Médicos cubanos: avança a integração da América Latina!

colunista_beto_almeida_0A campanha conservadora contra a integração latino-americana sofrerá um revés tremendo quando o programa Mais Médicos começar a apresentar seus efeitos concretos

Beto Almeida* – Brasil de Fato

O que brilha com luz própria , ninguém pode apagar

Seu brilho pode alcançar a escuridão de outras costas

Que pagará este pesar do tempo que se perdeu….

Das vidas que nos custou e das que nos podem custar..

O pagará a unidade dos povos em questão….

E a quem negar esta razão, a história condenará…”

Canción por La Unidad Latinoamericana

Pablo Milanez

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Plano Diretor de São Paulo: adensamento para quê? para quem?

Mapas-PDE

Raquel Rolnik* – Uma das propostas mais importantes apresentadas na minuta do novo plano diretor de São Paulo – e que já provoca polêmicas – é a ideia de aumentar o potencial construtivo em torno de uma faixa de 200m ao longo dos corredores de transporte coletivo de massa, limitando ali as vagas de garagem e o tamanho máximo dos apartamentos, a fim de atrair uma população moradora mais numerosa e promovendo uma diversidade de usos dos imóveis. Essa é também uma das propostas centrais para a chamada macroárea de estruturação metropolitana, que inclui os antigos eixos ferroviários da cidade, as várzeas dos rios Tietê e Pinheiros, além do Tamanduateí, e as avenidas Cupecê e Jacu-Pêssego, que também deverão atrair moradores e gerar novos empregos. (Vejam os mapas acima). A estratégia de diminuir a necessidade de deslocamento na cidade é, a meu ver, muito acertada e positiva. Se isso der certo, irá diminuir a pressão da expansão horizontal da cidade sobre áreas frágeis, como é o caso das áreas de proteção de mananciais, ou da Serra da Cantareira, na Zona Norte, que vêm crescendo sem nenhuma qualidade e urbanidade. (mais…)

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“Quando a xenofobia veste branco”

negro cubano vaiado“Se ser ‘Ceará Moleque’ é vaiar médicos estrangeiros, afasto-me por inteiro de sua valia como modo de expressão, porque isto me cheira a fascismo

Por Rosemberg Cariry, em Outras Palavras

(Este texto é dedicado ao Dr. Luiz Teixeira Neto e
à memória do Dr. Caetano Ximenes de Aragão,
dois médicos-poetas e humanistas,
que muito me ensinaram da vida e da solidariedade).

Um choque profundo, uma sensação de mal-estar, uma vontade de vomitar… Algo me atingiu em cheio, acho que não no corpo, mas no espírito. Não posso precisar o que senti naquele momento, em que vi, pela TV, o constrangimento que alguns médicos cearenses infligiram aos aqui aportados médicos estrangeiros, em franca ação de hostilidade. Esses senhores, vestidos de branco, em nome dos seus interesses corporativos e econômicos  fizeram um espécie de “corredor polonês”, por onde os médicos estrangeiros, que vieram para trabalhar pela saúde da população, nos mais distantes e miseráveis rincões do país, foram obrigados a passar, entre vaias e xingamentos. Talvez o melhor termo para traduzir o que senti seja a palavra VERGONHA. Acreditem, fui acometido de uma profunda vergonha, ao ver um ato de tamanha hostilização e incivilidade acontecer na minha terra, sob a tutela do Sindicato dos Médicos do Ceará. Pensei comigo: chegamos ao fundo do poço! (mais…)

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“Blog da Cidadania entrevista o líder do grupo que vaiou médicos cubanos”, ex-vereador José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará

pontesBlog da Cidadania – O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (SimeC) é o médico e ex-vereador José Maria Pontes. Ele liderou o protesto contra médicos cubanos ocorrido na terça-feira (27) em Fortaleza. Cobrado pela violência do ato, vem dizendo que “Ninguém vaiou médico cubano, mas quem estava com eles”. E que a vaia só ocorreu porque “Não dava para não misturar se estava todo mundo junto”.

O sindicalista ainda garantiu à imprensa que “A vaia, na verdade, foi para aquelas pessoas que tiveram a ideia absurda de trazer esses médicos para cá, inclusive com trabalho escravo sem nenhum compromisso a não ser com o compromisso ideológico do Partido dos Trabalhadores”.

A declaração de Pontes se deu no âmbito de críticas aos médicos, militantes políticos e sindicalistas cearenses que vaiaram os médicos cubanos, críticas que foram feitas por entidades médicas e sindicais do próprio Ceará, pela imprensa e pelas redes sociais.

