Americano é condenado por racismo contra brasileiro em Utah

Mark Vreeland alegou durante a audiência ser um ativista comunitário que se preocupava com a segurança no tráfego

Portando um chapéu de policial, Mark Vreeland, de 55 anos, parou o motorista Alcides de Souza, que vive legalmente nos EUA

Na segunda-feira (27), o norte-americano Mark Vreeland, de 55 anos, compareceu ao Tribunal em Orem, Utah, e negou que foi motivado pelo racismo quando fingiu ser um agente de polícia. No início de fevereiro, o réu foi acusado de utilizar um chapéu de polícia e tentou parar um motorista brasileiro, que vive legalmente nos EUA, publicou o diário Herald Extra.

Após as apresentações das evidências, Vreeland foi condenado a quatro dias de detenção, multa de US$ 250, 25 horas de serviço comunitário e 12 meses de liberdade condicional. A sentença será cumprida através de serviço comunitário e o réu terá que participar de um curso de “pensando sobre erros”.

Durante o caso, o promotor público Robert Church alegou que Vreeland escolheu de forma racista a sua vítima, Alcides de Souza, quando fingia ser um policial. Na audiência de segunda-feira (27), Church disse ao júri disse que o réu seguiu a vítima após um incidente no tráfego e, posteriormente, o parando quando usava um chapéu utilizado por agentes do Departamento de Imigração (ICE). O promotor mostrou o chapéu na audiência, revelando que na realidade tratava-se de um boné preto com as palavras “polícia” e “ICE” bordadas nele. (mais…)

Ler Mais

Dança do Congo em Nossa Senhora do Livramento, MT

Ao “Ponto para Xangô” postado ontem na voz de Clementina, Herman Hudson de Oliveira respondeu com a seguinte mensagem: “Na mesma linha, estou postando o link de um vídeo que utilizei em minha defesa de mestrado. Espero que apreciem, embora seja apenas um fragmento de um trabalho maior que estou entregando à comunidade como parte de meu compromisso com meus ‘sujeitos’ de pesquisa e com Ogum/São Benedito”. O resgate da Dança é cuidadoso e mostra o mesmo respeito evidenciado no uso da expressão “sujeitos” e na preocupação do retorno à comunidade. Parabéns e obrigada, Herman. TP.

Ler Mais

Igualdade racial é tema de videoconferência entre gestores do Fipir

Organizada pela Seppir, videoconferência foi gerada a partir do MEC, em Brasília

Organizado pela Seppir, debate permitiu intervenções vindas de todas as regiões do país, inclusive via Internet

Gestores de 18 estados, integrantes do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (Fipir), discutiram ontem (28), através de videoconferência, demandas prioritárias que nortearão a interação com o Governo Federal na implementação de políticas de promoção da igualdade racial. O debate permitiu a avaliação e identificação de possibilidades de parcerias e convênios entre os entes federados e a União, a serem viabilizados através do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), em fase de regulamentação.

A estruturação dos órgãos de promoção da igualdade racial, estaduais e municipais, esteve entre os pontos mais abordados pelos gestores. Além deste, foi citada a necessidade de transferência de recursos para suporte a iniciativas locais; apoio à elaboração de planos estaduais de promoção da igualdade racial; e o estabelecimento de cooperação técnica para capacitação de gestores. Organizada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a videoconferência foi gerada a partir do Ministério da Educação (MEC) em Brasília.

Também foram tratadas propostas de ampliação dos conselhos estaduais ligados à temática, e a necessidade de disseminação do Estatuto da Igualdade Racial. Assim como, sugestões de apoio à criação de centros de referência para vítimas de racismo e de promoção de ações direcionadas à juventude e mulheres negras. (mais…)

Ler Mais

Paraná vota hoje lei que proíbe o amianto no estado

Estado é o maior produtor de cimento-amianto do País

A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná vota nesta quarta-feira (29) o projeto de lei 76/2011, que proíbe o uso e a fabricação do amianto no Paraná. A proposta, de autoria do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), segue em regime de urgência na Casa.

Da primeira vez que o projeto entrou em pauta na comissão, a discussão terminou com um parecer contrário da deputada Mara Lima (PSDB), que teve pedido de vistas do deputado Rasca Rodrigues (PV). Agora, serão votados os dois posicionamentos.

O que é o amianto?

O amianto é utilizado na produção de telhas, caixas d’água, guarnições de freio (lonas e pastilhas) e revestimento de discos de embreagem, além de outros materiais plásticos reforçados, tintas, pisos vinílicos, tecidos, entre outros. Em todas as suas formas, este mineral provoca câncer e outras doenças que levam à morte. “Não há índice de exposição segura ao amianto”, alerta Cheida, autor do projeto. (mais…)

Ler Mais

Eliana Calmon propõe mudança na Constituição para CNJ ter mais poder contra juízes corruptos

Mariana Jungmann, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, voltou a defender ontem competências estabelecidas em lei para processar e julgar juízes que pratiquem atos de improbidade e corrupção. Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a ministra defendeu a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que trata do assunto e falou sobre a dificuldade das corregedorias estaduais de fazer o trabalho de fiscalização e de processar juízes e, especialmente, desembargadores.

