De Frente Pro Crime, de Aldir Blanc e João Bosco (1975)

Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…

O bar mais perto depressa lotou/ Malandro junto com trabalhador/ Um homem subiu na mesa do bar/ E fez discurso pra vereador…

Veio o camelô vender!/ Anel, cordão, perfume barato/ Baiana pra fazer pastel/ E um bom churrasco de gato/ Quatro horas da manhã baixou o santo/ Na porta bandeira/ E a moçada resolveu parar, e então…

Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…

Sem pressa foi cada um pro seu lado/ Pensando numa mulher ou no time/ Olhei o corpo no chão e fechei/ Minha janela de frente pro crime…

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