Diante de fato como esse, o Blog decidiu entrevistar o presidente do SimeC. Este blogueiro encontrou Pontes em seu celular, em Brasília, preparando-se para voltar ao Ceará. Confira, abaixo, a conversa (gravada) com a pessoa que liderou a manifestação que xingou médicos cubanos negros de “escravos” e “incompetentes”. (mais…)

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“O ódio ao médico cubano é parte do ódio aos pobres”

solidariedade no nariz“Antes da era da globalização neoliberal, a consciência política dos médicos brasileiros costumava ser muito diferente do que ocorre na atualidade. As organizações de esquerda e a base das ideologias a elas associadas (a valorização do sentimento de solidariedade aos mais humildes) predominavam em quase todos os centros de formação médica do país. Hoje, lamentavelmente, parece que o único valor que se impõe com força nesse meio é o valor do dinheiro. Isto quer dizer que o trabalho ideológico junto a nossos compatriotas médicos (mas não só junto a eles) se faz então mais do que necessário, é impreterível”.

Por Jair de Souza, para Desacato.info

O ódio que vem sendo externado aos profissionais da saúde cubanos que estão chegando a nosso país não é nada mais do que outra manifestação do quase eterno ódio que certos setores sociais têm contra os mais humildes, contra os pobres.

A categoria médica brasileira está composta significativamente por elementos que se enquadram num perfil de classe média fascistoide. São, via de regra, gente que aprendeu a odiar os pobres como forma de reafirmar-se, perante si mesmos e ante o restante da sociedade, como parte das camadas “superiores”. O fato de ser de classe média não implica necessariamente uma absorção automática de sentimentos preconceituosos contra os pobres, mas é inegável que a falta de identidade própria inerente a esses grupos sociais gera um caldo de cultura mais fecundo para seu desenvolvimento. Não é, portanto, nenhuma surpresa notar que, nas manifestações mais furibundas de ódio contra os médicos cubanos, as carinhas mais destacadas sejam as de jovens arrumadinhos/as, bem vestidinhos/as, ou seja, bem tipinho classe média. (mais…)

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Pareço suspeito?

Foto - Liana CollPelo viés de Maiara Marinho*

Sabemos que desde os tempos mais remotos existem forças para combater àqueles muitos cidadãos oprimidos. Pode-se dizer que essa ação é feita para ameaçar e manter a população pobre, apática para que o combate às injustiças que sofrem não seja feito. Essa opressão é necessária, pois a lógica do sistema capitalista prevê o trabalhador como máquina para sustentar uma minoria rica. Para manter essa lógica em funcionamento, a polícia surge para calar, esconder e criminalizar os pobres.

O momento mais violento que os brasileiros viveram nas últimas décadas foi a Ditadura Militar. Em 1970, houve a fusão da Polícia Civil e da Força Pública para a criação da Polícia Militar de São Paulo, a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). E, como o próprio nome sugere, se mostrou notável e indiferente. Causou medo e receio na população marginalizada. E quando uso a palavra marginalizada é no sentido literário dela. Falo sobre a precariedade habitacional, sobre viver nos cantos das cidades, escondidos, esquecidos. (mais…)

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“O que a gente quer é um cantinho para morar”

Terrenos demarcados no campo. Foto - Marina Martinuzzi
Terrenos demarcados no campo. Foto – Marina Martinuzzi

Pelo viés de Marina Martinuzzi

Entre pequenas casas e estreitas ruas da Vila Lorenzi, localizada às margens da BR-397, na Zona Sul da cidade, um terreno largo, de chão gramado e com ainda poucas casas levantadas é avistado no meio das estruturas mais consolidadas da região. Trata-se do Campo do São Lourenço, uma antiga área abandonada há 14 anos, que desde janeiro de 2013 segue ocupada por famílias desamparadas e sem recursos financeiros para custearem uma moradia de aluguel.

No dia 8 de janeiro chegavam as primeiras famílias. Aos poucos, e num trabalho contínuo até hoje, novas moradias foram erguidas em meio ao campo vazio. José Oséas Silva Lopes, juntamente com sua esposa e quatro filhos, resume o sentimento da população que ali encontra a esperança de ter um lugar digno para viver: “A gente quer um cantinho pra morar, só isso. É por isso que a gente tá batalhando, porque a gente é cidadão e ama essa cidade.”. A batalha referida pelo primeiro morador da Ocupação diz respeito ao impasse judicial que ocorre desde fevereiro sobre àquela área. (mais…)

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Indígenas, quilombolas e assentados erguem acampamento em Porto Alegre na luta por direitos

Foto: Tiago Miotto
Foto: Tiago Miotto

Revista o Viés – Desde a tarde desta quinta-feira, cerca de 300 representantes de diversas aldeias indígenas guarani e kaingang do Rio Grande do Sul, representantes do movimento quilombola e do assentamento Madre Terra ergueram suas barracas de lona na Praça da Matriz, em Porto Alegre. As barracas foram erguidas depois de uma nota assinada por indígenas e quilombolas ser entregue a representantes do governo estadual, no Palácio Piratini.

Após diversas reuniões realizadas com o governo do RS e com o descumprimento dos prazos acordados com o movimento para dar continuidade à demarcação de territórios indígenas no estado, os povos tradicionais e originários exigem um posicionamento claro e efetivo por parte do governador Tarso Genro com respeito a seus direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988, a continuidade das demarcações e o levantamento de fundos para a indenização dos agricultores que terão que ser removidos dos territórios já reconhecidos como de tradicionalidade indígena.

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