Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…
O bar mais perto depressa lotou/ Malandro junto com trabalhador/ Um homem subiu na mesa do bar/ E fez discurso pra vereador…
Veio o camelô vender!/ Anel, cordão, perfume barato/ Baiana pra fazer pastel/ E um bom churrasco de gato/ Quatro horas da manhã baixou o santo/ Na porta bandeira/ E a moçada resolveu parar, e então…
Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto uma foto de um gol/ Em vez de reza uma praga de alguém/ E um silêncio servindo de amém…
Sem pressa foi cada um pro seu lado/ Pensando numa mulher ou no time/ Olhei o corpo no chão e fechei/ Minha janela de frente pro crime…