Violência contra a mulher é problema de saúde pública e a agressão mais comum é do parceiro íntimo, diz OMS

Brasil é um dos países com mais incidência de assassinatos de mulheres  Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Brasil é um dos países com mais incidência de assassinatos de mulheres Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Regina Bandeira, Agência CNJ de Notícias

O mais recente estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou, nesta quinta-feira (20/6), que a agressão cometida por parceiro íntimo é o tipo mais comum de violência contra as mulheres em todo o mundo, afetando 30% do total. De acordo com o relatório, a violência física ou sexual é um problema de saúde pública, porque pode provocar lesões imediatas, infecções, depressão e até transtorno mental. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 35% de todas as mulheres devem sofrer violência ou em casa ou fora dela em algum momento de suas vidas.

No Brasil, as agressões contra a mulher têm sido punidas com o auxílio da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006. A lei, segundo a juíza titular da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA) Sônia Amaral, é conhecida por 98% da população, mas ainda precisa ser mais bem compreendida pelos agentes do Direito. “Não se trata apenas de conhecer a lei e ter vasto saber jurídico. É preciso que o juiz tenha visão ampla do problema. É frequente vítimas de violência serem questionadas sobre sua relação com o agressor de forma desrespeitosa, invertendo a lógica da violência”, ressaltou a juíza, que em 2009 recebeu o Prêmio Bertha Lutz, do Senado Federal, pela criação da Casa Abrigo do TJMA, que recebe mulheres vítimas de violência doméstica. (mais…)

Ler Mais

Encerrada reunião entre Dilma e Cardozo. Gilberto Carvalho diz que presidenta vai se pronunciar sobre manifestações

Danilo Macedo e Pedro Peduzzi, Repórteres da Agência Brasil

Brasília – A reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já foi encerrada sem que nenhum comunicado fosse feito à imprensa. Convocada ontem (20), após a presidenta ter cancelado viagens ao Japão e a Salvador, a reunião com o ministro teve como pauta as manifestações que reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas do país. A assessoria da Presidência não informou se houve participação de outros ministros.

As manifestações de ontem foram comentadas também pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em outro evento ocorrido de manhã no Palácio do Planalto. Segundo ele, o governo terá de “correr atrás” para atender “ao novo padrão de exigência” e demandas que estão surgindo nas manifestações populares.

Segundo ele, a atitude do governo federal, desde o primeiro momento, foi “ir ao encontro das manifestações, abrir o Palácio para conversas com lideranças, tendo a compreensão de que se trata de um novo tipo de movimento, um novo tipo de liderança e de uma nova forma de organização”. Carvalho informou, ainda, que a presidenta deverá se pronunciar em breve sobre as manifestações.

Edição: José Romildo

Ler Mais

“Para ler e refletir: sobre o ato de hoje na Avenida Cupecê*, São Paulo”

Periferia luta

Amigos da Cidade Ademar, é muito importante este momento em que estamos vivendo de o povo encher as ruas. A insatisfação é geral e o que não nos falta é motivos para ir a luta. Temos esse direito de ir para rua, mas temos que ir com responsabilidade, muito cientes sobre o que estamos lutando e principalmente saber exatamente de que lado estamos.

Nós, da periferia, somos o POVO e o POVO UNIDO é MUITO FORTE. Por isso precisamos tomar o cuidado de não dar força para o que sempre nos oprimiu, nos violentou e nos matam, diariamente.

O povo foi para as ruas, mas também foram as elites do Brasil, e entre elas, existem pessoas que preferiam que nós não existíssemos, pelo menos não como pessoas que tem noção de que estão sendo exploradas, e que muitos dos seus direitos garantidos pela constituição, como transporte, moradia, saúde pública, educação não estão sendo garantidos pelo estado. (mais…)

Ler Mais

Bom Dia, 1964

Imagem1
Christophe Simon/AFP

por Bruno Medina – G1

– Na Presidente Vargas, no Rio, não eram 300 mil, podem ter certeza, mas algo próximo de 1 milhão

– Suspeita-se que a confusão em frente ao prédio da prefeitura da cidade tenha começado por causa de uma briga entre dois militares infiltrados na manifestação.

– No Hospital Souza Aguiar, houve relatos de policiais ameaçando médicos e pacientes para que não fizessem boletins de ocorrência. Supostamente, entre os feridos, havia pessoas com membros amputados por causa das bombas.

– No Congresso, na surdina, uma proposta de realização de eleições indiretas em 48 horas, em caso de abandono da presidência

– Estudantes cercados pela polícia no prédio de uma instituição de ensino, o IFCS

– A Seleção da Itália pediu pra abandonar a Copa das Confederações

Bom dia pra você que acordou em 1964.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

Ler Mais

Iniciada reunião emergencial entre Dilma e ministros

Danilo Macedo e Pedro Peduzzi* – Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff está reunida, neste momento, com ministros para discutir em caráter emergencial as recentes manifestações ocorridas em diversos estados, que ontem (20) levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas. Apenas o nome do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi confirmado pela presidência.

