Suspensão do júri da Chacina de Unaí vai custar R$ 70 mil

Três pessoas foram condenadas em agosto a 226 anos de prisão pelas execuções de três fiscais e um motorista
Três pessoas foram condenadas em agosto a 226 anos de prisão pelas execuções de três fiscais e um motorista

Parte desse dinheiro foi gasto com alimentação, hospedagem e passagens de 16 testemunhas. Não foi marcada nova data

Alice Maciel – O Estado de Minas

O prejuízo aos cofres públicos pela suspensão do julgamento da Chacina de Unaí na véspera da sessão marcada para ontem pode chegar a R$ 70 mil. A procuradora da República Mirian Moreira Lima informou que a estimativa é de que R$ 60 mil tenham sido gastos pela Justiça Federal, enquanto a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal aponta despesas de R$ 10 mil. Já foram pagas passagens aéreas, alimentação e hospedagem de 16 testemunhas que se deslocaram para Belo Horizonte, vindas do Paraná, Brasília, Goiás e interior de Minas.

Previsto para ontem, o julgamento do fazendeiro Norberto Mânica, conhecido como Rei do Feijão e acusado ser o mandante do crime, foi suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello, na noite de segunda-feira. Em 28 de janeiro de 2004, foram assassinatos três auditores fiscais – Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e João Batista Soares Lage – e o motorista do Ministério do Trabalho Ailton Pereira de Oliveira, numa rodovia próxima a Unaí. Além de Mânica, os réus Hugo Alves Pimenta e José Aberto de Castro, apontados como intermediários do crime, também seriam julgados ontem. Outro réu, Francisco Élder Pinheiro, morreu em janeiro. (mais…)

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Sem-terra formados em Cuba aplicam a prevenção e promoção da saúde no campo

Os médicos Luciana Brandão, Marcos Tiaraju e João Antônio contam suas experiências no atendimento humanizado aos pacientes
Os médicos Luciana Brandão, Marcos Tiaraju e João Antônio contam suas experiências no atendimento humanizado aos pacientes

José Coutinho Júnior, da Página do MST

A estrutura de saúde pública brasileira tem diversos problemas: falta de investimentos, falta de médicos, infraestrutura precária. Outro problema é o tipo de tratamento realizado por muitos profissionais, que desumanizam o paciente e não levam em conta sua realidade de vida. (mais…)

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Mesa de Regularização dos Territórios Quilombolas é instalada pelo Incra no Maranhão

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A Superintendência Regional do Incra no Maranhão realizou na manhã desta terça-feira (17) a reunião de instalação da Mesa Estadual de Acompanhamento Permanente de Regularização Quilombola no estado. O encontro aconteceu na sede do Incra/MA.

A reunião é fruto de uma determinação da Mesa Nacional de Acompanhamento de Regularização Quilombola, no dia 20 de agosto, em Brasília. Este espaço tem como objetivo manter um diálogo e monitoramento das ações que a Autarquia desenvolve no âmbito da regularização dos territórios quilombolas em todo o Brasil.

De acordo com a coordenadora nacional de regularização fundiária do Incra, Givânia Maria da Silva, essa é a quarta mesa instalada nas regionais em menos de duas semanas. “Além da Mesa Nacional que já está funcionando, priorizamos o Maranhão, Pará, Minas Gerais e Bahia para que as mesas fossem instaladas em curto período de tempo devido a grande demanda desses estados”, explicou. (mais…)

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PE – MPF consegue condenação de donos da Max Petróleo por sonegação de mais de R$ 83,8 milhões

MPF_-_logo_novaO Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco conseguiu a condenação de um sócio-administrador da empresa Max Petróleo do Brasil, situada no Recife, por sonegação fiscal. A responsável pelo caso é a procuradora da República Mirella de Carvalho Aguiar.

O empresário André Felipe Martins Pereira foi condenado a 11 anos e três meses de prisão e ao pagamento de multa por omitir informações sobre rendimentos, prestar declarações falsas e deixar de apresentar a documentação fiscal exigida pela Receita Federal, reduzindo o pagamento de distintos tributos federais.

O montante sonegado, em valores atualizados, passa de R$ 83,8 milhões. Nos anos de 1999, 2000 e 2001, mediante a prestação de informações falsas na Declaração de Informações de Pessoa Jurídica, a Max Petróleo do Brasil deixou de pagar parte de quatro tributos federais: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). (mais…)

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À Porta da Rua: os despejos em Espanha (5 minutos – legendas em português)

Chama-se desahucio. É o nome usado em espanhol dado a um dos fenómenos sociais que mais tem afetado o país vizinho: os despejos. Estima-se que, por dia, cerca de 520 pessoas fiquem sem casa por não conseguirem pagar as prestações da hipoteca ao banco. Só no ano passado, o número de casos aumentou mais de 134%. Situações que empurram milhares de pessoas para a rua, muitas desenvolvem depressões, outras optam mesmo pelo suicídio. «À Porta da Rua» é uma reportagem de Joana de Sousa Dias, com sonoplastia de Joaquim Dias e edição video de Bruno Rascão. Reportagem para a TSF.

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Vitória! Tribunal Federal atende MPF e para Teles Pires por não prever impactos aos indígenas. Empresa ‘copiou’ estudos de outras usinas

União em Belo Monte. Foto - Lunae Parracho (REUTERS)
União em Belo Monte. Foto – Lunae Parracho (REUTERS)

Ibama concedeu licenças para a obra sem os estudos indígenas obrigatórios. Obra já destruiu patrimônio cultural e religioso dos índios Munduruku e Kayabi da região

MPF – PA

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) ordenou a paralisação das obras da usina hidrelétrica de Teles Pires, no rio de mesmo nome, na divisa entre o Mato Grosso e o Pará. A paralisação atende a pedido do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Mato Grosso, feito em 2012 mas não atendido pela Justiça Federal na 1ª instância. De acordo com o andamento do processo a Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) já foi intimada da decisão, no último dia 13.

Com a decisão do desembargador federal Antonio Souza Prudente, o Consórcio Teles Pires terá que parar as obras sob pena de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento. A obra só poderá recomeçar depois de realizado o estudo sobre o impacto aos indígenas. O licenciamento ambiental terá que ser reiniciado a partir da etapa das audiências públicas.  (mais…)

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