O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu habeas corpus ontem (18) para libertar os cinco ativistas que ainda estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, com prisão temporária decretada desde o último sábado (12). De acordo com o inquérito da Polícia Civil, eles foram presos junto com outros 12 ativistas, por suspeita de planejar atos violentos programados para o entorno do Estádio do Maracanã, na partida de encerramento da Copa do Mundo, no domingo (13).
Os beneficiários do habeas corpus são Elisa de Quadros Pinto Sanzi – conhecida como Sininho -, Tiago Teixeira Neves da Rocha, Eduarda Oliveira Castro de Souza, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan e Igor Pereira D’Icarahy, mas só os três primeiros devem deixar a cadeia até o fim da tarde deste sábado (19), porque há todo um trâmite burocrático a ser cumprido pela Justiça até a soltura dos réus da prisão.
A medida não dá liberdade imediata ao estudante de educação física Igor D’Icarahy nem a sua namorada, a professora Camila Jourdan, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), porque os dois foram presos em flagrante, por posse de explosivos. Eles estavam juntos, na casa de Camila, na hora da prisão, e com eles a polícia encontrou material para a fabricação de coquetel-molotov.
O advogado Marino D’Icarahy, disse que já entrou ontem (18) com pedido de liberdade provisória dos dois na 38ª Vara Criminal da capital. Segundo Marino D’Icarahy, o pedido de relaxamento da prisão do seu filho e da namorada dele já está nas mãos do promotor Paulo José Andrade, que prometeu despacho na próxima segunda-feira (21). Até lá, os dois continuam presos, à disposição da Justiça.