Mortalidade infantil é duas vezes maior entre indígenas

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A cada mil crianças indígenas nascidas vivas, 52,4 morrem na infância. Este índice é duas vezes maior que o do restante da população, segundo carta da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF).

O órgão setorial é responsável por temas relativos aos povos indígenas e outros grupos étnicos. O documento afirma que “se a saúde pública, de maneira geral, está em crise, o subsistema de saúde dos povos indígenas se encontra ainda em piores condições”.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) registra 4 mil 750 aldeias no país. No entanto, há apenas 717 postos de saúde para atender às comunidades. Em apenas 2,2% das terras indígenas os domicílios estão totalmente ligados a redes de esgoto ou fossas sépticas.

Na mesma direção, a Carta destaca que poucos desses territórios tradicionais são atendidos pela coleta de lixo, o que corresponde à 16,4%. Aponta que também são comuns relatos sobre a morte de pacientes nas aldeias “em razão da demora na chegada do transporte de resgate”.

A ausência de medicamentos, a descontinuidade e a baixa qualidade do atendimento à população das aldeias, segundo o documento, são realidades que elevam a rotatividade ou falta de profissionais de saúde para o setor.

O documento do Ministério Público foi divulgado no marco do Dia D da Saúde Indígena, celebrado no último dia 10. Segundo o órgão, a finalidade é cobrar soluções das autoridades e chamar atenção da população para o “drama vivido” pelos povos indígenas no país.

Enviada por Janete Melo.

Comments (1)

  1. Claro! O Fazendeiro rouba-nos a terra onde plantamos manió, inhã, batata doce, Amendoim e Milho!

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