Índios da etnia Paeter Suruí de Cacoal, RO, produzem livros didáticos

Livro sobre corpo humano escrito em tupi mondé deve ser lançado em 2013.A etnia tem uma população de cerca de 1.350 mil índios

Com dois livros já publicados em Rondônia, índios do projeto Fortalecimento Econômico e Cultural Paeter, da etnia Paeter Suruí de Cacoal, se preparam para lançar uma terceira edição em 2013 sobre o corpo humano. As publicações didáticas sobre história e lendas paeter suruí foram lançadas em tupi mondé, língua materna paeter, e em português, em 2010 e 2011 respectivamente. A etnia em Cacoal tem uma população de cerca de 1.350 mil pessoas.

De acordo com Joaton Suruí, coordenador do projeto, cerca de 22 professores de diversas aldeias participam do programa que atende cerca de 400 alunos. Os livros foram escritos pelos próprios professores de maneira didática para facilitar o aprendizado dos alunos.

“A legislação escolar indígena exige que se trabalhe a língua materna nas escolas das aldeias, e é isso que queremos facilitar para elas”, considera Joaton, que vê no projeto a possibilidade de revitalização da cultura pura indígena”, explica Joaton.

O projeto, em vigor desde 2007, é uma parceria com o Laboratório da Língua Indígena da Universidade de Brasília (UnB). Para a pesquisadora e professora da UnB Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, a lembrança e reavivamento da cultura indígena é fundamental para a região. “Estamos buscando fazer essa documentação da língua indígena para evitar que essa riqueza cultural se perca pelos anos”, conta a pesquisadora. (mais…)

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Morre Tereza Santos (1930 – 2012), Guerreira da Cultura Negra

Por Pakuera Kultafro

Tereza Santos é uma mulher negra, nascida no Rio de Janeiro em 7 de julho de 1930, antiga militante do Partido Comunista, teatróloga, atriz, professora, filosofa carnavalesca e militante pelas causas dos povos africanos da diáspora e do continente e, principalmente, dos afro-brasileiros com autora da peça “E agora falamos nós” em conjunto o sociólogo Eduardo de Oliveira e Oliveira, autoras de diversos artigos sobre cultura e a mulher, Assessora de Cultura Afro-Brasileira da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo 1986-2002. (mais…)

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“Vídeo flagra jovem apanhando de PMs dentro de casa no RS”

 

Uma família do Rio Grande do Sul denuncia um caso de abuso de autoridade. Um rapaz de 20 anos foi tirado de dentro de casa e agredido por policiais militares com socos e pontapés. De acordo com a família da vítima, a agressão ocorreu porque o jovem havia se desentendido com o filho de um dos policiais. Reportagem exibida no SBT Brasil. Enviada para Combate ao Racismo Ambiental por Rodrigo Ferreira, a quem agradecemos, acompanhada do nosso atual bordão: A quem interessa a PEC 37?

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Hoje, às 14h30: Sequência da votação do tombamento da Escola Municipal Friedenreich e do antigo Museu do Índio, na Camâra Municipal, Cinelândia – RJ

Estão previstas as votações dos projetos de lei que tombam a Escola Municipal Friedenreich e o prédio histórico do antigo Museu do Índio, ambos no entorno do Maracanã. O governo quer demolir estes espaços sem ouvir os pais de alunos, os professores, os indígenas, antropólogos, historiadores, arquitetos… Sem ouvir a sociedade!

Informando: anteontem, terça, foi dia de vitória parcial e de decepção na Câmara. Mais de cem pessoas compareceram à votação, e muita gente ficou de fora. Ao final, o tombamento da Friedenreich foi aprovado em primeira votação, mas a votação sobre o Museu do Índio foi adiada por falta de quórum.

Infelizmente, as manifestações exaltadas de alguns de nós que estávamos na galeria serviu de pretexto para a saída de parte dos vereadores. Lembramos a todos que é importante acompanharmos o processo com a intenção de passarmos nossa mensagem em diálogo com os vereadores votantes, independente de ideologias e posições políticas. O momento é de apostar na aprovação dos projetos, que será estratégica para a luta por um Maracanã Público e Popular, sem demolições e decisões arbitrárias.

Estamos juntos, a luta continua. O Maraca é muito nosso!

Enviada por Mônica Lima.

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DF – Denúncia de novas arbitrariedades contra Terreiro de Pai Edivam configuram preconceito e violência religiosos

No dia 15 de dezembro republicamos matéria postada por Oluandeji, com o título Intolerância Religiosa quer fechar Terreiro em Brasília. Esta noite recebemos um comentário à matéria feito por Alexandre de Oxalá, criador da Rede Afrobrasileira, pelo qual agradecemos e transcrevemos abaixo, dada a importância das denúncias que ele faz. TP.

