Carlos Calaes*
O Colegiado das polícias Militar e Civil terá que prestar esclarecimentos à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre suposta maquiagem de dados criminais, com manipulação de Boletins de Ocorrências. O objetivo, segundo denúncias de policiais publicadas na edição desta segunda-feira (6) do Hoje em Dia, seria reduzir estatísticas de crimes violentos e cumprir metas anuais da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Quem cobra respostas é o presidente da Comissão, deputado Durval Ângelo (PT).
De acordo com as denúncias, policiais militares são obrigados a redigir ocorrências como se os crimes fossem os menos agressivos, por recomendações de seus comandantes, para “melhorar” os indicadores. Dessa forma, um homicídio é registrado como encontro de cadáver e uma tentativa de homicídio vira lesão corporal. Por sua vez, lesão corporal passa a agressão e, agressão, vira atrito verbal. Já o roubo (com emprego de arma) é lavrado como um simples furto (sem uso de arma). (mais…)