MG – Povo Xakriabá retoma território ocupado por fazenda e teme conflito

Povo Xakriabá

Neste domingo (01), cerca de 300 indígenas Xakriabá retomaram mais uma parte do seu território. A área retomada é ocupada pela Fazenda São Judas, composta por 6.000 (seis mil hectares), localizada na comunidade denominada Vargem Grande, região do Vale do Peruaçu no Município de Itacarambí.

A Fundação Nacional do Índio – FUNAI iniciou os estudos de identificação dessas áreas como parte integrante do Território Xakriabá no ano de 2007. Desde então, o acirramento dos conflitos vem aumentando constantemente na região. Fazendeiros têm feito constantes ameaças às lideranças indígenas. (mais…)

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Tijolaço: Sobre os “pequenos maquiadores do monstro”

A Globo, afinal, cospe no golpe em que comeu e engordou
A Globo, afinal, cospe no golpe em que comeu e engordou

Por Fernando Brito, no Tijolaço (via Viomundo)

O Globo divulgou neste sábado à tarde um comunicado, em que reconhece que seu apoio ao Golpe de 64 foi um erro.

“Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura. Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.”

Não foi um erro, não.

Foi um crime, e deste crime as Organizações Globo beneficiaram-se lautamente, ao ponto de fazer com que a fortuna dos três herdeiros do capo Roberto Marinho constitua-se na maior do Brasil e uma das maiores do mundo.

Nenhum militar dos que tenham feito e servido à ditadura tem sequer um milésimo do que o regime deu aos Marinho. (mais…)

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Até onde vai a ganância? “‘Super vacas’ ganham o dobro de massa muscular após modificação genética”

super vaca

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A foto, o título entre aspas acima, o texto abaixo e o vídeo final (que mantenho, embora em inglês, porque as imagens falam por si) foram copiados de uma página onde na verdade fui ler matéria que dispensei em seguida e da qual cito apenas o título nauseante (“FPA exige que Dilma mude discurso e adote prática por fim de demarcações indígenas”).

Afinal, até onde este nosso mundo está disposto a ir? A aberração da foto, que a matéria abaixo conta como foi obtida através da ‘ciência’, só pode ser considerada uma vitória por seres que cada vez mais se distanciaram do que deveriam ter em si de humanidade. Esse pobre animal não deixa de ser uma vaca, ainda que totalmente deformada e provavelmente aleijada. Já as mentes que as produziram só podem ser doentes, por mais brilhantes que se considerem ou sejam consideradas por aqueles que compram esse tipo de conhecimento a meu ver degenerado. (mais…)

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Turma de professores indígenas é formada no Pará

Curso para indígenas teve duração de quatro anos. (Foto: Rodolfo Oliveira/Agência Pará)
Curso para indígenas teve duração de quatro anos. Foto: Rodolfo Oliveira/Agência Pará

23 índios da etnia Tembé participaram da solenidade de formatura. Eles se formaram em Magistério Indígena.

Por G1 PA

Índios da etnia Tembé, do estado do Pará, e da etnia Kapoor, do Maranhão, participaram na noite ontem, sábado (31), no município de Tomé-Açu, no nordeste paraense, da solenidade de colação de grau do curso de formação em Magistério Indígena, ofertado pela Escola Itinerante de Formação de Professores Índios do Pará, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). De beca, cocares, colares e rostos pintados, 23 índios receberam seus diplomas.

O curso teve duração de quatro anos. As aulas foram realizadas em oito módulos para cerca de 300 alunos, divididos em seis municípios polos: Oriximiná, Capitão Poço, Paragominas, Santarém, Marabá, São Félix do Xingu e Altamira. No polo de Capitão Poço, as aulas foram realizadas em duas etapas anuais, com 30 dias de aula em cada etapa. (mais…)

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Imagem e movimento reafirmam identidade de povos tradicionais

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Mar da Prainha do Canto Verde: território dos pescadores artesanais

Câmeras de vídeo ou fotográficas são expressões de existência nas mãos de grupos étnicos no Ceará

Por Melquíades Júnior, em Diário do Nordeste

Fortaleza – Vai ter sempre uma vida na beira do mar, um grito, vaia e sorriso no meio da aldeia. As cores da luta e a alegria de viver são registrados em vídeos e fotografias pelos povos tradicionais do Ceará. Potencializam o próprio olhar na criação audiovisual. Mais do que um registro para a memória, instrumento de resistência – “sim, existimos, estamos aqui. Vê?”.

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Naturatins cancela licença de carvoarias no entorno da área Apinajé

Fornos desativados na carvoaria Vitória, município de Tocantinópolis (TO). (foto: Antônio Veríssimo agosto. 2013)
Fornos desativados na carvoaria Vitória, município de Tocantinópolis (TO). Foto: Antônio Veríssimo – agosto. 2013

Associação União das Aldeias Apinajé – PEMPXÀ

Por determinação da Procuradoria da Republica no Município de Araguaína (TO), PR/MPF-TO, o Instituto Natureza do Tocantins – Naturatins cancelou  Autorizações de Exploração Florestal emitida em favor de proprietários de imóveis rurais situados no entorno da área Apinajé no município de Tocantinópolis (TO) no norte do Estado do Tocantins. O Naturatins cancelou também  as  Licenças de Operação emitidas em favor das Empresa  T.S. de Lima EPP  e  Carvoaria Vitória Ltda-ME, que exerciam atividades de carvoarias nos citados imóveis rurais, conhecidos como “Fazenda Dona Maria” e  “Gleba Matão” neste município. (mais…)

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Prefeitos disputam médicos para trabalhar no interior do Brasil

