Por Diego Sartorato, Gisele Brito e Hylda Cavalcanti
Da Rede Brasil Atual
A aprovação pelo Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo, que decidiu pela expropriação de propriedades rurais e urbanas de empregadores culpados de utilização de trabalho escravo ou análogo à escravidão, foi celebrada como um avanço político e social histórico por ativistas e organizações ligados aos direitos humanos, mas não foi o ponto final do debate.
Depois de 15 anos de tramitação no Congresso Nacional, com episódios de alta tensão com a bancada de representantes do agronegócio, o grito de comemoração de alguns dos entusiastas da PEC ficará preso na garganta, ao menos por enquanto. Em Brasília e em São Paulo, o dia seguinte à aprovação foi marcado por leituras divergentes, do total pessimismo ao entusiasmo. Para que a mudança constitucional possa ser posta em prática, uma lei específica deve regulamentar de que forma, na prática, as expropriações vão ocorrer e como os bens e recursos recolhidos pelo poder público dessa forma serão direcionados à promoção da reforma agrária. (mais…)