TO – Auto Sustentação e Segurança Alimentar

Homens Apinajé em atividades de broca de roças familiares na aldeia Brejinho. (foto: Antônio Veríssimo. jul.2013)
Homens Apinajé em atividades de broca de roças familiares na aldeia Brejinho. (foto: Antônio Veríssimo. jul.2013)

PEMPXÀ – Aqui nas aldeias indígenas no norte do Estado do Tocantins, nesse período de junho a setembro, estão acontecendo atividades de broca, derrubada, queima, coivaras e a preparação final da terra para o plantio das roças tradicionais do povo Apinajé, que ocorrem sempre  no inicio da estação chuvosa; nos meses de outubro, novembro e dezembro.

Este ano estão sendo investidos recursos provenientes do PBA-Programa Básico Ambiental da UHE Estreito e todas as vinte e sete (27) aldeias Apinajé serão beneficiadas com pequenos projetos de roças familiares, casas de farinha, curral e realização de festas tradicionais.

No total serão usados cento e vinte cinco mil reais (125.000,00) dos rendimentos do Fundo CESTE, que serão aplicados na melhoria da qualidade e diversidade da produção das roças familiares, garantindo a segurança alimentar e nutricional das aldeias. Esses projetos atendem as solicitações das próprias comunidades, que optaram em aplicar os recursos da compensação da UHE Estreito em cinco (05) eixos temáticos: 01-Segurança Territorial; 02-Segurança Ambiental; 03- Segurança Alimentar; 04-Segurança Cultural e Apoio Institucional.

A maioria dos projetos são roças familiares de toco, onde nesse primeiro momento serão plantadas mandioca, arroz, feijão, batata, milho, banana, inhame, melancia, abóbora e fava. Depois de dois anos, no mesmo local  poderão ser plantadas, árvores frutíferas como; laranja, caju, manga, cupuaçu,  maracujá e espécies nativas como o bacuri que nascem naturalmente nas áreas de capoeiras. Como forma de não agredir o meio ambiente e prejudicar nossa saúde, nunca usamos adubos ou defensivos químicos em nossas plantações.

Até o momento todas as vinte e sete (27) aldeias encaminharam  projetos ao Conselho Gestor e a Associação Wyty Cäte, que é a Agencia Implementadora, destes, quatro (04) apresentaram falhas e foram devolvidos para as aldeias, onde deverão ser rediscutidos e (ou) alterados, sendo posteriormente reencaminhados para nova avaliação do Conselho Gestor e Agencia Implementadora. Os recursos para os outros 23 projetos já estão à disposição das aldeias.

A Associação União das Aldeias Apinajé-PEMXÀ deverá acompanhar; orientando as comunidades durante a execução e implantação dos projetos. A previsão é que até o final de fevereiro de 2014, estaremos apresentando as prestações de contas e relatórios ao Conselho Gestor e a Agencia Implementadora, sobre esses vinte e sete (27) projetos que ora estão sendo implantados nessa terra indígena.

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