A Arquitetura da destruição no rio Tapajós

Corredeiras do rio Tapajós que serão alagadas na construção da barragem da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós no Parque Nacional da Amazônia / Foto: Fernanda Ligabue

Por Carlos Juliano Barros, de A Pública*

Quando decidiu encarar de carro os 3.338 quilômetros que separam o Rio de Janeiro do município de Itaituba, no oeste do Pará, o geólogo Juan Doblas – especialista em imagens de satélite – nem imaginava que daria uma contribuição e tanto à biologia da Amazônia. Enquanto dirigia pelo trecho da BR 163 que atravessa o Parque Nacional do Jamanxim, uma das doze unidades federais de conservação ambiental que protegem essa parte da floresta alimentada pela bacia do rio Tapajós, ele se deparou com uma macaca que, atordoada pelo barulho do automóvel, abandonou em plena estrada o filhote que carregava. (mais…)

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Brasil de Fato – um jornal valente

Elaine Tavares

Desde antes da abertura democrática, quando o país ainda vivia sob o manto da ditadura militar, era comum nos encontros de jornalistas e sindicalistas a ideia de um jornal nacional que fizesse o contraponto com os jornalões da mídia comercial. A sociedade exigia um espaço onde as notícias pudessem ser dadas, notícias reais, sobre a vida real, sobre os problemas estruturais, sobre os dilemas brasileiros, as lutas populares. Mas, aquilo era um sonho. Ainda havia muito que caminhar para chegar a isso. (mais…)

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Uma leitura com esperança do Grito da Comunidade Tradicional Pesqueira pelo direito ao território, por Patrícia Magno

Por Patrícia Magno[1]

O I Seminário Estadual da Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras, realizado durante todo o dia 19 de outubro de 2012, na UERJ foi fundamental para unir a categoria e para animar a luta por direitos das comunidades tradicionais pesqueiras. A articulação necessária para o êxito do evento, mobilizou pescadores(as) dos quatro cantos do Estado.

Toda a programação do evento foi escrita pelos(as) pescadores(as) e aquicultores(as) do Rio de Janeiro, especialmente pela APAPG, AHOMAR, AMALIS e APESCASIRILUZ, com o apoio de parceiros de diversos segmentos[2].

Na primeira parte do encontro, foram contextualizadas as maiores dificuldades que enfrentam as comunidades tradicionais pesqueiras de todo o Brasil, a fim de se demonstrar a importância da construção e fortalecimento do debate, no Rio de Janeiro, sobre a luta por direitos dos(as) pescadores(as) artesanais, com ênfase no direito ao território. As mesas: 01 – Desenvolvimento, Território e Comunidades Tradicionais e 02 – Pensando o Rio de Janeiro: modernização e territórios pesqueiros –, tiveram esse veio condutor.

Se por um lado, luta-se por um instrumento jurídico que regulamente o direito ao território pesqueiro, por intermédio da busca de assinaturas de eleitores(as) para encaminhamento às Casas Legislativas do Congresso Nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre Reconhecimento, Proteção e Garantia do direito ao território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras; por outro, as demandas são urgentes e não podem esperar! (mais…)

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Informes sobre a Conferência das Partes – COP 18

A COP 18 ocorreu em Doha, Qatar, no período de 26 de novembro a 07 de dezembro de 2012.

As atividades dos Povos Indígenas iniciaram com a reunião do Caucus Indígenas, o qual é composto por lideranças de diversas partes do globo, América Latina, Ásia e África.  O Caucus  se reuniu todas as manhãs para compartilhar informações, debater temas, discutir estratégias relacionadas aos temas da COP 18, especialmente em propor formas de influenciar no processo de negociação dos Estados Partes da COP.

Seguindo as discussões anteriores o Caucus indígena deliberou a continuação dos Grupos de Trabalho:

1. Plataforma de Durban e Protocolo de Kioto

2. Finanças – Fundo Verde

3. SBBSTA – aqui se insere as discussões sobre REDD+

4. Adaptação

5. SBI

6. Agricultura (mais…)

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Duas novidades para o transporte público em São Paulo: finalmente o bom senso

Raquel Rolnik*

Nas últimas semanas, circularam na imprensa dois anúncios (por enquanto de intenções) para  o transporte público no Estado de São Paulo: o lançamento do edital para contratação das obras da linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a aprovação de um modelo de parceira público-privada para a construção de 432 km de linhas de trens de passageiros interligando 14 cidades à capital.

A linha 13-Jade terá 11 km, com três estações: Aeroporto, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart, que será conectada à Linha 12-Safira. Orçada em R$ 1,2 bilhão, a construção da nova linha deve começar em março do próximo ano e a previsão é que seja concluída em setembro de 2014. A estação do Aeroporto de Guarulhos será ao lado do terminal 4, e não próximo aos terminais 1 e 2 como anunciado anteriormente.

De qualquer forma, a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, diz que implementará um sistema de transporte interno gratuito que fará a conexão com os demais terminais, por ônibus ou monotrilho. A proposta é bem razoável, especialmente se lembrarmos que o governo do Estado chegou a cogitar a possibilidade de não haver a estação do aeroporto, apenas a do Parque Cecap, o que obrigaria as pessoas a gastar mais tempo e dinheiro tomando outra condução para o aeroporto. Finalmente parece que o bom senso baixou nessa história. (mais…)

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Maior produção mundial de celulose está ligada a fraudes, suborno e grilagem

Ministério Público denuncia lavagem de dinheiro e crime organizado. Direitos humanos são sistematicamente violados

O Brasil detém a marca de maior produtor mundial de celulose branqueada. As unidades industriais estão distribuídas entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia. Nessa região, segundo dados levantados pela pesquisa O FALSO VERDE, as empresas de celulose estão ligadas a diversos crimes, dentre eles lavagem de dinheiro, fraude, corrupção, sonegação de impostos e crimes ambientais e trabalhistas. (mais…)

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