Defesa dos territórios tradicionais de Fundo de Pasto é debatida em IV Seminário da região de Juazeiro

 Por João Marques

O IV  Seminário dos Fundos de Pasto da Região de Juazeiro teve a participação efetiva dos agricultores e das agricultoras presentes dos municípios de Casa Nova, Campo Alegre de Lourdes, Remanso, Pilão Arcado e Uauá, que estiveram animados com a  proposição de ações para defender o seu lugar, o seu chão das ameaças externas. A relação entre Terra e Território foi o tema central do Encontro. O evento foi realizado entre os dias 20 e 22 de abril, no Centro de Formação de Lideranças da Diocese de Juazeiro, em Carnaíba do Sertão, distrito juazeirense.

Na ocasião, foi discutida também a Proposta de Emenda Constitucional de Iniciativa Popular que altera o artigo 178 da Constituição baiana para, com isso, o Estado reconhecer o direito que as comunidades têm de viver livremente em suas terras. Nesse ponto, também houve muita participação e intervenções positivas. O grupo presente encaminhou várias propostas para que a PEC dos Fundo de Pasto seja apresentada e aprovada. Para tanto, os(as) envolvidos(as), bastante empolgados(as), consideraram que a mobilização e trabalho de base serão fundamentais.

“Nós estamos na luta e vamos até o fim  para que seja aprovada a nossa PEC”, avaliou Geraldo Duarte da Silva, morador da comunidade  São Gonçalo, em  Campo Alegre de Lourdes.

Para que a PEC dos Fundo de Pasto seja apresentada, mais de 95 mil eleitores que votam na Bahia precisarão referendá-la. Ou seja, 1% dos votantes do Estado terão que assinar um abaixo-assinado apoiando a proposta. Em pouco tempo, as listas estarão circulando em todos os municípios da região e da Bahia.

Seca – No IV Seminário dos Fundos de Pasto da Região de Juazeiro também foram debatidos os problemas causados pela seca. Os  agricultores e as agriculturas presentes consideraram que é obrigação dos governos realizarem  ações mais eficazes para conviver com as longas estiagens. A perfuração de poços, construção de cisternas de placa, abertura de barreiros e investimento para compra de ração animal foram soluções consideradas mais adequadas que as velhas ações assistencialistas. A dependência de carros-pipa, política tida como emergencial pelos governantes, foi muito criticada.

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