“Quilombolas – Os direitos negados de um povo”

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Lapf – Laboratório de antropologia dos processos de formação
Compartilhado por Ney Didãn

O Diário de Pernambuco publicou em dezembro de 2008 o caderno especial “Quilombolas – os direitos negados de um povo”. A reportagem, assinada pela repórter especial Silvia Bessa, tem fotos de Hélder Tavares, projeto gráfico de Jaíne Cintra e edição de Vandeck Santiago. O trabalho mostra a precariedade da vida de cerca de dois milhões de descendentes de escravos e usa como referência a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Realizado após viagem de cinco mil quilômetros por seis estados do Nordeste, encerra o ano no qual se comemora os 120 anos da abolição da escravatura no Brasil.

O caderno, com 10 páginas, foca a exclusão social dos remanescentes de quilombos, abordando o quadro social, econômico e os conflitos políticos que envolvem a regularização das terras deles. Procura fugir do lugar comum das matérias que exibem os quilombos como lugares “exóticos ou do passado”, como define o antropólogo José Maurício Arruti.

Os textos também tratam da importância das manifestações culturais e religiosas, mas priorizam temas como a renda, a falta de saneamento básico, de saúde, de educação de qualidade e de terra para plantar. A originalidade da reportagem destaca-se em dois pontos: ela evidencia uma discussão étnica pouco abordada pela grande imprensa e vincula os quilombolas à questão dos direitos humanos.

Todo o material está disponível na página on-line do Diário de Pernambuco, inclusive com entrevistas ampliadas.

Este caderno foi inspirado em estudo realizado pela Secretaria de Direitos Humanos do estado e pelo Centro Luiz Freire, que mapeou as comunidades de Pernambuco. Desde 2007, o Diário tem investido em matérias ligadas às questões quilombolas.

Este é o quarto caderno de autoria de Silvia Bessa; dois deles premiados este ano. São dela os especiais “O Brasil que mais vai sofrer com o aquecimento”, vencedor do Prêmio Embratel, na categoria Responsabilidade Socioambiental, e “Hanseníase – A doença mais antiga da história ameaça as novas gerações do Brasil”, escrito por ela e por Marcionila Teixeira e ganhador da categoria regional Norte/Nordeste do prêmio Esso, o mais importante do jornalismo brasileiro.

http://lapf-puc-rio.blogspot.com.br/2008/12/quilombola-os-direitos-negados-de-um.html

Comments (2)

  1. A dura verdade do Brasil Quilombola…PARABENIZO A TODOS QUE DERAM VISIBILIDADE ATRAVÉS DESSE IMPORTANTÍSSIMO TRABALHO, INFELIZMENTE POUQUÍSSIMO DIVULGADO E SABE POR QUE? POR FALA E DIZ A VERDADE…

  2. Pena que o maravilhoso trabalho, não chegou a Bahia,pena que foi parte do Nordeste,pois, tínhamos muito o que mostrar de descaso na Bahia, e seus quilombos desconhecidos,se for esperar de algum trabalho institucional pra dar visibilidade as condições reais dos Quilombos da Bahia, nunca teríamos acesso acabaria de forma desastrosa e irresponsável como foi o mapeamento dos terreiros de matriz africana do recôncavo e do baixo sul na Bahia,realizado pelo CEAO,da UFBA Por meio de convênios de mais de 4 ano, entre a SEPPIR E a SEPROMI,feitos de faca e foice e perguntamos cade o resultado?cade a publicação do SITE como este? e como sociedade saber? parabéns AO Diário de Pernambuco e a Lapf – Laboratório de antropologia dos processos de formação que publicou em dezembro de 2008 o caderno especial “Quilombolas – os direitos negados de um povo”. A reportagem, assinada pela repórter especial Silvia Bessa,
    Pode ver que o ESTADO,cumpre seu papel opressor,ate hoje,criando defensores maldosos pra cumprir e esconder a nossa realidade a BAHIA TA CHEIA DELES…
    http://racismoambiental.net.br/2012/11/ba-lancamento-do-mapeamento-dos-terreiros-do-reconcavo-e-do-baixo-sul/
    DÃNQUILOMBOLAS

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