A assessoria do Presidência, no entanto, não soube confirmar se os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, vistos ao chegarem no Palácio do Planalto, participam da reunião.

A reunião ocorre após Dilma ter cancelado viagem que faria ao Japão no início da próxima semana. Ontem (20), manifestantes entregaram ao secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Diogo de Sant’ana, um documento com reivindicações dirigidas à presidenta.

Hoje, Dilma lançaria, em Salvador (BA), o Plano Safra do Semiárido. A mudança na agenda foi feita a pedido do governador da Bahia, Jaques Wagner.

*Edição: Marcos Chagas

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

Ler Mais

Fifa nega intenção de cancelar Copa das Confederações

Vitor Abdala* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Federação Internacional de Futebol (Fifa) negou qualquer intenção de cancelar a Copa das Confederações devido às manifestações que ocorrem no Brasil. Segundo a assessoria de imprensa da Fifa, até o momento, nenhuma seleção fez um pedido oficial para deixar a competição.

A imprensa brasileira noticiou na manhã de hoje (21) que a seleção italiana ameaçava deixar a competição devido aos protestos. A Fifa reiterou que apoia manifestações pacíficas, mas condena qualquer forma de violência.

As informações foram divulgadas, no Rio de Janeiro, durante coletiva de imprensa diária da Fifa sobre a Copa das Confederações.

*Edição: Lílian Beraldo

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

Ler Mais

Ameaça de bomba leva a evacuação de prédio na Esplanada dos Ministérios

Thais Leitão* – Agência Brasil

Brasília – Uma ameaça de bomba levou a evacuação do prédio onde funcionam os ministérios do Meio Ambiente e da Cultura na manhã de hoje (21). Neste momento, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar fazem uma varredura no local.

O prédio foi isolado e servidores das duas pastas aguardam do lado de fora. O técnico do Ministério do Meio Ambiente Waldemar Mesquista, 54 anos, que trabalha no sétimo andar, disse que os funcionários foram avisados da suspeita de bomba pelos brigadistas do prédio por volta das 9h30. “Não houve tumulto nem corre-corre. Eles nos avisaram e todos descemos pelas escadas, sem confusão. Agora estamos aguardando para ver se poderemos retornar ao trabalho.”

O designer gráfico Vinicios Moraes, 23 anos, funcionário do Ministério do Meio Ambiente, também garantiu que não houve pânico. “Assim que fui avisado, desliguei meu computador com calma, peguei meu casaco e desci as escadas. De qualquer forma, é ruim uma notícia dessa em plena sexta-feira.”

Localizado na Esplanada dos Ministérios, o prédio tem nove andares. Os primeiros quatro andares são ocupados por servidores do Ministério da Cultura; os demais, por funcionários do Meio Ambiente.

*Edição: Lílian Beraldo

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

Ler Mais

Por uma agenda de mobilidade urbana em nossas cidades

Raquel Rolnik*

A redução da tarifa do transporte público em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades é, em primeiro lugar, uma vitória das mobilizações nas ruas. Porém, este é apenas um primeiro passo da grande agenda que precisamos enfrentar na discussão da mobilidade e do direito à cidade no país. Afinal de contas, não estamos falando apenas de centavos.

De acordo com a Folha Online, cerca de 90 manifestações aconteceram ontem (20/6) em todo o país, mostrando que as reivindicações não se resumem a 10, 20 ou 30 centavos, mas ao direito à cidade, à liberdade de expressão e manifestação, ao desejo da população de participar das decisões relacionadas ao lugar em que vivemos, e ao repúdio em relação às formas de representação política que temos. Não por acaso a pauta do transporte é um dos eixos centrais das manifestações e foi o estopim da revolta. Há décadas temos um transporte coletivo caro, ineficiente e de péssima qualidade em todo o país. Essa é, portanto, uma grande oportunidade de avançarmos na pauta da mobilidade urbana como elemento fundamental do direito à cidade. (mais…)

Ler Mais

Tropa de choque joga bomba e atira em direção a hospital que atende manifestantes no Rio

Carro da emissora de TV SBT foi incendiado durante protesto no centro do Rio de Janeiro

Julia Affonso
Do UOL, no Rio*

Homens da tropa de choque da Polícia Militar atiraram balas de borracha e jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo contra o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, onde são socorridos pelo menos 62 feridos em confronto com PMs durante protesto contra os altos preços das passagens de ônibus na noite desta quinta-feira (20).

Os policiais chegaram a tentar entrar na unidade de saúde, uma das principais da cidade, para deter manifestantes que se refugiaram no local, mas foram impedidos pelos próprios ativistas. “Está um desespero trabalhar aqui dentro hoje”, disse uma médica que preferiu não se identificar. (mais…)

Ler Mais