Belo Horizonte, MG, 18 de setembro de 2013
Os participantes do workshop “Territórios Tradicionais e Unidades de Conservação: diálogos e perspectivas em debate”, realizado no VI Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social, reunidos com o objetivo de trazer à tona novas perspectivas sobre as situações de sobreposição de diferentes categorias de áreas protegidas, de modo a possibilitar o avanço nas articulações e consensos em torno desse debate – que tem acompanhado a política de áreas protegidas no Brasil, desde muito tempo – vêm a público:
1) apontar tanto o fundamentalismo, quanto o profundo preconceito institucional, quando não o racismo, que tem caracterizado a postura de certas instâncias dos órgãos públicos com responsabilidade sobre a gestão dos territórios da diversidade no país, o que estimula conflitos e impede o avanço de iniciativas e entendimentos pautados no diálogo democrático, no esforço por compatibilizar pontos de vista e no juízo de ponderação com base no princípio da proporcionalidade;
2) denunciar medidas e tomadas de decisão autoritárias e arbitrárias de gestores em posições de poder, que têm repercutido na ampliação da desigualdade e da exclusão social, ao desconstituir direitos territoriais, tolher o reconhecimento e o gozo de direitos, e impedir a reprodução de modos de vida tradicionais, compatíveis com a conservação do patrimônio socioambiental e que constituem, neles mesmos, parte desse nosso patrimônio, como expressões dos variados grupos participantes do processo civilizatório nacionale que ferem o direito fundamental da dignidade humana; (mais…)
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