de esforço no sentido de fazer maiores avanços contra questões globais.
Com ecossistemas em colapso e a crise que paira, muitas pessoas tornaram-se dormentes e derivaram para um estado de inconsciência. Como o clima da Terra está mudando dramaticamente, causando grandes tempestades, furacões, inundações, secas e muitos desastres naturais mais graves, a humanidade está sendo forçada a voltar à ação.
Minha geração está sendo empurrado para uma batalha que não é a nossa. A ganância, os estilos de vida consumistas, a mentalidade de que a Terra é uma ferramenta, um recurso, tem levado a humanidade ao maior desafio que a nossa sociedade já chegou a enfrentar: a crise climática global.
Temos sobrepesca em nossos oceanos, temos destruído os recifes de coral, dizimado nossas florestas e causado a maior extinção em massa de espécies animais e vegetais desde a idade dos dinossauros.Estamos ficando sem recursos, mas, mais ainda, estamos correndo contra o tempo para responder ao péssimo estado do nosso planeta. Perdemos mais de 50 por cento do nosso gelo do mar nos últimos 30 anos, 97 por cento da superfície de gelo da Groenlândia derreteu em junho passado, e em 2013 houve menos gelo ártico do mar na história da documentação da Terra. Nossos oceanos estão acidificando-se em taxas alarmantes, e os níveis globais do mar estão subindo.
Isto já não é apenas sobre os rios ou o meio ambiente, isto é sobre a sobrevivência da raça humana. Nós enfrentamos a ameaça mais urgente do nosso tempo e isso tem nos levado a um ponto em que as escolhas que fazemos irão determinar se a nossa espécie vai continuar. Esta crise tem captado a atenção e despertou o movimento ambientalista em todo o mundo.
Como a geração mais jovem, temos mais a perder; por isso, estamos na linha de frente dessa guerra, lutando por nossa sobrevivência e a sobrevivência das gerações futuras. Este ressurgimento representou um duro golpe, e uma revolução liderada por jovens está emergindo da sombra do primeiro movimento ambiental.
Os jovens estão entrando em ação e contestando as decisões de líderes de todo o mundo; pedindo-lhes para colocarem nosso futuro antes dos lucros das empresas e acabar com o reinado dos combustíveis fósseis que estão destruindo nossos próprios sistemas de apoio à vida.
Havia 8.000 jovens em Power Shift em Pittsburgh, Pensilvânia, lutando contra a mudança climática. Havia jovens de 110 países na Cúpula Rio+20 da ONU no Brasil, instando os líderes mundiais para chegar a uma decisão sobre a sua resposta à mudança climática. E lá estavam os jovens de 90 países na Cúpula de Copenhague. O ressurgimento está em ascensão.
A mudança real virá das pessoas, não de líderes, ou políticos, ou governadores. É hora de todos nós nos unirmos a esta onda de mudança pela sobrevivência das gerações futuras. Nós, os jovens, somos a força dominante no planeta. Nós estamos conduzindo o ressurgimento.
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Traduzida e enviada por Levi Moisés para Combate Racismo Ambiental, com a informação abaixo:
O pessoal do Earth Guardians é um grupo de crianças, jovens e adolescentes que luta contra o fracking no Colorado, EUA, e atua em diversas outras questões ambientais (pesticidas, fósseis em geral, mudanças climáticas etc). Também gravam músicas e vídeos de rap-ativismo. O porta-voz do grupo é Xiuhtezcatl, descendente indígena asteca e ativista desde os seis anos, que acendeu o fogo sagrado na Rio+20 junto com os indígenas daqui. Este artigo foi publicado na Indian Country Today, e o traduzi com autorização expressa dele. Estou dando um apoio para que a mensagem deles chegue aqui ao Brasil, pois tenho acompanhado o ativismo sério desses jovens (tão jovens!).
Uma atitudes sensata de uma jovem ativista mirim , uma ambientalista defensora da ambientação egológica lutando pela melhoria da respiração do planeta, a natureza sofre por não conseguir respirá naturalmente!… Ela é uma das representante mundial que fala mais auto ao “COMBATE DO RACISMO AMBIENTAL”. O nosso Brasil é dona da maior reserva florestal, tropical da amazona do nosso planeta que sofremos com um grande devastação em ; desmatamento guei mada e tráficos da fauna e flore da diante dos olhos do governo que passa a responsabilidade para o IBAMA e outros órgãos institucionais. Fica aqui o meu simples apoio, a este talento jovem pela a “LUTA A GUERRA AO COMBATE RACISMO AMBIENTAL” faz um apelo a raça humana para refletir ao “CONSCIENCIALISMO SENSATO” para o bem de todos.