As ruas fazem soar alarme para o PT e o governo, por Breno Altman

SP2
Foto captada da internet, de autoria desconhecida

Por Breno Altman, especial para o 247

Um fantasma ronda o mundo petista. O da perplexidade. Apesar das importantes conquistas dos últimos dez anos e das pesquisas eleitorais favoráveis, a onda de protestos abala o principal partido da esquerda brasileira e aproxima-se do governo federal. Com o prefeito de São Paulo na berlinda e multidões de jovens nas ruas, tudo o que era sólido parece se desmanchar no ar. (mais…)

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São Paulo: a voz das ruas e a oportunidade de mudanças

Manifestantes lotam o largo da Batata no começo da noite de ontem em São Paulo.Daniel (Teixeira/Estadão)
Manifestantes lotam o largo da Batata no começo da noite de ontem em São Paulo.
Daniel (Teixeira/Estadão)

Por Raquel Rolnik

Ontem estive na manifestação contra o aumento das passagens em São Paulo. Há muito anos eu não via nada parecido. Aliás, é muito estranho a imprensa falar em 65 mil pessoas na manifestação. Eu diria que tinha muito mais que 100 mil… Pensando sobre o que aconteceu ontem, me lembrei de quando, lááá atrás, nós estávamos derrubando a ditadura, lutando por eleições diretas, reconstruindo as representações políticas do país. Naquela época nós íamos pra rua com nossas próprias faixas, bandeiras e cartazes, feitos em casa por nós mesmos, muito antes dessa era em que candidatos a representantes são vendidos que nem sabonete ou outro produto qualquer, com campanhas de marketing milionárias.

Aliás, essa é uma das razões por que o direito à cidade – promessa que fazíamos pra nós e pro Brasil naquela época – não avança. Porque campanhas milionárias dependem de doações de interesses corporativos que as financiam e que depois cobram a fatura, impondo suas pautas e agendas na construção das políticas públicas. Essa é, portanto, uma primeira questão entre tudo o que vi ontem: uma espécie de renascimento de práticas já esquecidas, de retomada de reivindicações importantes, de luta por direitos sociais básicos, além de muitas práticas e métodos novos. Isso estava expresso em cartazes que falavam de “saúde, educação e transporte pra todos”, por exemplo. Sinal de que a sociedade brasileira está muito feliz de ter mais dinheiro para comprar mais coisas, mas que isso não é suficiente. (mais…)

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Moção de repúdio à violência contra os povos indígenas do Fórum Nacional de Educação do Campo

Cimi – O Fórum Nacional de Educação do Campo – FONEC, reunido em Brasília nos dias 13 e 14 de junho de 2013 vem manifestar solidariedade as lutas indígenas que acontecem em todo o país como na aldeia Buriti em Sidrolândia/MS, em Altamira no estado do Pará, dentre tantas outras que ocorrem em todo o território nacional como forma de resistência à concentração de terras, à destruição do meio ambiente, à violência e morte no campo.

Repudiamos a aliança poderosa que tem se constituído entre o Governo Federal, Estaduais e Municipais, o Poder Judiciário, a mídia, as empresas transnacionais, fazendeiros e grandes produtores rurais fortalecendo os interesses do agronegócio na produção de commodities para a exportação, desrespeitando a Constituição Federal e ameaçando a vida, expulsando e expropriando de suas terras indígenas, camponeses, quilombolas, ribeirinhos e povos da floresta.

Perplexos e indignados com essa situação afirmamos o nosso compromisso de apoiar a luta de todos os povos indígenas e seus movimentos sociais, pela vida e pela terra como direito sagrado e universal de todos os seres humanos.

Brasília, 14 de junho de 2013

AECOFABA -AEFACOT – AEFAPI – ASSESSOAR – Comitês Estaduais de Educação do Campo – CONTAG – CPT – FEIPA – FETRAF – FRENTE PARLAMENTAR DE EDUCAÇÃO DO CAMPO- Fóruns Estaduais e Regionais de Educação do Campo – IFC – IFMA – IFMT – IFPA – IFRN – MAB – MLT – MMTRP – MOC – MST – RESAB – SINTEP – UEFS -UESPI- UFERSA – UFPA – UFPB – UFPE – UFPEL – UFPI – UFRB-UFRN – UFRRJ – UFSC – UFT – UNB – UNEB – UNEFAB – UNICENTRO – URRB

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João Pessoa, Recife e Montes Claros (MG) baixam tarifa de ônibus

Mariana Tokarnia, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em João Pessoa, no Recife e em Montes Claros (MG), a passagem de ônibus vai cair em R$ 0,10. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, fizeram o anúncio hoje (18), às vésperas das manifestações marcadas para a próxima quinta-feira (20) em ambas as cidades. O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, tomou a mesma decisão: reduzir a tarifa em R$ 0,10. Na cidade mineira, as manifestações ocorrem no próximo sábado (22) e no dia 25 de junho.

