Governo do Maranhão entrega títulos de terra a quilombolas

Comissão Pró-Índio de São Paulo* – Treze comunidades quilombolas da Baixada Ocidental maranhense foram beneficiadas, nesta sexta-feira (29), pelo Governo do Estado, com a emissão de Títulos de Domínio de propriedade das terras onde vivem. A solenidade de entrega dos documentos, ocorrida no Grêmio Recreativo do município de Viana, teve presença dos secretários de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva; e de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho; e do prefeito de Viana, Francisco Gomes.

Ao todo, serão beneficiadas 673 famílias remanescentes de áreas quilombolas, em 4.944 hectares de terras, nos municípios de Viana, Olinda Nova do Maranhão, Pedro do Rosário, São Vicente Ferrer e Matinha. Entre as comunidades quilombolas beneficiadas estão São Benedito dos Carneiros, Rio das Lages, Cacoal, Santa Maria, Palmeiralzinho, Palestina, Santa Izabel, Curral de Varas, Cutia I, Cutia II, São José de Bruno, Faixa e os Paulos.

O secretário Luis Fernando Silva ressaltou a estreita relação institucional que o Governo do Estado sempre teve com o município de Viana, levando ações e programas em favor da região. Com relação à entrega dos títulos de terra aos quilombolas, o secretário foi enfático ao destacar o ato como o princípio de uma nova vida para as famílias beneficiadas. (mais…)

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Nota pública da OPAN sobre nova proposta de demarcação de terras indígenas

A diretoria da Operação Amazônia Nativa (OPAN) vem a público manifestar seu repúdio à proposta do Ministério da Justiça de criar nova portaria para a regularização das terras indígenas no Brasil.

Sabe-se que os conflitos no campo envolvendo povos indígenas resultam dos deveres não cumpridos de acordo com as prerrogativas legais atuais. Sendo assim, o justo para reduzir tais conflitos seria assumir os compromissos constitucionais de 1988 com a mesma presteza dedicada à agenda desenvolvimentista.

Criar câmaras de conciliação e pulverizar as instâncias envolvidas no processo de regularização fundiária soa mais a uma tentativa nada sutil de não cumprir obrigações históricas com os povos indígenas.

Conselho Diretor da OPAN

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Aty Guasu: “O leilão não é somente contra as vidas dos indígenas, mas é contra todas as classes trabalhadoras e movimentos sociais”

Constituição Demarcação JáA comissão das lideranças da Aty Guasu avalia e conclui que as organizações dos fazendeiros e políticos anti-indígenas recomeçam a ameaçar e atacar todos os segmentos sociais brasileiros excluídos e trabalhadores dominados e subalternos. É importante destacar que os fazendeiros estão financiando extermínio dos indígenas, ao mesmo tempo ataca os movimentos da sociedade trabalhadora, ou seja, os “brancos” pobres injustiçados, quilombola/escravos-negros sobreviventes, desempregados, indígenas etc.

O leilão não é somente contra as vidas dos indígenas, mas é contra todas as classes trabalhadoras e movimentos sociais. Nós líderes indígenas entendemos que a sociedade de classe trabalhadora vinculada aos movimentos sociais é a maioria, não poderíamos ser dominado pelos fazendeiros.

Nós indígenas apoiamos a reforma agrária, apoiamos a distribuição de terras para todos brasileiros, apoiamos a regularização das terras quilombolas.

Nós líderes defendemos que todos os brasileiros (as) precisam ter um pedaço de terra para viver dignamente como ser humano, só assim surgirá paz no campo, os “brancos” e os quilombola e movimentos dos negros não devem viver para sempre dominados explorados pelos fazendeiros e do agronegócio.

Veja só a posição do Francisco Maia, da Acrissul e Famasul, sobre os movimentos sociais brasileiros. Maia reafirma publicamente na imprensa: “Ontem foram os sem terra, hoje sãos índios, amanhã podem ser os quilombolas, o pessoal do meio ambiente, as ONGs, carga tributária, trabalho escravo, ou seja, uma série de situações que se apresentam contra nós. O campo deveria receber prêmio pelo bem que faz ao país”, acredita Maia. (mais…)

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De Frente Pro Crime, de Aldir Blanc e João Bosco (1975)

Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…

O bar mais perto depressa lotou/ Malandro junto com trabalhador/ Um homem subiu na mesa do bar/ E fez discurso pra vereador…

Veio o camelô vender!/ Anel, cordão, perfume barato/ Baiana pra fazer pastel/ E um bom churrasco de gato/ Quatro horas da manhã baixou o santo/ Na porta bandeira/ E a moçada resolveu parar, e então…

Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…

Sem pressa foi cada um pro seu lado/ Pensando numa mulher ou no time/ Olhei o corpo no chão e fechei/ Minha janela de frente pro crime…

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A cerveja, o tira-gosto e um corpo

corpo no chão CE

“Notem que o defunto sob o lençol é apenas um componente a mais da paisagem. Ninguém parece incomodado com o intruso. Não acreditei que as pessoas fossem tão frias a ponto de continuar em suas mesas, tomando cerveja, comendo e mirando a vítima”

Por Fábio Campo, em O Povo

Há poucos dias, um jovem foi assassinado a tiros na praça da Gentilândia. A repercussão na cidade não foi grande. Apenas mais um homicídio. O caso virou notícia de rodapé de jornal. Do tipo que tem todo santo dia. Também deve ter saído nos programas policiais que servem defuntos na hora do almoço.

O noticiário informa que foi mais um homicídio de um tipo que se tornou muito comum. Possivelmente, segundo a PM, o caso se relaciona com o tráfico de drogas. A área foi isolada pela PM. Coberto por um lençol, o corpo passou horas estendido no chão. (mais…)

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