Réu da Chacina de Unaí confessa ter atirado nas vítimas e aponta mandante

Norberto Mânica foi acusado de ter pago R$ 500 mil a dois pistoleiros
Norberto Mânica foi acusado de ter pago R$ 50 mil a dois pistoleiros

Alex Rodrigues, Repórter Agência Brasil

Brasília – Erinaldo de Vasconcelos Silva, um dos oito acusados de participar do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, confessou ter atirado nas vítimas da chamada Chacina de Unaí, ocorrida em 28 de janeiro de 2004. Ele é um dos três réus do caso que estão sendo julgados em tribunal do júri iniciado terça-feira (27) em Belo Horizonte.

Além de admitir ter participado do crime, Silva confirmou perante os jurados que Rogério Allan Rocha Rios e William Gomes de Miranda, que também estão sendo julgados agora, participaram dos assassinatos. O réu também disse que o crime foi encomendado pelo fazendeiro Norberto Mânica mediante pagamento de R$ 50 mil ao trio. Segundo o réu, o fazendeiro ainda lhe ofereceu dinheiro para sustentar a versão de que foi crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Na quarta-feira (29), outro réu do processo, o empresário Hugo Alves Pimenta, ao depor como testemunha, também disse que Norberto Mânica encomendou a contratação de matadores de aluguel para assassinar os fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira. (mais…)

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“Índio sem Terra, Terra com Sangue”, de Pedro Alves, sobre a luta pelos Territórios Indígenas em MS (para ler online)

Foto capturada do livro "Índio sem Terra, Terra com Sangue", online
Foto capturada do livro “Índio sem Terra, Terra com Sangue”, online

Por Pedro Alves

Estou compartilhando com vocês o pequeno livro-reportagem que escrevi sobre a situação dos indígenas Guarani Kaiowás no Mato Grosso do Sul, intitulado ÍNDIO SEM TERRA, TERRA COM SANGUE. A grande-reportagem está centrada nas mortes matadas, ou seja, nos assassinatos de indígenas e lideranças feitos por jagunços contratados, na sua maioria, a mando de fazendeiros. Nomes de empresas privadas que atuam como milicia no MS, nomes dos mandantes dos assassinatos e relatos dos crimes são denunciados nas páginas deste livro.

O texto que abre o livro é assinado pelo professor indígena Natanael Ñandeva Vilharva Caceres. O prefácio é assinado pelo jornalista e companheiro Fábio Nassif. O projeto gráfico é de autoria do desing João Henrique. Ainda não conseguimos publicar oficialmente, mas estamos tentando articular a publicação. O livro pode ser lido pelo link abaixo. Ainda não está disponível para baixar por conta de algumas questões, mas a leitura e a divulgação é de extrema necessidade. Boa leitura ! (mais…)

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RS – Governo enviará esta tarde ofício com medidas para tentar solucionar impasse indígena

Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras. Crédito: Jackson Zanini / Especial / CP
Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras. Crédito: Jackson Zanini / Especial / CP

Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras

Correio do Povo – O governo gaúcho vai encaminhar, na tarde desta sexta, um ofício aos representantes indígenas, que estão acampados em frente ao Palácio Piratini desde essa quinta-feira, anunciando as próximas medidas adotadas pelo Executivo para tentar solucionar o impasse que envolve a demarcação de terras para as tribos do Estado. A informação foi confirmada pelo secretário da Justiça, Fabiano Pereira.

De acordo com os caciques, há três meses ocorreu uma reunião com o governador Tarso Genro, porém as negociações não avançaram. Algumas áreas já foram demarcadas, mas outras permanecem ocupadas por agricultores. (mais…)

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Carta aberta à presidente Dilma contra as termoelétricas a carvão

IHU Online – Nove renomadas organizações da sociedade civil se uniram para escrever e protocolar carta aberta à presidente Dilma Rousseff em que argumentam que ainda dá tempo de rever a decisão quanto ao leilão A-5 . “Caso esse retrocesso não seja revisto, a sociedade arcará com pesados custos sociais e ambientais causados pelas emissões de CO2 e metais pesados provenientes das térmicas a carvão”, alerta o documento.

A contratação das termoelétricas – tanto a carvão quanto a gás natural – no novo Plano Energético Brasileiro pode render ao setor emissões de gases do efeito estufa equivalentes às emissões totais de um país como a Argentina, em 25 anos, como explica Tasso Azevedo no post Leilão de energia pode provocar aumento de emissões de CO2 no Brasil.

A informação é de Débora Spitzcovsky, publicada por Planeta Sustentável, 28-08-2013.

Eis a carta.

A Sua Excelência a Senhora
Dilma Rousseff
Presidenta do Brasil, (mais…)

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A saúde não chega ao Semiárido

No Semiárido baiano, a falta de médicos impõe um verdadeiro suplício à população em busca de assistência

Quando, no meio da noite, um homem bateu à porta do posto de saúde de Sítio do Quinto, município baiano a cerca de 400 quilômetros de Salvador, a técnica de enfermagem Maria Elba Felício Sales tremeu. O homem vinha com uma faca atravessada no pescoço. Em pânico, ela pressionou com força o ferimento, mas o sangue continuava a vazar. Além dela, só o vigia ainda estava no posto. “Gritei para ele me acudir, mas o homem estava desmaiado. Valei-me, Deus, pedi ajuda na rua. Um técnico de enfermagem me acudiu. Mas num teve jeito não”, relembra, enquanto atende uma idosa petrificada com a história. Nem mesmo as duas moscas pousadas na testa incomodam a paciente.

