Imagens da rebelião popular em defesa da educação no Rio de Janeiro

Jornal A Nova Democracia – Na noite de ontem, cem mil pessoas tomaram as ruas do Centro do Rio de Janeiro para protestar contra a onda de violência desencadeada pela polícia do Rio contra os profissionais da educação em greve. Ao se defrontarem com as tropas de repressão do Estado fascista, as massas responderam à altura e mostraram quem dá as ordens.

Os manifestantes chegaram a tentar retomar o prédio da Câmara de Vereadores, de onde os trabalhadores foram covardemente expulsos pela PM. Pedras, paus, bombas, morteiros, coquetéis molotov e rojões foram atirados contra os agentes de repressão, que dessa vez, recuaram a não mostraram metade da coragem que tiveram ao atacar as massas na semana anterior. Em breve divulgaremos uma reportagem especial sobre o protesto do dia 1o de outubro.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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História do Massacre de Ipatinga é recontada 50 anos depois

Carteira no bolso amorteceu bala e salvou o ex-operário Hélio Ferreira
Carteira no bolso amorteceu bala e salvou o ex-operário Hélio Ferreira

Audiência pública convocada pela Comissão Nacional da Verdade ouve relatos do Massacre de Ipatinga 50 anos depois

Estado de Minas – A memória do Massacre de Ipatinga começou a ser recontada nessa segunda-feira, quando o episódio que resultou em mortes e desaparecimento de operários da Usiminas completou 50 anos. Em audiência pública organizada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), em parceria com a comissão estadual, foram ouvidos relatos daqueles que estiveram presentes na usina em outubro de 1963 e de familiares de trabalhadores que até hoje não foram encontrados. Também foram ouvidos representantes da Usiminas e da Polícia Militar (PM). Os principais temas investigados no encontro foram o total de mortos – segundo a versão oficial foram oito vítimas, mas presentes afirmam que o número é pelo menos três vezes maior – e a relação entre a empresa, na época estatal, e os militares. Mesmo distante de completar o quebra-cabeça sobre o que se passou em Ipatinga, integrantes das comissões ressaltaram a importância de ouvir versões que ficaram esquecidas por cinco décadas.

O episódio foi considerado um exemplo de violações graves aos diretos humanos, que se tornariam cada vez mais comuns a partir do ano seguinte, com o golpe militar de 1964. Como muitos pontos envolvendo o massacre continuam obscuros, ex-operários e familiares destacaram a importância de que as novas investigações das duas comissões tenham resultados mais concretos e possam levantar informações sobre o paradeiro dos desaparecidos. “Foi feito um pacto muito forte nessa cidade em que as autoridades oficiais não falam sobre o caso. Encomendaram 32 caixões, mas temos apenas oito vítimas oficiais. Aqui tem pessoas parentes de vítimas, pessoas que perderam pais aos 9, 10 anos e até hoje não encontraram informação sobre eles”, afirmou Edson Oliveira, da Associação dos Trabalhadores Anistiados de Minas. (mais…)

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O Ato Institucional nº 5, da ex- Associação Indígena Pusuru

Nota: Para quem ainda não leu sobre essa parte (podre) da nossa História ou esqueceu, o AI 5 foi baixado pela ditadura no dia 13 de dezembro de 1968, uma sexta-feira, instituindo a fase mais violenta da repressão e da negação aos direitos. Embora uma ação adotada pelos militares, teve apoio irrefutável de parte dos políticos e da sociedade de direita. O próprio vocabulário adotado no documento abaixo, ‘baixado’ em nome da antiga Associação Pusuru, lembra em muitos trechos o adotado pela ditadura. Nossa total solidariedade ao Povo Munduruku e a seus aliados, dentre os quais nos incluímos. (Tania Pacheco)

AI 5 Pusuru 1

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