Por João Marques
O IV Seminário dos Fundos de Pasto da Região de Juazeiro teve a participação efetiva dos agricultores e das agricultoras presentes dos municípios de Casa Nova, Campo Alegre de Lourdes, Remanso, Pilão Arcado e Uauá, que estiveram animados com a proposição de ações para defender o seu lugar, o seu chão das ameaças externas. A relação entre Terra e Território foi o tema central do Encontro. O evento foi realizado entre os dias 20 e 22 de abril, no Centro de Formação de Lideranças da Diocese de Juazeiro, em Carnaíba do Sertão, distrito juazeirense.
Na ocasião, foi discutida também a Proposta de Emenda Constitucional de Iniciativa Popular que altera o artigo 178 da Constituição baiana para, com isso, o Estado reconhecer o direito que as comunidades têm de viver livremente em suas terras. Nesse ponto, também houve muita participação e intervenções positivas. O grupo presente encaminhou várias propostas para que a PEC dos Fundo de Pasto seja apresentada e aprovada. Para tanto, os(as) envolvidos(as), bastante empolgados(as), consideraram que a mobilização e trabalho de base serão fundamentais.
“Nós estamos na luta e vamos até o fim para que seja aprovada a nossa PEC”, avaliou Geraldo Duarte da Silva, morador da comunidade São Gonçalo, em Campo Alegre de Lourdes. (mais…)
O Grupo de Estudos em Antropologia e Arqueologia (Geaarq) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) convida a todos os interessados para a I Semana de Antropologia e Arqueologia da UFMG, de 23 a 27 de abril, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte.
Exatamente no dia 23 de abril de 1972 nascia a entidade que viria a ser uma das mais dedicadas à causa indígena deste país. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), braço indígena dentro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completou ontem, 23, 40 anos de existência.
“Os índios Waimiri-atroari são desaparecidos políticos, como os demais que desapareceram no rio Araguaia”, defende Egydio Schwade (foto), ex-secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário – Cimi. É a partir desta denúncia que ele reivindica que o massacre contra aproximadamente dois mil índios Waimiri-atroari, ocorrido no período da ditadura militar, faça parte da Comissão da Verdade, que tem a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1964 e 1985. Schwade participou do processo de alfabetização dos Waimiri-atroari entre 1985 e 1987 e conta que, a partir de desenhos, os indígenas começaram a contar “as atrocidades que haviam ocorrido no período militar”. E enfatiza: “Eles desapareceram porque resistiram contra os projetos do governo militar. (…) Muitos indígenas foram mortos, uns com napalm, outros eletrocutados, uns com armas de fogo”.
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