Na semana passada o trabalhador rural e integrante do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), José Valmeristo Soares – conhecido como Caribé – foi assassinado no Pará. Três dias depois a polícia prendeu o filho do pastor e ex-deputado federal Josué Bengstson, Marcos Bengtson acusado de ser o mandante do crime.
Ulisses Manaças, coordenador Estadual do MST, afirma que as agressões, que muitas vezes resultam em mortes no Estado não são novidades. Segundo ele, foram mortos quase 700 lideranças nos últimos anos, e 60% dos casos não tiveram o inquérito policial concluído para que as investigações pudessem ser iniciadas.
Antes do assassinato, os trabalhadores rurais fizeram denúncias à Ouvidoria Agrária Nacional, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), à Ouvidoria Estadual, à Defensoria Pública às delegacias de policias a Ministério Público Federal. As razões eram diversas: tiros foram ouvidos na fazenda, líderes do MST foram presos sem nenhum mandado policial ou qualquer documento oficial e retidos na fazenda sem poder buscar alimentos, já que seguranças da propriedade os impediam.
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