Aldeia Maracanã: Violência e prisões marcaram ação da PM durante despejo

Reintegração, que ocorreu nesta segunda-feira (16), terminou com dezenas de feridos e 25 ativistas detidos. Crianças e uma gestante também foram agredidas pela PM

Da Redação Brasil de Fato

A Tropa de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro usou de violência para despejar cerca de 40 indígenas e manifestantes que ocuparam o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, na zona norte do Rio.

A reintegração, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (16), terminou com dezenas de feridos e 25 ativistas detidos. Crianças e uma gestante também foram agredidas pela polícia. Um indígena da tribo Guajajara resistiu à ordem de desocupação da PM e subiu em uma árvore próxima ao museu. (mais…)

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Pesquisa: 78% dos brasileiros rejeita verba de empresas em campanhas

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Brasília – Recente pesquisa encomendada pela OAB Nacional ao Ibope revela que 78% da população é contrária as doações de empresas para campanhas, e 80% afirma que deveria haver um limite máximo pra uso de dinheiro público.

“O resultado deixa claro que este balcão de negociações em que se transformou o financiamento de campanhas não será mais tolerado pelo eleitor”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

Outro ponto com ampla aprovação é em relação à punição mais severa para a prática de caixa dois, que recebe o apoio de 90% dos entrevistados.

Para conferir a íntegra da pesquisa, clique aqui.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Rodrigo de Medeiros Silva.

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ES – Xamãs fazem cura e reavaliam a vida do povo Guarani

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Ontem (15), nove xamãs das principais aldeias Guarani do país iniciaram um encontro que termina na quinta (19), na Aldeia Guarani Três Palmeiras, em Aracruz

Rogério Medeiros, Século Diário

No último domingo, na Aldeia Guarani Três Palmeiras, em Santa Cruz, no município de Aracruz, xamãs das principais aldeias guarani do país, iniciaram um encontro que vai até quinta-feira (19). São nove xamãs, sendo cinco homens e quatro mulheres, com os propósitos de reavaliar a vida do povo Guarani e levar a cura para os que estão doentes nas  suas quatro aldeias localizadas no município de Aracruz. (mais…)

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Nota sobre a Prefeitura de São Paulo

mstSP-DIVULGAÇÃODa coordenação estadual do MTST

No último dia 11/12 mobilizamos quase 10 mil trabalhadores sem-teto na cidade de São Paulo. Eram moradores das ocupações Nova Palestina, Dona Deda, Capadócia, Estaiadinha, Vila Andrade, dentre outras.

Fomos até a Prefeitura para cobrar do Prefeito Fernando Haddad respostas às demandas dos Movimentos. Apresentamos à Sehab há cerca de dois meses 10 indicações de terrenos para construção de moradias, incluindo 3 ocupados. Não houve nenhum retorno no período.

Nosso objetivo era ainda cobrar do Prefeito uma política de atendimento para famílias em situação de despejo. Foram dezenas de despejos nos últimos meses na cidade, a maioria deles sem qualquer atendimento da Prefeitura. Quando muito, ressuscitaram o cheque-despejo de Serra/Kassab. (mais…)

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O progresso e suas mazelas. Quando a especulação sufoca a cidadania

Água Espraiada (PAULO LIEBERT/AE/2004)
Água Espraiada (PAULO LIEBERT/AE/2004)

Trinta mil famílias do terceiro maior conjunto de favelas de São Paulo já foram removidas para os cafundós, enquanto a especulação desfruta de até 1.000% de valorização

Por Rodrigo Gomes, da RBA

O entorno do córrego Água Espraiada, que nasce no bairro do Jabaquara e deságua no Rio Pinheiros, na região sul da capital paulista, vem passando por intensas transformações. Cinquenta anos atrás, era um fundo de vale que limitava áreas de chácaras e pequenas casas com o riacho, de águas ainda limpas. Há 45 anos, se iniciou um processo de ocupação que culminou no terceiro maior complexo de favelas da cidade. Há 20 anos, pelo menos 68 núcleos de favelas, abrigando cerca de 80 mil pessoas, estavam instalados ao longo do riacho.

Em 1996, a região ganhou uma movimentada avenida, que levava o nome do córrego. Suas obras começaram na gestão Jânio Quadros (1985-1988), pararam na administração de Luiza Erundina (1989-1992) e foram retomadas e concluídas na gestão de Paulo Maluf (1993-1996), depois de alcançar o título de avenida mais cara do mundo e acrescentar alguns processos por superfaturamento no currículo do ex-prefeito. Em dezembro de 2003, foi rebatizada Avenida Jornalista Roberto Marinho pela prefeita Marta Suplicy. (mais…)

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Livro sobre os dez anos da Conatrae é lançado em Brasília

Clique na imagem para fazer download da versão digital da publicação (arquivo em PDF)
Clique na imagem para fazer download da versão digital da publicação (arquivo em PDF)

Por Repórter Brasil

Em meio às comemorações do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completou 65 anos na semana passada, foi lançado em Brasília o livro “10 anos de Conatrae”, com a história dos dez anos da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, órgão colegiado vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Com apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, a publicação contou com pesquisa e texto de Carolina Falcão Motoki e pesquisa de imagem André Boselli.