Os manifestantes dizem que o protesto vai além do custo das passagens: pedem melhoria do transporte público, direito de protestar e aumento de investimentos em políticas sociais.

Os governantes justificam a redução da tarifa baseados na Medida Provisória 617, de 31 de maio de 2013, do governo federal, que zera o PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita da prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros.

Em Pernambuco, Eduardo Campos reduziu o preço da passagem de ônibus no Grande Recife. A redução será de R$ 0,10 para todos os anéis – categorias sob as quais estão divididas as linhas de ônibus. Os novos preços começarão a valer no próximo dia 20. Os valores atuais variam de R$ 1,50 a R$ 3,35. (mais…)

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Protestos: Haddad perdeu uma ótima chance para baixar a tarifa

Leonardo Sakamoto

Fernando Haddad perdeu uma excelente oportunidade para revogar o aumento nas passagens dos ônibus na capital paulista na manhã desta terça (18). Praticamente todos os membros do Conselho da Cidade que se manifestaram na reunião extraordinária, convocada pelo prefeito para discutir o transporte público, defenderam a revogação imediata. E o estabelecimento de uma ampla discussão pública sobre o financiamento e a qualidade do sistema.

Haddad afirmou que o aumento nos subsídios pagos às empresas de ônibus, decorrente de um congelamento na tarifa, causaria impactos em outros setores, como educação e saúde. Prometeu seguir conversando com o Movimento Passe Livre, que defendeu suas posições contra o aumento na reunião, e afirmou que vai refletir sobre o orçamento.

Traduzindo: o prefeito quer dialogar mantendo a passagem a R$3,20 e os manifestantes que tomaram as ruas na noite desta segunda e os conselheiros querem a discussão, mas com uma tarifa a R$ 3,00.

O prefeito perde uma chance ótima de revogar o aumento, contando com a demanda popular de mais de 100 mil pessoas que foram às ruas e com o apoio do Conselho da Cidade. Ermínia Maricato, Maria Alice Setúbal, Luiz Carlos Bresser Pereira, Raquel Rolnik, Jorge Abrahão, Vagner Freitas, Marcos da Costa, conselheiros dos mais diversos setores  sociais defenderam a revogação. (mais…)

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Haddad sinaliza redução da tarifa em SP; secretário propõe imposto sobre a gasolina da bomba

Manifestante durante concentração para o 5º protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) - Léo Pinheiro/Futura Press
Manifestante durante concentração para o 5º protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) – Léo Pinheiro/Futura Press

Gil Alessi, do UOL, em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu nesta terça-feira (18) a examinar a planilha de custos de transporte do município para “refletir no que eu poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa”. Ele, no entanto, não revogou o aumento durante a reunião do Conselho da Cidade, que foi praticamente unânime ao pedir a suspensão do novo valor de R$ 3,20.

“Temos caminho [para a redução], mas isso passa pela desoneração dos tributos federais e estaduais que incidem sobre o transporte público, como por exemplo o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre o diesel, que já seria responsável por R$ 0,07 dos R$ 0,20 do aumento”, disse. (mais…)

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Sob presidência de MF, do PSC, fantasma da falecida CDHM aprova projeto da ‘cura gay’

Proposta suspende trecho de resolução que proíbe profissionais de tratarem homossexualidade como doença

Marcos-Feliciano-na-Presidência-da-Comissão-de-Direitos-Humanos-e-Minorias.jpg

Eduardo Bresciani – O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA – A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), aprovou nesta terça-feira, 18, a proposta que suspende trecho da resolução do Conselho Federal de Psicologia de 1999 que proibiu profissionais da área de colaborar com eventos e serviços que ofereçam tratamento e cura de homossexualidade, além de vedar manifestação que reforcem preconceitos sociais em relação aos homossexuais. Apelidado de “cura gay”, o projeto seguirá ainda para duas comissões antes de ir a plenário.

A bancada evangélica tenta aprovar a proposta já há dois meses. Na sessão de hoje, Feliciano cortou em alguns momentos a palavra do deputado Simplício Araújo (PPS-MA), o único titular da comissão a se posicionar de maneira contrária, para evitar que novamente a sessão se alongasse e o início da ordem do dia no plenário impedisse a aprovação.  (mais…)

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“Não podemos nos alinhar aos Datenas, Jabores e Pondés”

Arnaldo Jabor (Reprodução)
Arnaldo Jabor (Reprodução)

O grito dos jovens está longe de bradar contra os ‘mensaleiros’, a inflação e as políticas de transferência de renda. O movimento é progressista por natureza

Por Paulo Motoryn*, Carta Capital

Desde o ato da última quinta-feira contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, em que a violência e a repressão policial viraram notícia em todo o planeta, mais uma ameaça ronda o sucesso das manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre: a instrumentalização do povo.

A evidente mudança de postura da imprensa em relação aos protestos deve ser motivo de desconfiança, não de festa. Isso porque nos últimos dias imperou o comentário: “Agora até a grande mídia defende as manifestações”. Como se isso fosse algo positivo. (mais…)

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