Comunidades indígenas realizaram três “consultas de boa fé” e duas foram feitas por comunidades multiétnicas. No total, 74 consultas foram feitas desde 2005 e resultaram na rejeição da exploração de recursos naturais em seus territórios.
O relatório anual do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Oacnudh) informa destas 74 consultas e detalha que, apesar desta rejeição, foram dadas 276 licenças de exploração e 111 licenças de exploração, que se somam a 734 pedidos pendentes no Ministério de Minas e Energia, que concedeu sete licenças de exploração sem consultar os povos indígenas.
Devido aos territórios para os quais foram entregues estas últimas sete licenças serem indígenas, a Oacnudyh “chama o Estado a respeitar todos os direitos individuais e coletivos dos povos indígenas no desenvolvimento de tais políticas, incluindo o direito de conceder a consulta para outorgar licenças individuais. E acrescenta: “O Governo já iniciou um processo de desenvolvimento de uma proposta de lei e os regulamentos para a consulta, aproveitando as boas práticas regionais”. (mais…)