Fazem parte da equipe editorial do projeto José Armando Fraga Diniz Guerra, coordenador da Conatrae, Leonardo Sakamoto, coordenador da Repórter Brasil, e Xavier Plassat, coordenador da Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra. (mais…)

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Decisão final sobre Belo Monte pode perder eficácia, diz MPF

Indígenas afetados pela usina de Belo Monte querem rapidez do STF. Foto: Verena Glass
Indígenas afetados pela usina de Belo Monte querem rapidez do STF. Foto: Verena Glass

Elaíze Farias, em Amazônia Real

A demora no julgamento do mérito da maioria das ações civis públicas ingressadas contra a usina de Belo Monte, no Pará, preocupa movimentos sociais e indígenas. No último dia 10, organizações sociais divulgaram um documento cobrando a celeridade dos julgamentos em primeira instância e no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso de Belo Monte.

Desde 2001, o Ministério Público Federal do Pará entrou com 22 ações. Uma das mais importantes, ingressada em 2006, que cobra do Estado a consulta das populações indígenas em casos de empreendimentos que impactem suas terras, até hoje não foi julgada pelo STF.

O procurador da República Ubiratan Cazetta, que atua no caso Belo Monte, disse que a demora dos julgamentos pode tornar uma decisão favorável de “utilidade próxima a zero”. (mais…)

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Hidrelétricas: energia pra quê e pra quem?

Resposta ao texto As usinas-plataforma do Rio Tapajós, publicado na coluna do Luis Nassif, na Carta Capital.

Atingidos da comunidade do Pimental, que pode ser alagada pelas usinas do Tapajós - Foto: Fernanda Lingabue
Atingidos da comunidade do Pimental, que pode ser alagada pelas usinas do Tapajós – Foto: Fernanda Lingabue

Por Cleidiane Santos*, da Carta Capital

No Brasil, a intensificação da construção de grandes hidrelétricas coincide com o início da ditadura militar. Basicamente, a geração de energia era uma das premissas para alavancar o desenvolvimentismo.

A abundância de grandes rios, com enormes potenciais hidrelétricos, e a existência de vastas “regiões não habitadas” foram alguns dos argumentos utilizados para legitimar os projetos hidrelétricos. Neste período, foram construídas diversas usinas como Itaipu, Tucuruí, Balbina e Samuel, as três últimas no bioma Amazônico.

Além das hidrelétricas, diversas estradas foram construídas, terras doadas a grandes empresários nacionais e internacionais e enormes contingentes de imigrantes foram atraídos para a viabilização desse chamado “desenvolvimento” regional do norte do país. (mais…)

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A Batalha e Os Estupros de Belo Monte

Os pedrais da Volta Grande do Xingu. Imagem: Lalo de Almeida - Folhapress
Os pedrais da Volta Grande do Xingu. Imagem: Lalo de Almeida – Folhapress (internet)

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A Folha de hoje traz uma matéria especial em cinco capítulos temáticos sob o título “A batalha de Belo Monte”. Segundo está dito na abertura, a equipe “passou três semanas na cidade para produzir a reportagem mais completa – com 24 vídeos, 55 fotos, 18 infográficos e um game – sobre o maior projeto de infraestrutura do Brasil”. O capítulo inicial, uma visão geral da questão, segue o ‘padrão Belo Monte’: tudo é grandioso nele, inclusive as fotos mostrando as turbinas e estruturas gigantescas, gráficos comparativos que mostram como a obra terá 16 vezes a quantidade de aço existente na Torre Eifel e utilizará 39 vezes a de concreto usada no Maracanã (resta saber se na construção ou contando também as inúmeras reformas) etc. A fonte das informações, claro, é o CCBM – Consórcio Construtor de Belo Monte.

Segundo essa apresentação, ao contrário do que é dito em blogs, redes sociais e outros meios de comunicação alternativos, a felicidade dos 25 mil trabalhadores não poderia ser maior, considerando as condições que lhes são oferecidas:  (mais…)

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Comitê de Decisão do Incra/MG aprova relatório do quilombo Marobá dos Teixeiras

Incra – O Comitê de Decisão Regional da Superintendência do Incra em Minas Gerais, aprovou, na manhã da última sexta-feira (13), o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da comunidade quilombola Marobá dos Teixeiras, localizada entre os municípios mineiros de Pai Pedro, Jaíba e Gameleira. O próximo passo é a publicação do RTID no Diário Oficial da União.

O RTID é uma das etapas mais importantes para a regularização do território quilombola. Marobá dos Teixeiras é constituído por duas áreas que somam três mil hectares. Sete imóveis estão sob análise para serem desapropriados para a titulação coletiva das 79 famílias que vivem no local.

Na mesma reunião, foram apresentadas as características da comunidade Gurutuba, localizada entre os municípios de Pai Pedro, Jaíba, Gameleiras e Porterinha, no Norte de Minas. Os dados da comunidade e seu perímetro foram levantados por técnicos do Incra para solucionar sobreposição da área de dois assentamentos.

As famílias do assentamento Califórnia são quilombolas e devem ser incorporadas à comunidade. Já a área de reserva legal do assentamento Jacaré Grande necessita de adaptação à situação, pois está integralmente no perímetro urbano de Gurutuba. Com o entendimento do contexto, o RTID da comunidade poderá ser colocado em votação.

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