Comentário de Alexandre de Oxalá:

Vamos aos fatos atuais. Na segunda tivermos uma reunião com Pai Edivam, e na mesma foram relatados fatos estarrecedores que me deixaram completamente revoltado:

1) As crianças que residem na casa de Pai Edivam são proibidas de brincar na rua pelos vizinhos, sendo chamados de filhos do demônio;
2) As outras crianças da rua, que antes brincavam com elas, foram proibidos pelos pais de continuarem dialogando com elas; assim as crianças da casa são obrigados a ir para outras quadras para poderem brincar;
3) Os frequentadores da casa são proibidos de parar o carro na rua com ameaças de que terão os vidros quebrados ou os carros arranhados;
4) Quando os frequentadores sentam na calçada que fique na frente de outra casa, são prontamente interpelados e obrigados a sair do local; ao saírem os vizinhos jogam água com sal grosso e lavam o local por estar impregnado de magia negra;
5) Uma das filhas (que) está com o braço quebrado ao passar pela rua foi interpelada por uma morada que disse que tinha rezado para que quebrassem o braço do demônio e que agora iria rezar para que quebrassem as pernas; (mais…)

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Farejando auroras…

Elaine Tavares

E então já está por aí o natal. É o que me diz a televisão em promoções a granel.  Já, para mim, essa não é uma data de presentes e compras compulsivas. É o aniversário de um dos meus deusinhos:  Yeshua, Jesus. Digo deusinho porque não arrogo a ele poderes sobrenaturais. O vejo assim, homem, cheio de dúvidas sobre seu destino, a clamar pelo pai na cruz. O vejo menino, a questionar as leis juntos aos velhos encarquilhados em certezas ultrapassadas e aprisionantes. O vejo jovem, a arrancar os outros de seu conforto, propondo a ilegalidade e a rebeldia. Gosto demais desse Jesus arrogante, a expulsar vendilhões do templo, denunciando-os e apontando-lhes o dedo. Encanto-me com o Jesus que se coloca diante do poder e, arriscando morrer, levanta a cara e diz ao ser acusado de ser deus: “assim o dissestes”. E se entrega ao juízo do povo, mesmo sabendo que esse mesmo povo que ele tanto amou, o vai abandonar, preferindo Barrabás. É esse guri que eu espero nas noites de natal. Aguardo, cheia de esperança, que ele renasça nos jovens que vejo andar por aí a fazer a luta, a questionar as leis, a apontar os vendilhões, a demolir as certezas de um sistema que mata e exclui. (mais…)

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Cacique Raoni para o prêmio Nobel da Paz – Assine a Petição

Com a campanha para lançar a candidatura do Cacique Raoni ao Prêmio Nobel da Paz, pretendemos chamar a atenção do país e do mundo para sua luta pela salvação dos povos indígenas e ribeirinhos da Amazônia, bem como pela salvação da floresta e do Rio Xingu, patrimônios do Brasil e do planeta. (English version: http://www.avaaz.org/en/petition/Raoni_for_the_Nobel_Peace_Prize/?cpSwTab).

Para assinar a petição, clique aqui.

Enviada por Acauã Guarani Kaiowá.

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Em carta aberta, pesquisadores de conflitos ambientais alertam para desequilíbrio entre as partes

Pesquisadores de conflitos ambientais vinculados a universidades de Norte a Sul do Brasil divulgaram esta semana a Carta de Belo Horizonte, em que pregam a defesa, por instituições como o Ministério Público, dos direitos de populações vulneráveis diante dos interesses do Estado e de grandes empresas.

Assinada por cerca de 30 pesquisadores e 18 núcleos de estudos, a carta foi gerada a partir dos resultados do seminário ‘Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada de conflitos ambientais e os direitos humanos e difusos’, que aconteceu em novembro, na UFMG, sob coordenação do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta) da UFMG.

A preocupação dos signatários, de acordo com a professora Andréa Zhouri, coordenadora do Gesta, é com a tendência a que os conflitos sejam mediados como se as partes envolvidas tivessem capacidades e potências equivalentes.

“Os conflitos ambientais envolvem sujeitos que não têm a mesma localização social. Além disso, o senso comum encara o social e o ambiental como coisas diferentes, e as instituições estão estruturadas dessa forma. O Ministério Público, por exemplo, é dividido em setores social e ambiental. Para nós, que pesquisamos os conflitos ambientais, este é um grande equívoco, já que as pessoas não vivem de outra forma a não ser no meio ambiente”, explica Andréa Zhouri.

Ainda de acordo com a professora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), ricos e pobres se apropriam do recursos naturais de forma desigual. “Os menos favorecidos se veem encurralados, perdem acesso à terra, aos cursos d’água. Isso acontece também no ambiente urbano, onde as áreas de risco são destinadas aos pobres.” (mais…)

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Governo estuda criar programa de proteção a jornalistas

Ministra Maria do Rosário diz que programa de proteção a jornalistas não seria difícil nem custoso

Luis Kawaguti – Da BBC Brasil em São Paulo

A ministra Maria do Rosário afirmou à BBC Brasil que a Secretaria de Direitos Humanos estuda a criação de um programa federal específico para a proteção de jornalistas ameaçados no Brasil.

Nele, os repórteres passariam a receber proteção como já acontece com testemunhas de crimes, adolescentes em risco e defensores de direitos humanos ameaçados.

Nesta quarta-feira, a organização internacional RSF (Repórteres Sem Fronteiras) divulgou relatório que coloca o Brasil entre os cinco países “mais mortais” para jornalistas. Os outros quatro países são Síria, Somália, Paquistão e México.

Segundo a entidade, cinco profissionais foram mortos nesse ano no exercício da profissão no Brasil. No mundo todo, o número de vítimas chegou a 88 – um aumento de 33% em relação ao ano anterior.

“Nós consideramos que a agressão e a perseguição a comunicadores, a jornalistas, pessoas que têm no seu cotidiano a missão da comunicação, é uma agressão à democracia e uma agressão aos direitos humanos e ao Brasil”, afirmou a ministra. (mais…)

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