Gabriel Bonis – Carta Capital

Três anos após o episódio funesto, a saúde pública piorou na pequena cidade de 12.592 habitantes e chão de paralelepípedos cobertos por lama seca. Naquela noite, não havia um plantonista no posto. Atualmente, exceto às quintas e sextas, quando um doutor aparece em Sítio do Quinto, é impossível encontrar um médico. A população conta apenas com enfermeiros. (mais…)

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Ouvidoria da SEPPIR pede apuração e providência à Polícia Federal para caso de racismo com médicos de Cuba

SEPPIR – A Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR) solicitou formalmente à Diretoria Geral da Polícia Federal, em Brasília, que fizesse o devido levantamento acerca dos fatos envolvendo a pessoa de Micheline Borges, identificada na rede social Facebook como sendo jornalista, natural do Rio Grande do Norte, que publicou declaração dizendo que “as médicas cubanas têm cara de empregada doméstica”.

Por ter causado constrangimento e ofendido cidadãs e cidadãos de todo o país, além de ter sido alvo de muitas críticas e de denúncias feitas à própria Ouvidoria, anexadas ao ofício, o ouvidor da SEPPIR, Carlos Alberto Junior, solicitou ainda que a PF tome as providências necessárias e que as comunique à Ouvidoria. A solicitação de apuração do fato também foi encaminhada para o Ministério Público Federal.

A agressão na rede social foi um dos diversos episódios de preconceito contra os 400 profissionais cubanos recém-chegados ao Brasil para participar do programa Mais Médicos. Na opinião do ouvidor da SEPPIR, “trata-se de caso de racismo explícito contra a população negra cubana e, neste caso específico da ‘jornalista’, contra toda a população negra brasileira”.  (mais…)

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Vigília lembra os 20 anos da Chacina de Vigário Geral

Paulo Virgilio* – Agência Brasil

Brasília – Os 20 anos da Chacina de Vigário Geral foram lembrados ontem (29) com uma vigília na própria comunidade. Na praia do Leme, zona sul do Rio, em mais uma iniciativa do movimento Rio de Paz, um “cemitério simbólico” foi montado na areia, com 21 cruzes simbolizando cada uma das vítimas da chacina, além de um caixão.

Mensagens afixadas nas cruzes mencionam a profissão de cada uma das vítimas e chamam a atenção para a continuidade da violência policial no Rio, com a frase “A cidade continua partida. Cadê o Amarildo?”. A pergunta é uma referência ao caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho, na comunidade da Rocinha, após ter sido levado por policiais à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.

A chacina foi na madrugada de 29 de agosto de 1993, quando cerca de 50 homens encapuzados, armados com metralhadoras, escopetas, pistolas e granadas invadiram a favela de Vigário Geral, na zona norte do Rio, arrombaram casas e atiraram de forma indiscriminada nos moradores. Vinte e uma pessoas foram executadas – todas com endereço fixo, profissão definida e sem antecedentes criminais. (mais…)

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Exposição mostra lacunas nas famílias vítimas da ditadura militar

ABr290813PZB_6337Marcelo Brandão* – Agência Brasil

Brasília – A exposição Ausências, aberta ontem (29), no Museu da República, em Brasília, faz um convite à reflexão sobre a repressão dos regimes ditatoriais. Criada pelo fotógrafo argentino Gustavo Germano, Ausências mostra a violência dos tempos da ditadura militar no Brasil. Fotos antigas de famílias de vítimas são remontadas trazendo-as para os dias de hoje. São as mesmas pessoas e paisagens, mostrando quanto os entes queridos fazem falta.

Germano conhece a dor de perto, o irmão desapareceu na ditadura militar argentina. Essa foi a motivação que o levou, anos depois, a fotografar os parentes dos desaparecidos. Uma amostra apenas com famílias argentinas foi o ponto de partida para retratar o drama de milhares de brasileiros. “Esta exposição tem uma gênese que atravessa toda a minha vida. Sou um instrumento para mostrar o que as famílias da América Latina querem falar, que é a presença da ausência”.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, participou do evento e criticou a falta de respostas do país sobre o passado do seu povo. “Esta exposição revela o limite que a democracia ainda tem no Brasil, o quanto temos que avançar, dar respostas diante do que a ditadura fez. Essas famílias merecem a verdade, saber o que ocorreu com as pessoas que eram jovens, idealistas e que acreditavam no Brasil”.

A exposição fica no Museu Nacional da República até o dia 30 de setembro.

*Edição: Aécio Amado

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I Encontro Brasil Indígena, em Araraquara/SP, entre 24 e 26 de setembro

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Organização do I Encontro Brasil Indígena

Estão abertas as inscrições para o I Encontro Brasil Indígena, que discutirá a temática indígena nas escolas e acontecerá em Araraquara/SP nos dias 24, 25 e 26 de setembro.

O envio de resumos de trabalho deve ser feito até 05 de setembro e a inscrição de ouvintes e nos minicursos e oficinas deve ser feita até 24 de setembro pelo e-mail encontrobrasilindigena@gmail.com com a ficha de inscrição preenchida.

Para mais informações sobre a inscrição e a programação do encontro clique aqui e acesse o blog da Fundação Araporã/Grupo de Estudos Arqueológicos.

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