“No caso dos desembargadores, eles são julgados pelos seus colegas também desembargadores. E é muito difícil você julgar um igual, um amigo querido. Os juízes de primeira instância estão um pouco mais distantes, é mais fácil, mas os desembargadores estão ali trabalhando lado a lado com os corregedores”, explicou a ministra.

A corregedora também falou sobre as dificuldades estruturais das corregedorias estaduais que, segundo ela, são “estranguladas” pelos tribunais quando começam a desagradar aos desembargadores. Além disso, a ministra denunciou a interferência política de corregedores que almejam assumir a presidência do tribunal onde atuam. “Os melhores corregedores são os que não terão idade para se candidatar a presidente depois”, ironizou. (mais…)

Ler Mais

28 de fevereiro de 1933: Bertold Brecht foge da Alemanha

Bertolt Brecht fugiu da Alemanha nazista em 28 de fevereiro de 1933, um dia após o incêndio do Reichstag. O escritor sabia que logo começaria a caça à esquerda e aos opositores do regime de Hitler

No dia em que o escritor Bertolt Brecht deixou a Alemanha, em 28 de fevereiro de 1933, a notícia nem sequer saiu no jornal. Ele não anunciara que iria deixar o país, e o tema das manchetes do dia era outro: o incêndio do Reichstag, na véspera.

A polícia responsabilizou a esquerda e logo apresentou o suposto autor do incêndio. Os nazistas aproveitaram para prender um grande número de sindicalistas, socialistas e comunistas, que foram enviados aos primeiros campos de concentração, improvisados para esse fim.

Visionário que conhecia o perigo

Como nenhum outro intelectual, Brecht previra a catástrofe iminente, o que aconteceria se os nazistas assumissem o poder na Alemanha. Sua Lied vom SA-Mann (Canção do homem da SA) deixa transparecer toda a sua clarividência.  Nela, ele descreve como a depressão no final da década de 1920, as batalhas de rua e as eternas crises de governo culminariam nas barbáries do Terceiro Reich. “Dormi de fome, com o estômago roncando. Pegando no sono ouvi gritarem: ‘Acorda Alemanha’. E vi muitos marcharem gritando ‘Vamos ao Terceiro Reich!’ Eu não tinha nada a perder e fui com eles, sem me importar para onde.” (mais…)

Ler Mais

Trabalhadores do Porto do Açu cruzam os braços e fazem manifestação

Principais acessos às obras do Porto foram bloqueados pelos manifestantes

Funcionários da ARG, e de pelo menos outras cinco empresas que executam as obras do Superporto do Açu, em São João da Barra, voltaram a cruzar os braços na manhã desta segunda-feira (27/02), por volta das 7h, fechando os principais acessos ao local, ateando fogo em pneus e galhos na estrada.

Os trabalhadores pedem a regularização das horas “in itinere”, tipo de hora extra que se caracteriza no deslocamento que o empregado faz de sua residência ao trabalho e vice e versa. Segundo um manifestante, que não quis se identificar, empresas estariam contabilizando apenas metade do percurso. Além disso, os funcionários reivindicam horas trabalhadas nos domingos, melhores condições de trabalho e higiene nas acomodações e alimentação. (mais…)

Ler Mais

Nota do SASP sobre o Ato dos Juristas em Defesa do Pinheirinho

Foto: Cedida pelo Mandato Ivan Valente

NOTA SOBRE O ATO DOS JURISTAS EM DEFESA DAS FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO

O Ato será transmitido pela Rede Vida, dia 04/03 , às 19h30.

No dia 16 de fevereiro, mais de 300 pessoas participaram do Ato organizado pela Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo realizado na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, que se fizeram presentes para manifestar apoio às famílias do Pinherinho.

O salão foi pequeno para abrigar as advogadas, advogados, defensores públicos, procuradores, juízes, estudantes de direito e representantes de entidades dos mais diversos setores sindicais e populares, indignados diante da violência perpetrada e ilegalidades cometidas na reintegração de posse da comunidade Pinheirinho ocorrida no dia 22 de janeiro.

O SASP convidou diversos juristas que partilham do entendimento de que em nome da lei foram cometidas uma das maiores agressões aos Direitos Humanos em nosso país, e que o Estado deve ser responsabilizado por tais atrocidades.

As advogadas e advogados de São Paulo não poderiam deixar de se manifestar diante dos argumentos que tentam legitimar tal violência, por meio da alegação de que se trata de estrito cumprimento de determinação judicial, o que vem se provando ser uma falácia. (mais…)

Ler Mais

Quem matou o Tapajós? Testemunho de Dona Laosminda, moradora de Mangabal (Pará, Brazil)

Nas beiras do Alto Rio Tapajós (Pará, Brasil), está tendo lugar um dos muitos confrontos entre duas visões do mundo completamente opostas: de um lado uma economia local de subsistência, sustentável e desenvolvida ao longo de centenas de anos pelos habitantes dessas terras e do outro uma economia global ávida de matérias-primas baratas.

Nos últimos 100 anos, as comunidades do Tapajós tiveram que lidar com diferentes graus de espoliação. Agora, a mais dos grandes danos causados por sucessivas “febres” de borracha, ouro, madeira ou agronegòcio, um grande complexo hidrelétrico ameaça afogar o Tapajós e arruinar tudo o que significa o grande rio. (mais…)

Ler Mais