Posto Buriti Grande
No distrito de Buriti Grande, placa do posto de saúde é o retrato do abandono

Para atrair profissionais, prefeituras abrem uma espécie de pregão: quem paga mais leva vantagem. Além disso, é preciso fazer vista grossa para o descumprimento da carga horária

Por Alessandra Mello, Alice Maciel e Marcelo da Fonseca, em EM

É dura a tarefa de conseguir um médico para trabalhar no interior do Brasil. Em busca dos profissionais, as prefeituras chegam a fazer uma espécie de leilão, e o município que pode pagar mais sempre leva vantagem. Relatos dessa disputa são comuns nas fiscalizações da Controladoria Geral da União (CGU), de acordo com levantamento feito pelo Estado de Minas nos relatórios publicados nos últimos cinco anos. Para contratar um médico vale tudo. Até mesmo pagar R$ 30 mil por dois dias de trabalho por semana e fazer vista grossa para o não cumprimento da jornada de 40h estabelecida pelo Ministério da Saúde para o Programa Saúde da Família (PSF), fato registrado em 63% dos municípios fiscalizados(mais…)

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Relatórios da CGU mostram a realidade desanimadora da saúde no país

"Trouxe até meu almoço para esperar o médico", mostra Sebastiana Viana de Souza, de 67 anos
“Trouxe até meu almoço para esperar o médico”, mostra Sebastiana Viana de Souza, de 67 anos

Levantamento feito pelo EM a partir de relatórios da CGU mostra problemas comuns a cidades de norte a sul do país: de médicos que não cumprem jornada à falta de água potável e de luz

Por Alice Maciel, Alessandra Mello e Marcelo da Fonseca, em EM

Médicos que recebem salário e não vão trabalhar, falta de água potável e de energia elétrica, falta de banheiro em consultório, remédios com validade vencida, ausência de concorrência para compra de medicamentos, fraudes em licitações, problemas de gestão e uma quase total carência de infraestrutura. De norte a sul, esse é o retrato da saúde pública nos municípios brasileiros. Levantamento feito pelo Estado de Minas com base nas fiscalizações da Controladoria Geral da União (CGU) em cidades de até 500 mil habitantes nos últimos cinco anos mostra uma realidade desanimadora, capaz de agravar ainda mais o estado de doentes que procuram atendimento em postos e unidades hospitalares.

Em 348 das 554 cidades fiscalizadas, médicos não cumprem a carga horária de 40 horas semanais e há casos em que eles aparecem apenas uma vez a cada sete dias, mas recebem, no mínimo, R$ 10 mil. “Os médicos são profissionais com estilo próprio, que não aceitam, em hipótese alguma, laborar em jornada intensiva de cinco dias por semana”, argumenta a Prefeitura de Manaíra, na Paraíba, para explicar à CGU a falta de médicos às segundas e sextas-feiras. Para suprir a carência desses profissionais nos rincões do país, uma das apostas do governo federal para os próximos anos é o Mais Médicos. Lançado em julho, o programa levantou a questão da dificuldade de os municípios do interior atraírem médicos. (mais…)

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Reforma política recebe pressão da CNBB e outras 12 entidades

Dom Joaquim Mol, reitor da PUC Minas e bispo que preside a comissão da CNBB que acompanha a reforma política
Dom Joaquim Mol, reitor da PUC Minas e bispo que preside a comissão da CNBB que acompanha a reforma política

CNBB se une a 12 entidades de classe e apresentará ao Congresso proposta baseada em cinco pontos, com destaque para o limite no financiamento de campanha

Por Bertha Maakaroun

A limitação do poder econômico no financiamento de partidos e candidatos, por meio da proibição de doações de campanha realizadas por empresas, é o principal ponto da proposta de reforma política que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) levará ao Congresso Nacional com outras 12 entidades que participaram da elaboração do documento, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). “A eleição é para a pessoa votar em pessoa. Empresa não é uma pessoa, portanto, não poderá doar dinheiro”, afirma o bispo dom Joaquim Mol, presidente da comissão da CNBB que acompanha a reforma política e reitor da PUC Minas.

Sob a articulação da CNBB, essas entidades, que separadamente trabalhavam o tema da reforma política, sentaram-se à mesa ao longo de agosto e acordaram em cinco eixos (veja quadro) para mudanças. O financiamento público é o ponto de partida, com a possibilidade também de que apenas pessoas físicas possam fazer doações de até R$ 700 aos partidos políticos. Em seu conjunto, as doações de pessoas físicas não poderão, pela proposta, ultrapassar 40% do financiamento público.  (mais…)

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O veto no Maranhão ao projeto de lei de combate ao trabalho escravo

Floresta de carv‹oQuase 50 anos de domínio político da família Sarney no Maranhão. Entenda porque Roseana vetou o projeto de combate ao trabalho escravo a ser discutido pela Assembleia Legislativa

Por Luciana Gaffrée, de Montevidéu, para REL-UITA

O Brasil produz o melhor ferro gusa do mundo, usado principalmente na produção de peças automotivas. De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 2008, a mineração constituiu quase 2% do PIB do Brasil, uma soma de US$ 23,95 bilhões. O crescimento no setor é enorme, e estima-se que, em 2014, a mineração atingirá os US$ 46 bilhões.

Instituto Observatório Social informa que as carvoarias da Amazônia são controladas por 13 siderúrgicas com sede no Maranhão e no Pará, entretanto a sua produção só é possível graças ao desmatamento e ao trabalho escravo, sendo o Maranhão um dos principais estados fornecedores de mão-de-obra escrava e, portanto barata, para garantir a competitividade do produto. (mais…)

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