O eterno domingo do índio e do fazendeiro

Eloisa Deveze – Um quê de Transgressão

É mais fácil achar agulha em palheiro que a turma dos fazendeiros deixar de tirar leite de pedra para impedir que povos indígenas tomem posse de terras que são suas legalmente.  Especializada em entulhar o poder judiciário com todo tipo de ação e recurso para mantê-los do lado de fora das cercas, ela ainda encontra um tempinho para convencer, ou, pelo menos, tentar, a opinião pública de que os índios são um bando de usurpadores que quer pendurar suas redes em propriedades alheias. Mas, ao contrário do que se possa pensar, eles lutam, basicamente, para se apossar da parte que lhes cabe por direito deste enorme latifúndio.

O  clima começa a esquentar quando o Ministério da Justiça, com base em documentos entregues pela Funai e  proprietário da área, declara que uma terra é indígena e pertence ao povo de uma dada etnia para  indignação do fazendeiro, que, por sua vez, entra com uma ação de reintegração de posse. Era de supor que uma determinação do Ministério, tomada no rastro de um longo processo de estudos, investigações e análises, deveria ser acatada e ponto. Ocorre o contrário. O fazendeiro indignado, como qualquer cidadão, pode contestar decisões legais porque, como esclarece o professor de Direito Washington Barbosa, a justiça trabalha com o direito e não só com a lei – uma entre outras fontes de direito. Ao ser acionada, entre em campo o juiz, que, após analisar os direitos do fazendeiro e dos índios, que, a propósito, tem direitos garantidos pela Constituição, defere a favor de um ou outros. E pronto: está deflagrado o conflito de terra, que dura anos nos tribunais e fora deles também. Tudo porque, ao meu ver, interesses econômicos e políticos se sobrepõem aos direitos indígenas. (mais…)

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Día Internacional de los Pueblos Indígenas en Colombia

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Leticia Hoy – Hoy los pueblos indígenas siguen con problemas, sufriendo por falta de agua, vivienda, violación de sus derechos.

Este día fue establecido por la Asamblea general de las Naciones Unidadas, el 23 de diciembre de 1994, y se celebra todos los 9 de Agosto de cada año, este año se  tiene como tema principal «Pueblos indígenas construyendo alianzas: En honor a los tratados, acuerdos, y otros arreglos constructivos». (mais…)

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MPF/MA: Justiça determina fiscalização no uso de agrotóxico nas fazendas de soja transgênica do Maranhão, especialmente na região do Baixo Parnaíba

Procuradoria da República no Maranhão – O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) obteve liminar, junto à Justiça Federal, para garantir fiscalização do uso do herbicida Glifosato, utilizado no plantio de soja transgênica, na região do baixo Parnaíba. A União, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão (Aged-Ma)  e o estado do Maranhão tem 180 dias para cumprir as determinações da Justiça, sob pena de multa.

Após constatar a falta de fiscalização adequada dos órgãos estaduais e federais, bem como o emprego excessivo do Glifosato no plantio de soja do Maranhão, o MPF/MA moveu ação civil pública contra a União, a Aged-Ma e o estado, em maio deste ano.

As investigações do MPF, feitas com auxílio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Grupo de Estudos Rurais e Urbanos (Gerur) do programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), identificaram diversas consequências do uso incorreto do agrotóxico, como: contaminação dos recursos hídricos e das áreas usadas na produção de alimentos, destruição de nascentes, assoreamento de cursos d’água, contaminação de riachos por conta do despejo de produtos com aviões, entre outras. (mais…)

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Madeireiros vão pagar indenização de R$ 21 milhões por desmatamento ilegal em terra indígena

Luciano Nascimento* – Agência Brasil

Brasília – Dois madeireiros acusados por desmatamento ilegal em Mato Grosso foram condenados a pagar R$ 21 milhões de indenização por danos materiais. A perícia identificou o desmatamento ilegal de uma área de 5.659 hectares de vegetação dentro da Terra Indígena Sararé. Não cabe mais recurso.

Na sentença, de junho de 2011, Antônio Pereira da Silva, conhecido como Maranhão, e Edevilson Vicentim foram condenados a pagar, cada um, indenização de R$ 21.046.068,00 por danos materiais e de R$ 30 mil por danos morais coletivos. A defesa dos acusados recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) tentando alterar a sentença. Porém, a Quinta Turma do TRF1 não deu provimento ao recurso, mantendo a sentença condenatória. Os R$ 60 mil que Maranhão e Vicentim terão de pagar por danos morais coletivos reverterão para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Em 2002, operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal conseguiu surpreender os dois madeireiros dentro da Terra Indígena Sararé, entre os municípios de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, no oeste de Mato Grosso. Quando a equipe de fiscalização chegou ao local, os madeireiros fugiram, deixando para trás um trator e um caminhão carregado com uma máquina esteira, uma motocicleta e um caderno com anotações sobre a quantidade de madeira transportada. A perícia constatou que eles desmataram mais de 21 mil metros cúbicos (m³) de madeira. O Ministério Público Federal ajuizou uma ação para cobrar o dano referente ao valor da madeira. (mais…)

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